Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Thalysom da Costa Teixeira Escriturário/Tradutor São João da Boa Vista, Brasil 1K

Só tenho visto conteúdos em que se diz que o pretérito perfeito só é usado para ações terminadas no passado e que não tem relação com o presente, isto é, pretérito absoluto.

Mas, às vezes, sinto que possui parcialmente o valor do present perfect do inglês. Por exemplo, em «Maria, a maçã caiu ao chão», o verbo cair pode nos mostrar que a maçã ainda está caída ou que ela já foi removida do chão.

A ambiguidade é resolvida pelo contexto, é claro. Mas em alguns casos, não se dá para perceber muito bem. Existe alguma expressão para se referir a esse aspecto que envolve a língua portuguesa?

Outro exemplo: «Claro! Ela roubou o meu carro.» Pode ter dois significados: «que o meu carro está com ela»; e «que o meu carro tinha sido roubado por ela, mas o recuperei».

Paulo de Sousa Tradutor Oeiras, Portugal 1K

O verbo reacionar [re-acionar] existe?

Ou seja, na aceção de «voltar a acionar» ou «voltar a pôr em ação, prática ou funcionamento» alguma coisa – mecanismo, medida, plano, processo, etc.

Rafael Tiba Estudante Brasil 1K

Napoleão Mendes de Almeida, no verbete «Em» do seu Dicionário de questões vernáculas, doutrina:

«2. É também do francês formar locuções adverbiais com a preposição em seguida de adjetivo; são espúrias locuções como “em absoluto”, “em definitivo”, “em suspenso”, “em anexo”».

Insiste, portanto, em que digamos «Deixei tudo suspenso», em vez de «Deixei tudo em suspenso».

Duas páginas depois, porém, no verbete «Em duplicado», parece aceitar não só esta expressão, como ainda a análoga «Em separado».

Ora, não consigo enxergar a diferença entre, por exemplo, «em suspenso» e «em separado»!

Acaso não temos, em ambos os casos, particípios usados como adjetivos, precedidos da mesma preposição?

Peço que me esclareçam, por gentileza, qual fundamento teria o ilustre gramático para censurar as construções do primeiro tipo, e aceitar as do segundo. Isto é, quais razões de ordem gramatical distinguiriam um caso do outro.

Desde já, o meu muito obrigado e os meus efusivos cumprimentos pelo sempre ótimo trabalho!

Márcia Lima Professora Salvador, Brasil 1K

Qual a etimologia (origem) da palavra biruta?

A dúvida é sobre qual dos significados veio primeiro?

O meteorológico, «saco cônico, com a abertura mais larga presa a um aro e fixa a um mastro, e a outra, mais estreita, solta, que se enfuna quando o vento sopra, indicando, assim, a direção deste»?

Ou o sentido informal utilizado no Brasil, «relativo a ou indivíduo sem norte, sem opinião ou vontade firme, ou que se deixa influenciar; que é inquieto, de comportamento variável; amalucado»?

Antecipadamente agradecemos.

Mariana Chaves Estudante Braga, Portugal 2K

Tenho uma dúvida referente ao uso do pronome vós em situações mais formais.

No norte de Portugal, o pronome vós é comummente usado em situações informais, entre amigos, por exemplo. No entanto, gostava de saber se também é apropriado usar o vós em contextos mais formais.

Por exemplo, se estou a falar com duas pessoas mais velhas do que eu, individualmente, vou tratá-las por você.

A minha dúvida é saber, se estiver a falar com as duas ao mesmo tempo, se posso usar o pronome vós? Não sei se pode ser considerado informal ou desrespeitoso dizer algo, como: «Tudo bem convosco?» ou «Este carro é vosso?»

Agradeço desde já!

Ícaro Gaspar Aguiar Estudante Bahia, Vitória da Conquista, Brasil 1K

Há regras de como criar locuções a partir das contrações à e ao?

A exemplo, temos «à ajuda» em «A casa foi construída à ajuda»: não é uma locução definida nos dicionários, por exemplo, mas realmente está correta como locução?

Obrigado.

Carla Gouveia Educadora Baixa da Banheira, Portugal 3K

Blusão é aumentativo de blusa?

Hugo Lima Santos Redator Técnico Única, Portugal 1K

De entre as formas contempladas, qual a etimologicamente mais correta para designar um natural das ilhas Maldivas?

Os meus agradecimentos.

Sara Santana Professora de Português para Estrangeiros Grândola, Portugal 1K

Desde já muito obrigada pelo vosso trabalho.

Ao explicar a uma aluna estrangeira a formação da voz passiva indiquei que geralmente o verbo auxiliar para a formação da voz passiva é o verbo ser. Contudo, expliquei também que apesar de o verbo ser constituir o verbo principal da voz passiva, verbos como estar, ficar, ... combinados com um particípio também podem formar a voz passiva.

A pergunta da aluna foi: «quando é que eu sei se tenho de usar o verbo ser ou o verbo estar

Dado que na língua nativa dela (francês) só existe um verbo com o mesmo significado (être), torna-se mais complicado entender o significado de cada verbo.

Ex.: «A mãe lavou a minha camisola. A minha camisola foi lavada pela mãe. A minha camisola está lavada.»

Para a aluna, faria sentido dizer «A minha camisola esteve lavada...»

Entendo que quando em português usamos o verbo estar, estamos na verdade a deixar claro o resultado da ação, mas acabei por não encontrar nenhuma explicação lógica/prática para esta questão.

Poderiam esclarecer-me, por favor?

Muito obrigada.

Antonio Isabel Economista Lisboa, Portugal 894

Estão corretas as frases «É pena ele tê-la abandonado» e «É pena tu tere-la abandonado»?

Obrigado.