Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Christian Jiménez Estudante Brasília, Brasil 2K

«Questões de consciência e de representação do espaço foram elaboradas e assimiladas, [ao largo dos / ao longo dos] séculos XIX e XX, para a definição concreta e imaginária do território como fundamento de soberania do Estado nação.»

Ambas as expressões são equivalentes no sentido temporal?

Obrigado!

Aleksander Loguinov Tradutor Moscovo, Rússia 5K

Muito agradeço o vosso valioso trabalho que julgo extremamente importante.

Gostaria que tirassem a minha dúvida quanto às formas Exmo. e «Ao Exmo.» no cabeçalho de uma carta formal. O problema é o seguinte:

Pelo que notei, em cartas formais brasileiras escreve-se no cabeçalho «Ao Exmo. Sr. etc.» (destinatário), enquanto em cartas formais em português europeu se escreve no cabeçalho: «Exmo. Sr. etc» (destinatário).

Qual é forma mais correta: «Ao Exmo. Sr.» ou «Exmo. Sr.» no cabeçalho?

Desde já agradecido!

Maria Madalena Gonçalves Professora universitária aposentada Lisboa, Portugal 1K

Numa visita à Citânia de Briteiros, passei por uma povoação chamada Donim.

Qual é a origem deste nome de lugar?

Aleksander Loguinov Tradutor Moscovo , Rússia 8K

Gostaria de saber se existe alguma diferença no uso dos advérbios respeitosamente e atenciosamente no fecho de uma carta formal no português europeu.

No Brasil, por exemplo, o Manual de Redação da Presidência da República estabelece o emprego de dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: «Respeitosamente»;

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: «Atenciosamente».

Desde agradeço a atenção dispensada.

Evelyne Faleiro Docente Faro , Portugal 947

Enquanto docente, deparo-me frequentemente com a utilização do verbo falar em numerosos contextos que, na minha opinião, não são, na sua grande maioria, os mais corretos.

Assim, surgem frases, como:

a) «Ele falou que ia ao cinema.» (Influência do português do Brasil)

b) «O texto fala da história dos dinossauros.»

c) «Venho falar sobre a minha opinião sobre a televisão.»

Estes são alguns exemplos daquilo que ouço diariamente, em sala de aula, mas também do que leio nos textos escritos pelos alunos. Apesar de tentar explicar aos alunos que utilizamos este verbo, sobretudo, quando nos referimos a conversas («Ele falou com ela», «Ele falou dela», «Ele falou dos seus problemas»...), vejo que nem sempre percebem a diferença e tenho alguma dificuldade em explicá-la de outro modo.

Assim para as frases acima, sugiro que escrevam/digam:

a) «Ele disse/afirmou que ia ao cinema.»

b) «O texto conta/narra a história dos dinossauros.»

c) «Vou apresentar a minha opinião sobre a televisão.»

Gostaria, então, de saber se há alguma resposta mais adequada que eu possa transmitir aos meus alunos para a resolução desta situação, pois as suas dificuldades de expressão, quer oral, quer escrita, têm vindo a agravar-se e, contrariamente ao que muitos afirmam, não por culpa dos confinamentos a que estiveram sujeitos.

Agradeço, desde já, a sua disponibilidade em responder.

Ana Aiuba Estudante Maputo, Moçambique 702

Gostaria de saber qual é o erro que esta frase tem e como posso corrigi-lo:

«Este filme mostra-nos que devemos ter convicção naquilo na qual acreditamos.»

Cinque Vasconcelos Estudante Fortaleza, Brasil 1K

Gostaria de saber a respeito da etimologia exata da vila lusitana Fão, no município de Esposende.

Pelo que venho pesquisando, sua origem está no termo latino fanum, isto é, fano, pequeno templo ou altar. Tal etimologia configura-se como verídica? Seria Fão a forma herdada (atestada somente como nome de lugar) do termo, e fano a emprestada do latim?

Em inglês parece haver um caso similar com o antigo termo anglo-saxão hearg de mesmo valor semântico, ainda que mais relacionado ao velho credo pagão. Em inglês moderno virou somente o topônimo Harrow, encontrado em Inglaterra, ou seja não mais existindo como um mero substantivo para altar.

Dulce Martinho Professora Gondomar, Portugal 1K

Tendo a frase «Escondi-me como logo me mostrei», como devo classificar a segunda oração?

Muito obrigada.

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 1K

Tenho uma dúvida sobre uso do verbo ressecar. Podemos usá-lo para indicar outra situações que não envolvam água?

Por exemplo: «o plástico da carenagem da minha moto está ressecado de tanto pegar sol»?

Pergunto isso porque sempre ouço na linguagem do dia a dia frases desse tipo, porém ao consultar alguns dicionários, só vi abonos com contextos envolvendo água.

Agradeço desde já o apoio e compreensão de sempre.

Matheus Amaral Rocha Engenheiro Civil Itaperuna, Brasil 1K

Estava escrevendo um texto jurídico e precisei do substantivo cognato do verbo decorar (no sentido de «memorizar») e me deparei com decoração, que seria ali interpretado como «enfeitar» e poderia causar um grande mal-entendido, pois pareceria deboche.

Poderia explicar a etimologia desta palavra e como tomou sentidos tão diversos?

Sei que decorar («memorizar») vem do latim "de cor", por que acreditavam, à época, que o coração guardava as memórias, e que decorar («ornar») também vem do latim decorare, «pôr cor em algo».

Mas como essas duas palavras caminharam para se tornar uma só, se têm sentidos tão opostos? E decoração poderia ser usado como substantivo cognato de decorar («memorizar») ou é defectivo neste sentido?

Obrigado.