Bem sei que é uma palavra horrível e cacofónica, mas (tal como a partir do adjectivo frio se forma o advérbio friamente) será possível formar, a partir do adjectivo quente, o advérbio quentemente?
E o advérbio prevalecentemente?
Verifico com bastante frequência, como tradutora e também como revisora, que, perante a impossibilidade de usar você ou tu, a língua não nos apresenta alternativa viável, havendo casos em que a solução de ausência de termo torna difícil entender que nos dirigimos ao leitor, que o sujeito é ele.
Mais do que uma pergunta, sinto que é hora de lançar um desafio aos linguistas: faz falta uma solução educada e não ofensiva para nos dirigirmos ao outro.
Sinto que, na procura por um grau de tratamento polido, nos enrolámos, criando um beco sem saída.
Gostaria de saber se, no excerto que a seguir apresento, posso considerar os verbos assentiu e indicou deíticos pessoais, mesmo pertencendo à 3.ª pessoa, e porquê.
Ao aproximarmo-nos dos guichés, reparei que, entre a multidão aparentemente informe, se discerniam perfeitamente três filas.
– É esta a fila para a bilheteira?
O homem no fim da fila mais curta assentiu entusiasticamente.
– Sim, sim, por aqui, por favor.
Indicou com um gesto uma outra fila. Muito mais comprida.
Qual a regência do verbos requisitar e solicitar? Deve-se dizer «requisitar a V. S.ª que...», ou «requisitar de V. S.ª que...»?
Da mesma forma, quanto ao verbo solicitar, deve-se dizer «solicitar a V. S.ª que...», ou «solicitar de V. S.ª que...»?
Em 2004, Tavares Louro defendeu que se deve preferir o verbo portagear e que portajar não se encontra registado nos dicionários da língua portuguesa. Porém, em 2011, num dicionário da Porto Editora, encontrei portajar, e não portagear.
«Devias de fazer» está correto? O de é dispensável e incorreto?
Existem situações em que de deva anteceder o verbo?
Adornar também pode ser usada por adernar no que a navios diz respeito, ou é um erro?
Surgiram duas dúvidas:
1 – No outro dia, a falar com um senhor, disse «estou possuído», e o senhor disse que estava errado e disse «estou possesso». Já fiz umas pesquisas e realmente possesso parece estar correcto, mas ouço muita pessoas dizerem «estou possuído» com o significado «estou pior que estragado». Pergunto se possuído está correcto, ou é somente possesso.
2 – Vi na Internet esta dúvida:
Diz-se «diriji-me a V. Ex.ª», ou «diriji-me à V. Ex.ª»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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