Qual a maneira correcta de escrever a abreviatura de «rotações por minuto»?
Já vi "rpm", "RPM" e até "RpM". Existe uma forma correcta que deve ser sempre usada?
Quando me iniciei na matemática eram as coisas lineares. Havia as ordens das unidades, das dezenas e das centenas, que, por sua vez, eram a base das classes: as unidades, os milhares, os milhões, os biliões, os triliões e os quatriliões. E por aqui se ficava a tabuada da época.
Hoje, a seguir aos milhões, diz-se milhares de milhões e só depois aparecem os biliões, subvertendo aquela anterior ordenação quiçá mais natural e seguramente mais perceptível.
Como e quando foi introduzido este conceito na língua portuguesa (ao lado da Inglaterra do milliard e da Alemanha, por exemplo) e o que é que o justifica? Que norma é esta que desalinhou Portugal de outros países que mantêm uma lógica linear (milhões - bi - tri - quatr.)?
E já agora o que é que se segue hoje aos biliões? Os milhares de biliões?! E a seguir? E onde é que param agora os triliões e os quatriliões no meio disto tudo?
Biliões de biliões de agradecimentos pelo esclarecimento.
Como designar o terminal "rodo-ferro-fluvial" do Barreiro?
Obrigada.
«Portugal é o pior a Matemática» ou «Portugal é o pior em Matemática»? Ou será que ambas as formas são correctas?
Muito obrigada.
Nas respostas, encontrei em Ciberdúvidas uma resposta que de certa forma está desprovida de contexto (talvez a pergunta também não tivesse ajudado).
Em informática, encontramos muitas vezes uma lista de “check boxes” ou “radio buttons” em que temos de seleccionar uma ou várias opções. Assim, desseleccionar seria, neste contexto, retirar a marca que surgiu quando inicialmente seleccionámos. Usar "Não seleccionar", como está sugerido na resposta, não "fica bem". Eu penso que o uso de “desseleccionar” é válido neste contexto, além de perfeitamente lógico.
Será mais uma palavra que se cria e que tem bastante aceitação (basta ver no Google o uso que essa palavra já tem), pelo que não vejo problemas em incluí-la no nosso vocabulário.
Antes isso que usar o “unselect”.
Estou interessado em saber se o verbo pressurizar e os seus derivados (pressurização, pressurizador, etc.) podem ser considerados palavras bem formadas. O que me leva a fazer tal questionamento é que pressurizar designa a ação de manter uma determinada pressão dentro de algum objeto hermeticamente fechado, tal como um avião em voo, um submarino percorrendo as profundezas do mar, uma cosmonave em viagem fora da Terra ou um simples extintor de incêndio.
Pois bem, sendo assim, é lógico que, em português, o verbo indicador dessa ação deveria derivar do vocábulo pressão.
Num caso como este, em que o vocábulo português do qual se fará uma derivação termina em ão (aqui é a palavra pressão da qual se criará outra), é mister fazê-lo regredir até que a sua terminação seja reduzida a o, an, on ou ion, conforme o caso, e, só depois, pospõe-se-lhe o sufixo, surgindo dessarte a palavra derivada. Exemplos: carvão - "carvo" - carvoaria; balão - "balon"- balonismo; sertão - "sertan" - sertanista, sertanejo; instrução - "instructione" - "instrucione"- "instrucion"- instrucional. Em casos como este último, o ão é sempre transformado em ione e depois ion por causa da
etimologia latina: instrução do latim "instructione".
Diante do exposto, pergunto-lhes: em português, em vez de pressurizar, não deveria ser "pressionizar", já que pressão provém do latim "pressione", então, pressão -"pressione" - "pression" - "pressionizar", "pressionização", "pressionizador"?
O que reforça a minha suspeita de que houve má formação vocabular neste caso é o fato de pressurizar vir do inglês "to pressurize", segundo o Dicionário Aurélio (possuo um exemplar da 2.ª edição). Em inglês, pressão é "pressure", donde se conclui que o verbo "to pressurize" vem do substantivo inglês "pressure". Indiretamente, o nosso verbo pressurizar, derivado desse verbo inglês, também provém de "pressure", quando deveríamos ter um verbo de formação vernácula proveniente do nosso substantivo pressão. Se não, vejamos: "pressure" - "pressur"- "(to)pressurize". Eliminando-se a partícula "to", do restante, "pressurize", fez-se uma adaptação à nossa língua, havendo a terminação "ize" final sido transformada ou substituída em/por "izar", surgindo pressurizar.
Leve-se ainda em conta que, em português, há o verbo pressionar e não "pressurar". Pressionar certamente formou-se como no paradigma acima exposto: pressão -"pressione" - "pression" - pressionar.
Sobre o assunto aqui ventilado, peço o parecer credibilíssimo dos supercompetentes consultores do Ciberdúvidas.
Certo de que me farei mais uma vez merecedor da atenção dos Amigos, então, antecipo os meus agradecimentos: muito obrigado.
Sou professora na Universidade de Toronto e tenho dúvidas relativamente ao gentílico a usar para os habitantes desta cidade. Torontino?
Qual o significado da expressão popular «encanar a perna à rã»?
Obrigado.
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