Não estou a conseguir identificar as figuras de estilo nas seguintes frases:
1. «O Jacinto depois vai encontrar uma criatura apenas humana, e tem um desapontamento tremendo!» (Penso que é uma prolepse.)
2. «Com efeito, era grande e forte a Joaninha. Mas a fotografia datava do seu tempo viço rústico, quando ela era apenas uma bela, forte e sã planta da serra.» (Estou na dúvida entre a metáfora, personificação e adjectivação.)
3. «A estrada não tinha sombras, mas o sol descia muito de leve, e roçava com uma carícia quase alada.»
4. «Os nossos cavalos caminhavam num passo pensativo, gozando também a paz da manhã adorável.»
5. «Hem? Fresquinho, leve, aromático, alegrador, todo alma!»
6. «Mão real, mão de dar, mão de quem vem de cima, mão já rara!»
Num manual de apoio à disciplina de Português, encontrei o exercício que passo a transcrever:
«Ler um autor é criar um novo texto, saído do que lemos, através de uma leitura original, valorativa deste ou daquele aspeto que nos encontra ou nos agride, semelhante ou diferente de nós, da nossa maneira de ser e de estar, das nossas inquietações e aspirações, usufruindo do Escritor, das múltiplas vias, por ventura nem sempre conscientes, que nos franqueia das sugestões, da riqueza imaginativa, da sua capacidade de observar e interpretar o mundo e os outros. (…)»
Em «que nos franqueia», o antecedente do pronome que é...
a) (d)o Escritor.
b) conscientes.
c) (d)as múltiplas vias.
d) nossas inquietações e aspirações.
Gostaria de saber se a resposta correta é «d(o) Escritor» ou «(d)as múltiplas vias», sendo que, neste caso, há um erro de concordância verbal.
Tenho algumas questões a respeito do correto uso de algumas palavras próprias da minha área de estudo, a biologia.
A forma mais adequada, em português europeu, é glicose, ou glucose?
Sempre pensei que glucose fosse a forma inglesa, e glicose, a forma portuguesa, mas muitos professores meus parecem preferir glucose (embora aparentemente usem /i/ em formas derivadas, como glicólise).
Tenho ouvido empregar a expressão «Estado ribeirinho», para países com litoral, e «populações ribeirinhas», para populações que vivem perto da costa. Penso que ribeirinho/as só se aplica quando se trata de rios, ribeiros ou lagos (contrariamente ao que acontece em francês com riverain). Contudo, não tenho a certeza e agradecia que me esclarecessem.
A palavra cantor é uma palavra simples, ou complexa?
Gostaria de saber se na frase «Ele foi escolhido para representar o 6.º A», «6.º A» pode ser considerado um nome coletivo.
Muito obrigada!
Gostaria de saber como se faz a escansão (sílabas métricas) dos seguintes versos:
O mostrengo que está no fim do mar
À roda da Nau voou três vezes
El-Rei D. João Segundo.
Deparei-me com um exercício num manual de língua portuguesa do 3.º ano relativo a um texto, cuja personagem principal é uma galinha de seu nome «Dona Cá-cá-rá-cá».
A minha dúvida consiste em perceber se a palavra Cá-cá-rá-cá consiste num polissílabo, uma vez que é considerado o nome da galinha do texto.
Será que me podem esclarecer: em conversa, surgiu a frase «Ela deu à luz uma criança». A dúvida é em termos da identificação das funções sintáticas dos elementos constituintes desta frase. Sintaticamente, como posso classificar «à luz»?
«Ela» será o sujeito simples; «uma criança» será o complemento direto; e a expressão «à luz», como a posso classificar?
Na análise da oração «minha casa é feia», o termo feia é um predicativo do sujeito; porém, no caso de uma inversão como a seguir, sua classificação geraria uma ambiguidade.
Ex.: «Minha casa feia é.»
A palavra feia poderia ser classificada como adjunto adnominal devido à sua proximidade com o substantivo, parecendo, dessa forma, gerar uma frase sem predicativo; e, também, ser classificada como um predicativo fora de sua posição comum.
Eu poderia pôr o termo feia entre vírgulas? Mas, nesse caso, estaria separando o predicativo do verbo. O que seria sintaticamente errado, pois o predicativo é um argumento.
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