Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Nair Resende Professora Brasil 3K

Ao redigir uma receita com meus alunos, surgiu-nos uma dúvida que as gramáticas que consultei não resolveram. Por isso recorro mais uma vez a essa equipe que presta a todos nós um serviço de tanta qualidade. A dúvida é quanto à concordância do adjetivo frio na frase: "Sirva-as (estamos falando de fatias de bolo) frias." Está correta assim?

O que também causou dúvida foi a função sintática do "frias". É predicativo do objeto? O verbo servir pode ser construído com predicativo do objeto, como ver, encontrar e outros que as gramáticas apontam? "Servir o café gelado" e "encontrar o menino triste" são frases semelhantes quanto à estrutura sintática?

Muito obrigada, mais uma vez.

Adriano Somensi Estudante Brasil 8K

Em resposta à minha consulta anterior intitulada "A minha esperança é que...", a professora Maria Regina Rocha ensina que, na frase que apresentei, a oração após o verbo "ser" não tem valor de complemento nominal. Disso provém minha dúvida de hoje: qual é, então, a função sintática (ou valor sintático) das orações "de que haverá deflação" e "de que ele conte a verdade" nos períodos seguintes:

"A previsão de que haverá deflação não procede";
"A esperança de que ele conte a verdade há em todos"?

Se essas orações tiverem valor sintático de adjuntos adnominais (orações adjetivas), gostaria de saber qual é a relação expressa pela preposição "de".

O que me deixou confuso quanto à função sintática dessas orações foi o seguinte raciocínio:

Nas frases "Ele tem amor ao próximo" e "Ele tem esperança em Deus", aparecem os complementos nominais "ao próximo" e "em Deus", porque os antecedentes "amor" e "esperança" os exigem. Assim, se transcrevermos essas expressões, transformando-as em sujeitos, poderemos formar orações como:

"O amor ao próximo é um sentimento grandioso" e "A esperança em Deus fortalece o homem". Entretanto, se eu quiser substituir as expressões completivas nominais "ao próximo" e "em Deus" por orações desenvolvidas que tenham função sintática idêntica, haverá frases como:

"O amor a que ele pratique o bem foi crescendo" e "A esperança em que todos seremos felizes vive com o homem". Dessa formam, permanecem os complementos nominais, contudo, em forma de orações desenvolvidas. Agora, comparem-se "A esperança em que todos seremos felizes vive com o homem" e "A esperança de que todos seremos ...". Os períodos são idênticos, transmitem a mesma idéia! Por favor, ajudem-me.

P.S.: Gostaria de parabenizar o Ciberdúvidas pela prestimosidade com que tem assistido a seus consulentes e pelo brilhantismo com que cumpre sua proposta.

Nathalie Campos Portugal 2K

Estou a trabalhar numa tradução onde aparece a palavra francesa "superconscient". Existirá em português a palavra "superconsciente" ou "superconsciência"? Este termo aparece nesta sequência de termos: consciente – subconsciente – "superconsciente".

Desde já muito obrigada.

Eveliyn 2K

Gostaria de saber um pouco sobre a "formação" da ortografia portuguesa, a história e os principais pontos ortográficos.

Desde já agradeço.

João Maria Fonseca Portugal 8K

Qual é a origem da palavra barroco? Em que fontes escritas primeiro se encontra e o que significava nesse contexto? Que transformações sofreu a sua significação ao longo do tempo? E a palavra barroca tinha originalmente o mesmo significado que barroco? É verdade que a expressão "mercado de barrocos" (afecta a lugares como o Campo das Cebolas em Lisboa) referia-se à comercialização de bens de segunda categoria? Obrigado.

Antero Monteiro Professor Portugal 5K

Uma vez mais recorro aos vossos préstimos para me indicarem, por favor, como pronunciar "poesia". No Dicionário da Porto Editora, surge a indicação explícita de que a pronúncia será "pu-i...", enquanto o novo Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, na transcrição fonética da palavra, refere que o "e" deve ser aberto.

Como sou, para além de professor, um leitor ("diseur"?) assíduo de poesia em lugares públicos, onde a maioria dos poetas e leitores pronuncia também com "e" aberto, muito grato ficaria pela vossa opinião.

Roberto Sandrini Brasil 6K

Qual idioma se originou primeiro do latim: Italiano, Espanhol ou Português? Sabem onde posso encontrar mais informações a respeito? Agradeço de antemão pela vossa ajuda.

Marco Ramos Portugal 25K

Gostaria de saber se é correcto utilizar numa frase duas ou três vezes seguidas orações entre parêntesis. Por exemplo: "... em que as pessoas possuem grande autonomia (trabalhos activos) (Karasek e Theorell, 1990)"; e ainda: "... as pessoas podem assim escolher que aptidão usar (o que corresponde ao exercício do controlo pessoal) (trabalhos activos) (Karasek e theorell, 1990).

Sou psicólogo clínico, autor de um livro sobre o stress, e não consegui ainda esclarecer em definitivo esta dúvida.

Ana Inglaterra, ReinoUnido 8K

Sabemos que, em posição pós-verbal, o pronome não pode ser separado do verbo: (1) A Maria viu-o. *A Maria viu-ainda-o Contudo, em posição pré-verbal, a proibição não é absoluta, embora as circunstâncias sejam restritas. A pergunta que venho colocar refere-se às partículas que podem efectivamente ocorrer entre o verbo e o pronome, no discurso falado. Nos exemplos em (2), apresento algumas estruturas enfáticas e gostaria de saber se, com a entoação adequada, seria possível alterar a ordem comum das palavras e colocar algumas expressões entre o pronome e o verbo: (2) a. Eu acho que tu ainda me não disseste a verdade! b. Eu acho que tu me ainda não disseste a verdade! (3) a. Quantas vezes te eu disse para não fazeres isso? b. Quantas vezes te eu já disse para não fazeres isso? (4) a. Isso já eu lhe ontem disse! b. Isso já lhe eu ontem disse! (5) a. Eu já lhe realmente tentei explicar isso, mas ele é que não quis ouvir. b. Olha que já me realmente perguntaram isso uma vez! (6) a. Alguém me ainda ontem disse que os médicos iam fazer greve. b. Alguém ainda me ontem disse que os médicos iam fazer greve.

Obrigada, uma vez mais, pelo esclarecimento.

Maria Laís Pestana Professora Brasil 15K

Gostaria de saber se na frase abaixo está correto o emprego dos pronomes se e si ( não há pleonasmo?) e se devemos ou não usar o infinitivo flexionado: O chefe do clã faz os membros da família casarem-se entre si.