Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Rui Parreira Professor Vieira de Leiria, Portugal 4K

Trata-se de uma temática gramatical difícil de entender e mais complicada, ainda, de explicar aos nossos alunos. Já consultei manuais escolares, gramáticas, o Ciberdúvidas e facilmente se encontram contradições nas explicações/exemplos apresentados. Gostaria, se possível, que, com exemplos, clarificassem a diferença entre estes dois aspetos e deixo, para isso, algumas questões:

(1) «O João correu durante uma semana.» (in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa)

A frase anterior aparece como exemplo de valor iterativo. Não será antes perfetivo?

Numa gramática encontro que o valor habitual «refere uma situação recorrente num intervalo de tempo ilimitado» e apresenta o seguinte exemplo:

«É costume visitar o meu primo duas vezes por semana.»

Não haverá, nesta frase, limitação temporal com a utilização da expressão temporal «duas vezes por semana»?

Finalmente, no manual que utilizo, nos elementos linguísticos apresentados para os dois valores surge a expressão «todos os dias».

Desde já, muito obrigado. Agradeço os esclarecimentos possíveis.

José Sousa Técnico superior Lisboa, Portugal 252K

Constatei recentemente em documentos oficiais o uso de SEXA em maiúsculas. Ou seja, em vez de S. Ex.ª, usa-se SEXA.

Acho-o estranho.

É correto ou não?

Rafael Marques Professor Lisboa, Portugal 4K

Estando a investigar a figura do predecessor do dandy britânico – o macaroni – e tendo em atenção que esta figura era associada ao uso de misturas quase parodiadas de expressões italianas, latinas e inglesas, pus a hipótese de as versões francesa ou italiana da palavra macarrónico terem origem nesse tipo social.

Do mesmo modo, será que a expressão macarrónico entra na língua portuguesa durante o período máximo de expressão dos macaroni britânicos – o século XVIII – ou era já comum em séculos anteriores?

Agradeço a atenção.

Vicente Carlos Teles de Serpa de Sousa Brandão Empregado de escritório Porto, Portugal 4K

Na seguinte frase:

«Quando o autor da sucessão tenha sido o participante, pode ser exigido pelo cônjuge sobrevivo ou demais herdeiros legitimários, independentemente do regime de bens do casal, o reembolso da totalidade do valor do plano de poupança, salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro, e sem prejuízo da intangibilidade da legítima.»

a frase «salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro» é uma oração sintaticamente independente, visto que termina com uma vírgula e se segue um e na frase seguinte?

A função de uma vírgula antes de um e é separar uma oração principal de uma oração coordenada?

Farajollah Miremadi Engenheiro Lisboa, Portugal 5K

Há alguma diferença entre "fazer de tudo" e "fazer tudo"?

Obrigado pela ajuda.

Manuel Carlos Xavier Comercial Santo Tirso, Portugal 2K

Ao fazer pesquisa sobre as origens da cidade de Santo Tirso, vim a perceber que o primeiro nome da localidade foi Cidnay.

O que significa a palavra Cidnay?

Obrigado.

Sara Sila Professora Horta, Portugal 1K

Na frase «De manhã, fomos transportados em caleche e visitámos o Taj Mahal» (Público, 21 de julho de 2012), o constituinte «em caleche» desempenha a função sintática de complemento oblíquo?

Lúcia Nara Bittencourt Duarte Professora Rio de Janeiro, Brasil 3K

Se possível, gostaria de solicitar as seguintes informações:

1) Como dividir e classificar as orações constantes do período

«Enquanto contava histórias, a mulher, cercada de crianças inquietas, recordava-se da infância vivida na fazenda, por onde corria livremente, tocando o gado, alimentando a criação e plantando florezinhas no jardim para ocupar o tempo que parecia não ter fim.»

2) Já ouvi as designações de oração matriz, base ou nuclear para a chamada de principal, no período composto por subordinação. Essas designações são empregadas por quais estudiosos e em quais obras?

Agradeço antecipadamente por qualquer esclarecimento!

Rita Bernardo Doméstica Amadora, Portugal 1K

Gostaria de saber qual a diferença entre «um cesto de ovos» e um «cesto com ovos»?

Grata pela vossa atenção e disponibilidade.

Lobo do Olival Informático Portugal 6K

Sei que as conjugações verbais na segunda pessoa do plural são cada vez mais raras, principalmente na parte mais sul do país, incluindo-me, eu, nesses que não as empregam de forma natural no seu cotidiano.

Para contextualizar a minha questão proponho a análise de duas frases:

«Não se esqueçam.»

«Não vos esqueçais.»

A primeira é aquela que é mais comum nos dias de hoje e a segunda é aquela que, no meu entender, estaria, formalmente, mais correcta.

A minha questão é:

Como é que se deu esta evolução? Deveu-se à repetição recorrente de um "erro" até ao ponto em que foi integrado e aceite como correcto ou a sua forma pode ser considerada correcta?

Obrigado.

 

O consulente escreve conforme o Acordo Ortográfio de 1945.