A construção «o guloso do rato»
Em «o guloso do rato», qual a classe de palavras a que pertence guloso?
Trata-se de um adjetivo qualificativo, uma vez que caracteriza o rato («o rato guloso»), ou de um nome, uma vez que é precedido pelo determinante o?
«Matou a charada com tirocínio certeiro»
Na frase «matou a charada com tirocínio certeiro» ocorre um caso de alegoria ou se trata de um simples jogo de palavras?
Muito obrigado.
A locução «assim como» com valor aditivo
A locução conjuntiva «assim como» introduz somente orações comparativas ou pode também servir como coordenada aditiva?
Havendo ambas possibilidades, como estabelecer a diferença entre elas?
Agradeço desde já.
Assimilação: de ipse (latim) a esse (português)
Contacto-vos a propósito de uma questão que tem sido recorrente no âmbito da minha prática letiva. A propósito da evolução fonética, particularmente no processo de assimilação, tenho visto em alguns manuais ser usada como exemplo a evolução de ad sic para assim ou de ipse para esse, assumindo-se assim que, em ad sic o fonema /d/ evolui para /s/ e, em ipse, o mesmo se passa com o fonema /p/.
A minha questão é simples: tratando-se de evolução fonética – e de fonemas, portanto – não seria mais correto considerar-se que em ambos os casos ocorre uma síncope? A duplicação da consoante s advém, a meu ver, de uma convenção ortográfica, até porque, efetivamente, não pronunciamos o fonema /s/ duplicado.
Gostaria de saber a vossa opinião, que muito respeito, em relação a este tópico.
Grato pela vossa disponibilidade.
O plural de claro-escuro
Qual o plural de «claro-escuro»?
Mais uma vez, os dicionários são contraditórios a este respeito...
Qual a forma mais aceitável?
Muito obrigado.
Frente e fronte (II)
Frente e fronte têm uma origem comum?
Muito obrigada.
Os apelidos Rodrigues e Roiz
Os apelidos Rodrigues e Roiz são sinónimos, ou o segundo é abreviatura do primeiro?
Muito obrigado.
A sintaxe do verbo apelar, novamente
Qual é o uso correto na seguinte frase:
«A DGS apelou para a tranquilidade das pessoas que tomaram a vacina», ou «A DGS apelou à tranquilidade das pessoas...»?
Ou, melhor ainda, deveria ser «A DGS apelou às pessoas que tomaram a vacina para se manterem tranquilas»? Parece que há uma fixação com o uso obrigatório do «apelar para», o que nem sempre está correto, certo?
Muito obrigada.
A expressão «boca de lobo»
É com humildade que realizo a minha primeira pergunta nesta plataforma, aos professores que tanto admiro.
A dúvida é curta: qual a etimologia do substantivo "boca-de-lobo" (no que tange ao seu sentido de «bueiro»)?
Procurei-a no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, mas, embora lá conste a definição do nome, não há sugestão de suas raízes etimológicas. Demais, na Infopédia e no próprio Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, sequer há o seu registro¹.
Poderia ser que, originalmente, a expressão dissesse "boca-de-lodo", em vez de "boca-de-lobo"? Desde já, agradeço pela atenção e conhecimento despendidos.
¹ Data das consultas: 15.03.2021.
Parênteses ou travessões no interior de uma frase
Existe alguma gradação de ênfase no uso de parênteses ou travessões no interior de uma frase? Por exemplo:
«Cada cartaz aborda um tipo de flores – a seleção levou em conta a ocorrência e a beleza delas, como as rosas, as margaridas, os crisântemos, as orquídeas – ou outros aspectos como período da floração e formas de polinização.»
Se fossem usados parênteses, seria indiferente?
Agradeço desde já.
