Poderei usar o termo tripulante, em português europeu, ao referir-me um individuo que conduz um automóvel, ou simplesmente está no automóvel, não estando a conduzir, e em ambos os casos sozinho.
[...] O símbolo informático «@» é usualmente conhecido com o nome de «arroba» somente em dois países: Portugal e Brasil. No resto do mundo diz-se «at», querendo a preposição de língua inglesa significar, neste caso, que em qualquer endereço de correio electrónico, as letras situadas antes do símbolo «@» designam o nome pelo qual o usuário do email é conhecido (mesmo que não seja o nome próprio); e as letras a seguir ao «@» informam-nos acerca do servidor no qual o email desse usuário está alojado. Assim, a utilização do símbolo informático «@» em contexto de escrita (quer dizer, fora da utilização estrita da finalidade de assinalar o email) é um exemplo extremo da devastação linguística, neste caso do politicamente correcto da «ideologia de género», que utiliza o argumento da neutralidade sexual como pretexto para danificar a língua portuguesa.
A utilização do «@» não deve confundir-se com empréstimo de palavras de outras línguas. Do francês, no passado, e do inglês mais recentemente, particularmente do inglês relativo ao contexto informático («hardware», «software», «mouse» etc.). Docentes universitários, inclusive, intoxicados pela epidemia intelectual e cognitiva da «ideologia de género», já começam a dirigir-se aos alunos escrevendo «tod@s», querendo significar «todos e todas» (pelos vistos, já não chega escreverem «todos/as»). Estamos em presença de um erro desvairado e monstruoso de escrita.
A propósito: alguém sabe como é que se pronuncia «tod@s»? Como reagir face à generalização da utilização linguisticamente errada do símbolo «@» na escrita? Apelar aos linguistas conscientes para que denunciem esta monstruosidade? Apelar para a Academia das Ciências?
Tratativa pode ser termo utilizado, relacionando-o a tratamento de saúde?
«Bastava o levantar de asas da notícia de um novo morto, para que ele se apressasse em esmiuçar os detalhes mórbidos, sem distinção de parentesco, de fama ou de posição social.»
Pergunto; na frase acima deve-se usar a conjunção nem, em vez da conjunção ou?
Obrigado.
Soube pelo Google que se trata de expressão de origem portuguesa. Vocês saberiam me dizer a motivação (ou etimologia) da expressão «vaso ruim não quebra»?
Li em algum lugar que, na sentença «O medo do professor chamou a atenção de seus alunos», a expressão «do professor» seria um complemento nominal, uma vez que o sentimento de medo nos remete a um valor passivo (i. e., o professor estava sentindo medo). Entretanto, no caso de «A filha sentia medo do pai», tenho a impressão de que [relativamente a] «do pai» se trata de adjunto adnominal, porquanto quem está padecendo do sentimento de temor é o sujeito «a filha». O raciocínio está correto, considerando a gramática prescritiva?
Obrigada!
Pode dizer-se que a palavra inovação remete para uma "introdução" da novidade, na medida em que o prefixo i se refere a um movimento para dentro (cf. resposta); e que a palavra renovação remete para uma "repetição" da novidade, sendo o prefixo re entendido como elemento designativo de repetição? Poder-se-á a partir daqui extrapolar que no primeiro caso não é admissível que a acção recaia sobre um "objecto" existente (não fazendo sentido dizer "o mundo inova-se", mas sim "o autor inova"), sendo essa pré-existência necessária no segundo caso (fazendo aqui sentido "o mundo renova-se", mas não "o autor renova.")?
Gostaria de saber sobre a composição da frase abaixo: «O Brasil foi um espaço dominado pelos homens.»
Colocando na voz ativa a frase fica estranha:
«Os homens dominaram um espaço Brasil.»
Portanto a frase estaria na voz passiva analítica com uma locução verbal («foi dominado»)? Os termos «um espaço» seriam complemento verbal ou predicativo do sujeito? E o termo «por homens», complemento nominal ou agente da passiva?
Por favor, em "Os responsáveis seremos nós", qual é o sujeito desta frase? Qual o predicativo do sujeito? Por quê?
Grato.
Em primeiro lugar, um enorme agradecimento por este vosso espaço: um verdadeiro "Templo do Saber".
A minha dúvida prende-se com as palavras aritmética e dramaturgo que, no manual de Português com que trabalho atualmente, aparecem classificadas como sendo palavras compostas. Não consigo encontrar, na bibliografia que me costuma servir de apoio (gramáticas, dicionários e afins), qualquer explicação que suporte esta classificação. Estará correta? Se sim, quais os elementos que entram na composição de cada uma destas palavras?
Um grande bem-haja pela vossa disponibilidade e partilha.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações