[A propósito da resposta Ortodontia, novamente, gostaria de dizer que] palavras como ORTODONCIA, endodoncia, prostodoncia, etc... derivam do Grego. O "T" da terminação "Ti" ou "Tei", quando seguido de vogal passa a C; Ci; Ça em
Português, excepto:
1- Quando é precedido das letra S, T ou X (ex.: osteoplastia).
2- Quando representa a letra THÉTA (Th) (ex.: sympathia).
Assim, escreve-se ORTODONCIA em vez de ORTODONTIA e lê-se "ortodoncÍA" e não "ortodÔncia".
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Como e quando surgiu a expressão «Tapar o sol com a peneira»?
Grato.
“Por forma a” ou “de forma a” Qual das expressões está correcta «Por forma a» ou «de forma a»?
Sou professora de língua portuguesa e uma grande dúvida paira no ar.
Formámos uma integração de cidadãos e demos o nome de Integração Cidadânica, mas o diretor disse que não existe a palavra cidadânica. Posso considerar a palavra um neologismo? É correto utilizar esta palavra?
Que explicação poderia me fornecer em torno da estrutura e formação da palavra em questão?
Obrigada, desde já, pela atenção!
Considerando que «promoção» contém uma ideia de avanço, representada pelo prefixo pro-, como se representa o seu antónimo? «Despromoção» é um termo que já ouvi e li várias vezes, mas não me parece inteiramente correcto. Não faria mais sentido «retromoção» como em progresso/retrogresso ou processo/retrocesso? «Despromoção», a existir, parece-me significar a anulação de uma promoção anterior e não a descida de um grau numa qualquer hierarquia. A ser assim, a «despromoção» poderia ser um tipo específico de «retromoção», que ocorreria sequência de uma promoção. Gostaria de saber qual a opinião do Ciberdúvidas. Muito obrigado e desejo-vos a continuação de um bom trabalho!
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Qual é a grafia correta, nanometro ou nanômetro?
Qual é a regra neste caso, se é que existe, já que tanto litro como metro são paroxítonas, mas milímetro é proparoxítona e mililitro é paroxítona?
Houve uma pergunta quanto à tradução das regiões francesas e suas capitais e vi tradução de Lille por Lila, e Ile de França por Lila de França.
Procurei a origem das palavras e vi que Lille tem por origem A ilha (L'ile) e Ile de France desde 1300 e poucos por causa da zona situada entre as sinuosidades do rio Oise e admirei-me de terem traduzido por Lila de França e não Ilha de França que me parece mais lógico. Lila para Lille já me soa melhor.
Muito obrigado.
Gostaria de saber se as expressões abaixo estão corretas e o motivo do uso ou não do acento indicativo de crase em cada caso:
«Esperamos por você das 15 às 18 horas.»
«Faremos um curso de segunda à sexta-feira.»
«Teremos aula às terças-feiras.»
«Chegarei às 8 horas para podermos conversar.»
Numa resposta sobre «ter a ver/ que ver com» (= ter relação com), ao refutar a forma *«ter a haver com», a Dra. Edite Prada dá conta dos usos destes 2 verbos, apresentando exemplos extraídos de vários corpora linguísticos, entre os quais figura uma abonação da suposta expressão *«ter de se haver com alguém», conforme transcrevo:
«b) Surgem quatro exemplos com ter de se haver, no sentido de ter de prestar contas:
(8) «A própria FAYAL COAL teve de se haver comigo nos fornecimentos de carvão.»
Sei que o assunto então em causa era outro, mas aproveite-se agora para desfazer a confusão neste idiomatismo, pois o erro é bastante vulgar (proximidade fonética? Confusão com as contas do «deve e haver»?...).
Com o sentido de «tirar satisfações com alguém», «ter de prestar contas a», «entender-se com», «governar-se», «orientar-se», «ajustar-se», os dicionários (por ex., o da Academia) registam «avir»/ «avir-se» (lembra o Dicionário de Verbos, de Ana Guedes e Rui G., D. Quixote, que a regência usual é "avir-se com"). Por ex.:
1. Se continuas assim, tens de te avir comigo.
2. Eu não me meto na discussão. Eles que se avenham!
Mesmo que pareça parco de formas, a conjugação é regular – como o "vir", nota o DLP Aurélio Séc. XXI – e não autoriza qualquer confusão com um uso reflexivo de "haver"... Se se mantém vivo em expressões fixas, esse seu uso familiar e popular atesta a forte tradição.
Será possível esclarecer a origem desta incorrecção? Como surge tal troca, inclusivamente em textos escritos, em jornais...?
Agradeço a vossa resposta.
Se "coocorrer" se escreve como "cooperar", i.e., sem hífen (assim o consigna o Dicionário Houaiss na sua versão portuguesa), por que motivo o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa e o Dicionário 2006 da Porto Editora registam o substantivo "co-ocorrência" grafado com hífen? Será por ambos não averbarem, quer o verbo "coocorrer", quer o adjectivo participial "coocorrente", ao contrário do que faz o supracitado Dicionário Houaiss?
Grato de antemão pelo parecer que houverem por bem dar.
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