Sou professora de português e, constantemente, ouço gente a dizer: «Na minha opinião, acho que...» Isto já aconteceu até com um ex-primeiro-ministro português. Parece-me que são dois enunciados fundidos em um. Será correto, ou não? Um aluno já foi expulso da sala de aula por ter dito ao professor que não se pode enunciar uma opinião com as duas expressões.
Obrigada.
Ouve-se, constantemente, a interrogação «está à espera do quê?».
Não deveria ser «está à espera de quê?»?
A visita diária a esta página faz parte dos meus costumes. Felicito-vos pelo excelente trabalho na defesa do património linguístico português.
Solicito a vossa ajuda para a compreensão do tipo de orações subordinadas no poema D. Sebastião, de Mensagem, de Fernando Pessoa. Assim, será que está correto o tipo de subordinação que eu coloco entre parênteses?
Louco, sim, louco, porque quis grandeza (explicativa/causal)
Qual a Sorte a não dá. (relativa)
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está (causal)
Ficou meu ser que houve, não o que há. (duas relativas)
Minha loucura, outros que me a tomem (relativa)
Com o que nela ia. (relativa)
Sem a loucura que é o homem (final/integrante/relativa)
Mais que a besta sadia (comparativa)
Cadáver adiado que procria? (relativa)
Gostaria de saber o porquê de a palavra cotonete se pronunciar "cótónéte" como indicaram numa resposta anterior.
E a palavra cotonaria? Pronuncia-se igualmente "cótónaria"?
Gostaria de saber se é gramaticalmente correto dizer: «havia havido», pois tenho ouvido demais por aí e isso cria em mim um ruído...
Na resposta à pergunta 22 856, foi observado que em «A rapariga, entusiasmada, sorriu», entusiasmada é aposto. Não seria o caso de um predicativo, como em «Maria, nervosa, saiu»?
Apesar de já ter procurado em vários dicionários, não encontro o género da palavra latina ratio. Se a tradução para português é «razão», tratar-se-á de uma palavra feminina, devendo escrever-se «a ratio», ao contrário do que se escreve habitualmente? Ou, tratando-se de uma palavra masculina ou neutra, deverá manter o género masculino em português, escrevendo-se «o ratio»?
Compreendo que seria preferível a utilização de razão, mas a colagem ao inglês impregnou o discurso actual de ratios para aqui e para ali, pelo que, a bem da clareza, penso ser admissível o uso da expressão latina, embora com preservação do género correcto.
Percebi que na língua portuguesa, apesar de para minha pessoa parecer incorreto, existem diversas palavras que terminam com a letra n. Exemplos: hífen, hímen e sêmen. Existe alguma regra no idioma para estas palavras terminarem com a letra n ao invés de m?
Tenho percebido que, ao menos no português brasileiro, as orações subordinadas adverbiais finais introduzidas pela preposição para permitem a supressão dessa preposição quando o verbo ir é o verbo principal (não auxiliar) da oração principal ao mesmo tempo que ambas as orações compartilham o mesmo sujeito. Portanto:
«Eu vou para casa para dormir.»/«Eu vou para casa dormir.»
«Ele vai cantar para deixá-la feliz.»/*«Ele vai cantar deixá-la feliz.»
«João vai ao Rio para ver Maria.»/«João vai ao Rio ver Maria.»
«João vai ao Rio para Maria vê-lo.»/*«João vai ao Rio Maria vê-lo.»
Minha dúvida é se tal fenômeno ocorre no português europeu e se essa é uma construção da norma culta.
A frase «Há quem leu e não gostou» está correcta?
Não deveria ser «Há quem tenha lido e não gostou»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações