DÚVIDAS

Biliões, triliões, etc.

Quando me iniciei na matemática eram as coisas lineares. Havia as ordens das unidades, das dezenas e das centenas, que, por sua vez, eram a base das classes: as unidades, os milhares, os milhões, os biliões, os triliões e os quatriliões. E por aqui se ficava a tabuada da época.

Hoje, a seguir aos milhões, diz-se milhares de milhões e só depois aparecem os biliões, subvertendo aquela anterior ordenação quiçá mais natural e seguramente mais perceptível.

Como e quando foi introduzido este conceito na língua portuguesa (ao lado da Inglaterra do milliard e da Alemanha, por exemplo) e o que é que o justifica? Que norma é esta que desalinhou Portugal de outros países que mantêm uma lógica linear (milhões - bi - tri - quatr.)?

E já agora o que é que se segue hoje aos biliões? Os milhares de biliões?! E a seguir? E onde é que param agora os triliões e os quatriliões no meio disto tudo?
Biliões de biliões de agradecimentos pelo esclarecimento.

Resposta

Um bilião é mesmo um milhão de milhões em Portugal, ou seja, 1012 (Norma Portuguesa Definitiva NP-18) desde 1960 (no Brasil é 109). As designações seguintes aumentam sempre de um milhão (ex.: um trilião é um milhão de biliões, ou seja, 1018), etc.

Penso que a razão de se incluir um número maior nas suas designações terá sido a vantagem de assim se lidar melhor com os grandes números. Veja-se, por exemplo, que a nossa unidade de comprimento SI, o metro, é quase infinitesimal nas dimensões astronómicas, mesmo só ao nível do sistema solar.

Ao seu dispor,

Cf.  Milhões, Mil milhões, Biliões ou Triliões? Esclareça a confusão!

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