Servindo-me da intervenção da consulente Edite Vieira, na qual abordava uma frase que apresentei sobre o assunto supracitado, gostaria de aproveitar a ocasião para a ele voltar. Ao formular a frase «Naquela escola sempre se vê os alunos estudarem», quis suscitar discussão sobre a concomitância numa frase de dois casos gramaticais, a saber, o uso dos chamados verbos causativos e sensitivos (deixar, mandar, fazer, ver, ouvir, sentir) a par do uso da voz passiva pronominal. É conhecida e admitida a construção «Naquela escola, os professores faziam os alunos estudarem» (ou estudar, que o infinitivo não flexionado é aí também admissível). Por outro lado, pode-se compor a seguinte frase: «Naquela escola, os alunos não se viam com freqüência.» Imagine-se, então, que se construa uma frase em que ocorram, em simultâneo, os dois fenômenos lingüísticos. Qual concordância prevaleceria?Ainda há o caso da possível frase modificada: «Naquela escola, sempre se vê [ou "vêem"?] estudar os alunos.» A par disso, a frase apresentada pela consulente, corroborada pela consultora Maria João Matos, «Sempre se vêem os alunos a estudar», é, no português falado no Brasil, equivalente a «Sempre se vêem os alunos estudando», que não é preferível, a meu ver, pois aí temos o citado verbo sensitivo. É diferente dizermos «Os alunos estavam a estudar [estudando]», esta perfeitamente indiscutível quanto a sua correção. Obrigado.
Gostaria de saber o presente do indicativo do verbo camuflar. Será eu camuflo ou eu camufulo? Muito obrigada.
Há uma música da ilustre conterrânea Carmem Miranda que utiliza o termo "burucuntum" sem deixar entrelinhas para o significado. Esta palavra deve ter sido muito utilizada nos idos 1930/50. Gostaria de saber o que vem a ser esta palavra.
É correcto designar, num trabalho escolar, as fontes consultadas na Internet de Webliografia? Ultimamente, tenho visto muito esta palavra mas não sei até que ponto este "neologismo" já entrou na nossa língua.
No que diz respeito às expressões com adjetivos que pedem o presente do subjuntivo (conjuntivo) – é certo, é verdade, é evidente, é lógico –, gostaria de saber porque somente a última aceita seja o indicativo seja o subjuntivo (conjuntivo). Encontrei esta informação na Gramática de Português para Estrangeiros, de Lígia Arruda. Eu vi em outra gramática que o subjuntivo (conjuntivo) de uma oração subordinada a um verbo de atividade mental (acredito, penso, julgo) aceita os dois modos em questão.«Acredito/penso/julgo que tenhas razão.» [possível]«Acredito/penso/julgo que tens razão.» [necessária] Exemplos tirados da Gramática do Português Actual, de José de Almeida Moura. Porém, para o exemplo abaixo, não consegui entender porque posso usar seja o modo indicativo que o modo subjuntivo (conjuntivo). É lógico que ele vem/venha hoje. Obrigada pela ajuda
Qual das formas é a correcta?«Nos casos em que venhamos a ser contactados» ou «Nos casos em que viermos a ser contactados», no seguinte contexto:Num universo de indivíduos, há a possibilidade (mas não a certeza) de virmos a ser contactados, não sabendo por quantos, se por algum. Obrigado.
Trabalho numa empresa que comprou um sistema recentemente e neste sistema vem a palavra "desefetivar" e por me soar muito estranho pesquisei e não encontrei esta palavra, ela existe ou não?
É frequente o uso do verbo «mandatar». No entanto, consultados vários dicionários de português, e mesmo de português-inglês, não encontrei qualquer referência a este verbo mas apenas aos substantivos «mandato» e «mandatário». Será que o uso do verbo é incorrecto? Obrigada, desde já, pelo vosso esclarecimento.
Tendo visitado no meado do corrente mês de Outubro, perto de Chaves, a Pedra da Bolideira, gostaria de conhecer o étimo e o sentido do vocábulo «bolideira», que não encontrei nos dicionários que consultei.
Poderiam dizer-me a origem da palavra «anomalia» e explicar-me a sua formação?
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