Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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João Viana Professor Porto, Portugal 4K

Verifico que o verbo dependurar existe, sendo equivalente a pendurar. Pergunto se é correta a expressão «ao dependuro», equivalente a qualquer coisa como pendurado ou dependurado.

Obrigado.

Luís Cantante Fernandes Gestor de mercado Paris, França 7K

Soube recentemente que o fruto da espécie hortense, Capparis spinosa, com o nome comum de alcaparra, é comestível e muito apreciado como condimento a par dos botões florais (alcaparras). Na obrigação de traduzir o mesmo em português, desejaria saber qual o nome dado na nossa língua ao fruto desta espécie que em língua francesa apelidam de câpron.

Agradecimentos antecipados.

Jacinto Braga Economista Braga, Portugal 5K

"É-mo" e "Foi-mo" são corretos, se o o em mo representar um adjetivo? Eu sei que são corretos se o o representar um substantivo, mas tenho dúvida se pode de igual modo representar um adjetivo. Exemplos: «A aula é difícil para ti? – É-mo, sim!» (= «É-me difícil, sim!»); «A aula foi difícil para ti? – Foi-mo, e de que maneira!» (= «Foi-me difícil, e de que maneira!»).

Renato de Carvalho Ferreira Estudante São Paulo, Brasil 3K

Venho por meio desta tentar sanar algumas dúvidas quanto à melhor forma de aportuguesar os nomes de alguns tipos cerâmicos provenientes da Grécia e Roma antigas. Para muitos, se não todos, é fácil presumir algumas possibilidades, mas eu gostaria de conferir convosco, visto que são habilidosos no assunto e têm acesso a excelentes fontes, a melhor opção.

São eles: kálathos (presumo "cálato"); kálpis (presumo "cálpis" ou "cálpice" como em pyxis, que ficou píxide em português); psyktér (presumo "psítere"); kylix (presumo "cílice" e achei uma fonte com essa forma); rhyton (achei algumas fontes como "ríton", mas gostaria de checar); loutrophoros (presumo "lutróforo"); askos (presumo "asco"); skýphos (presumo "escífo" e achei uma fonte); kérnos; pinakion (presumo "pinácio"; há fontes que preferem traduzir como "prato de peixe" pela recorrência desse tipo de representação nos vasos); cotyla/cotyle (presumo "cótila" ou pelo menos "cotila"); lydion (presumo "lídio" por tratar-se dum vaso da Lídia); bucchero; lebes; chytra/olla; stamnos (presumo "estamno"); pelike (presumo "pélica").

Agradeço de antemão pela ajuda.

João Carlos Amorim Reformado Lisboa, Portugal 5K

«(...) A palavra migratório está indevidamente usada. A maioria das pessoas que está a chegar [à Europa] são pessoas que fogem aos conflitos, à guerra. Estamos, de facto, perante uma crise que é, essencialmente, uma crise de refugiados, e não uma crise migratória. No caso italiano, haverá 50/50 das duas situações: migração económica e perseguição política ou fuga ao conflito. Mas, do lado grego, que é o que agora importa, a esmagadora maioria, mais de 80%, são pessoas a fugirem de situações de conflito absolutamente dramáticas, a tentarem salvar as suas vidas e a tentarem reconstruir o seu futuro» [António Guterres, alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, em entrevista à Rádio Renascença].

Havendo no Ciberdúvidas vários esclarecimento sobre a diferença entre emigrante e imigrante, a verdade é que em nenhum deles se faz a distinção do termo migrante. Pergunto por isso: há razão nesta chamada de atenção de António Guterres? Trata-se de mais uma impropriedade semântica, tão comum na comunicação social portuguesa, como são os casos "perdidos" das tragédias que passaram a ser «humanitárias» e os dias de sol tornados «solarengos», por exemplo?

Os meus agradecimentos.

Pedro Ferreira Professor Portugal 45K

Deve escrever-se «Este é um dos motivos pelos quais sou como sou» ou «Este é um dos motivos pelo qual sou como sou»?

Obrigado.

Margarida Montes Secretária Lisboa, Portugal 9K

Depois do acordo ortográfico, "primeira-dama" com hífen? "Sub-império"? "Semiescravo"? "Primeiro-ministro"?

Muito obrigada.

Luís Cantante Fernandes Gestor de mercado Paris, França 2K

Desejava saber se o termo know-how ou saber-fazer não poderiam ambos ser traduzidos pelo vernáculo português traquejo. Estou em crer que o termo traquejo significa o conhecimento contínuo por via do uso ou experiência num período temporal por uma pessoa ou um grupo de pessoas num determinado assunto ou matéria.

Obrigado.

Aída Estévez Professora Granada, Espanha 25K

Ouvi dizer isto num documentário, mas não é a primeira vez que me deparo com casos semelhantes:

«Nessa altura ela (subentende-se que estão a falar de uma igreja) foi construída para homenagear o santo padroeiro.»

Queria saber se aqui é correto usar o pronome pessoal para fazer referência a um objeto e não, como eu esperaria que fosse, esta, isto é, um pronome demonstrativo. Este é um caso que já observei ser de uso comum no Brasil, mas nem tanto em Portugal, e queria saber se poderia ser uma questão de influência e se, como referi, é correto.

Muito obrigada.

Timothee Belime Artista, tradutor Barão de São João, Portugal 2K

Quando se diz de uma pessoa que ela é bonzanas, se refere a que carácter? É uma pessoa que faz como se tudo estivesse bem todo o tempo? Ou é mais uma pessoa com tendência à preguiça?

Obrigado.