Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Francisco Fernandes do Vale Médico Dentista, Mestre em ortodoncia/ortodontia Barcelos, Portugal 20K

[A propósito da resposta Ortodontia, novamente, gostaria de dizer que] palavras como ORTODONCIA, endodoncia, prostodoncia, etc... derivam do Grego. O "T" da terminação "Ti" ou "Tei", quando seguido de vogal passa a C; Ci; Ça em
Português, excepto:
1- Quando é precedido das letra S, T ou X (ex.: osteoplastia).
2- Quando representa a letra THÉTA (Th) (ex.: sympathia).
Assim, escreve-se ORTODONCIA em vez de ORTODONTIA e lê-se "ortodoncÍA" e não "ortodÔncia".

 

N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.

Márcio Osório Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil 11K

Como e quando surgiu a expressão «Tapar o sol com a peneira»?

Grato.

Susana Ferreira Portugal 72K

“Por forma a” ou “de forma a” Qual das expressões está correcta «Por forma a» ou «de forma a»?

Sandra Raquel Professora de Português Brasil 8K

Sou professora de língua portuguesa e uma grande dúvida paira no ar.
Formámos uma integração de cidadãos e demos o nome de Integração Cidadânica, mas o diretor disse que não existe a palavra cidadânica. Posso considerar a palavra um neologismo? É correto utilizar esta palavra?
Que explicação poderia me fornecer em torno da estrutura e formação da palavra em questão?
Obrigada, desde já, pela atenção!

André Morais Portugal 8K

Considerando que «promoção» contém uma ideia de avanço, representada pelo prefixo pro-, como se representa o seu antónimo? «Despromoção» é um termo que já ouvi e li várias vezes, mas não me parece inteiramente correcto. Não faria mais sentido «retromoção» como em progresso/retrogresso ou processo/retrocesso? «Despromoção», a existir, parece-me significar a anulação de uma promoção anterior e não a descida de um grau numa qualquer hierarquia. A ser assim, a «despromoção» poderia ser um tipo específico de «retromoção», que ocorreria sequência de uma promoção. Gostaria de saber qual a opinião do Ciberdúvidas. Muito obrigado e desejo-vos a continuação de um bom trabalho!

 

N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.

Antonio Sant Brasil 8K

Qual é a grafia correta, nanometro ou nanômetro?
Qual é a regra neste caso, se é que existe, já que tanto litro como metro são paroxítonas, mas milímetro é proparoxítona e mililitro é paroxítona?

Victor Duarte França 2K

Houve uma pergunta quanto à tradução das regiões francesas e suas capitais e vi tradução de Lille por Lila, e Ile de França por Lila de França.
Procurei a origem das palavras e vi que Lille tem por origem A ilha (L'ile) e Ile de France desde 1300 e poucos por causa da zona situada entre as sinuosidades do rio Oise e admirei-me de terem traduzido por Lila de França e não Ilha de França que me parece mais lógico. Lila para Lille já me soa melhor.
Muito obrigado.

Glaucia Regina Villela Brasil 4K

Gostaria de saber se as expressões abaixo estão corretas e o motivo do uso ou não do acento indicativo de crase em cada caso:

«Esperamos por você das 15 às 18 horas.»

«Faremos um curso de segunda à sexta-feira.»

«Teremos aula às terças-feiras.»

«Chegarei às 8 horas para podermos conversar.»

Maria de Lourdes Falcão S. Tradutora Lisboa, Portugal 17K

Numa resposta sobre «ter a ver/ que ver com» (= ter relação com), ao refutar a forma *«ter a haver com», a Dra. Edite Prada dá conta dos usos destes 2 verbos, apresentando exemplos extraídos de vários corpora linguísticos, entre os quais figura uma abonação da suposta expressão *«ter de se haver com alguém», conforme transcrevo:
«b) Surgem quatro exemplos com ter de se haver, no sentido de ter de prestar contas:
(8) «A própria FAYAL COAL teve de se haver comigo nos fornecimentos de carvão.»
Sei que o assunto então em causa era outro, mas aproveite-se agora para desfazer a confusão neste idiomatismo, pois o erro é bastante vulgar (proximidade fonética? Confusão com as contas do «deve e haver»?...).
Com o sentido de «tirar satisfações com alguém», «ter de prestar contas a», «entender-se com», «governar-se», «orientar-se», «ajustar-se», os dicionários (por ex., o da Academia) registam «avir»/ «avir-se» (lembra o Dicionário de Verbos, de Ana Guedes e Rui G., D. Quixote, que a regência usual é "avir-se com"). Por ex.:
1. Se continuas assim, tens de te avir comigo.
2. Eu não me meto na discussão. Eles que se avenham!
Mesmo que pareça parco de formas, a conjugação é regular – como o "vir", nota o DLP Aurélio Séc. XXI – e não autoriza qualquer confusão com um uso reflexivo de "haver"... Se se mantém vivo em expressões fixas, esse seu uso familiar e popular atesta a forte tradição.
Será possível esclarecer a origem desta incorrecção? Como surge tal troca, inclusivamente em textos escritos, em jornais...?
Agradeço a vossa resposta.

Hugo Bom Portugal 11K

Se "coocorrer" se escreve como "cooperar", i.e., sem hífen (assim o consigna o Dicionário Houaiss na sua versão portuguesa), por que motivo o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa e o Dicionário 2006 da Porto Editora registam o substantivo "co-ocorrência" grafado com hífen? Será por ambos não averbarem, quer o verbo "coocorrer", quer o adjectivo participial "coocorrente", ao contrário do que faz o supracitado Dicionário Houaiss?
Grato de antemão pelo parecer que houverem por bem dar.