Coesão lexical por reiteração, substituição e contiguidade
Estou estudando a coesão lexical e me deparei com uma contradição: alguns afirmam que esse tipo de coesão se dá por reiteração e substituição e outros, por reiteração e contiguidade.
Afinal, como ocorre a coesão lexical? Apenas por reiteração e substituição, ou também por contiguidade?
Obrigado.
A expressão «doutor da mula ruça»
Acabo de ler, numa crónica de Miguel Esteves Cardoso [em Os Meus Problemas], «esta mula russa gosta que a gente o chame Arquitecto». A minha dúvida prende-se com «mula russa». Deve ser «russa» ou «ruça»? E, já agora, conhecem a origem desta expressão tão interessante, que nunca tinha lido?
Muito obrigado!
Omissão do artigo definido: «alérgico ao/a leite»
«Sou alérgico a leite» e «sou alérgico ao leite».
«Sou alérgica a carne» e «sou alérgica à carne»-
Em princípio eu diria: «sou alérgico a leite» e «sou alérgico ao leite de ovelha»/ «Sou alérgica a carne» e «Sou alérgica à carne de vaca"».
O que é que está correto e porquê?
Obrigadíssima pelo esclarecimento.
Depois, advérbio de tempo e advérbio de ordem
Em que situação/contexto a palavra depois é advérbio de tempo e em qual ela é advérbio de ordem?
O nome que corresponde a tácito
Um acordo vantajoso (adjetivo) é um acordo em que há vantagem (substantivo). Um acordo prejudicial (adjetivo) é um acordo que dá prejuízo (substantivo). Um acordo desleal (adjetivo) é um acordo em que há deslealdade (substantivo). Nesses exemplos temos um substantivo associado a um adjetivo correspondente. Por que não podemos fazer essa mesma associação para o sintagma "um acordo tácito"? Qual seria o substantivo associado ao adjetivo "tácito"?
Uso de sacar com regência
«Tebaldo – Como! Sacas da espada contra uns pobres corçozinhos sem força? Aqui, Benvólio! Vem encarar a morte!» (SHAKESPEARE, W. Romeu e Julieta e Tito Andronico. trad. de Carlos Alberto Nunes. 14.ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998, p. 21. ISBN 85-0040978-9).
Encontrei esta construção – o verbo sacar + a contração da – durante a leitura da edição acima referenciada, mais de uma vez, tanto na primeira quanto na segunda obra shakespeariana.
Minha intuição aceita o seu uso, mutatis mutandis, com o verbo no infinitivo, tal como em «O sacar da espada contra uns pobres corçozinhos sem força», ou mesmo com o substantivo saque", a saber: «O saque da espada contra uns pobres corçozinhos sem força.»
Entretanto, o seu uso como no excerto acima citado me causa estranheza, porque para se sacar da espada seria necessário se sacar algo dela, e não a própria espada. Portanto, eu gostaria que me explicassem – não para desafiar o saudoso tradutor Carlos Alberto Nunes, mas para aprender – se está correta essa construção e porquê.
Desde já, sou-vos muitíssimo grato.
Ele como complemento direto (fala popular)
Corre em Portugal usarem o pronome de caso reto ele como objeto? Por exemplo: «Eu amei "ela".»
Foi uma invenção do Brasil ou teve origens com os portugueses que cá vieram?
Contração de preposição e advérbio: dali
Perguntava-vos se a falta de contração observada na frase é admissível ou é reprovada pela norma: «Convidou as pessoas "de ali" perto.»
Obrigado.
«Ter graça» e «meter graça»
Ultimamente ouço pessoas (sobretudo adolescentes, em particular o meu filho) usar a expressão “meter graça”.
Não me parece uma alternativa correta à expressão “ter graça” e gostaria de pedir o vosso esclarecimento.
Obrigado.
A etimologia de papa
Qual a origem da palavra papa (no sentido do Sumo Pontífice do Vaticano)?
Creio que existem várias teorias:
1. Acrónimo de Petrus Apostolus Princeps Apostolorum («Pedro Apóstolo, Príncipe dos Apóstolos»);
2. Acrónimo de Petri Apostoli Potestatem Accipiens («do Apóstolo Pedro tomou o poder»);
3. Do latim, "papa" (termo carinhoso para "Pai").
