Esta expressão «estar com os azeites», que pode ser entendida como «estar aborrecido», que sinónimo pode ter no mesmo registo de língua?
Felicito-os desde já pelo excelente trabalho que desempenham, e faço votos para que continuem.
Gostaria de saber se esta palavra existe: “urssupiários”. Encontrei esta palavra num documento e após alguma pesquisa não consegui verificar a sua existência em parte alguma. Supostamente designa as estruturas que protegiam as colmeias do ataque dos ursos. Encontrei palavras como “colmeal”, “silha” ou “muros-apiários” para designar estruturas que tinham esta função, mas não se limitavam à protecção dos ataques dos ursos, mas sim de qualquer animal. Agradecia, alguma informação mais precisa sobre a existência ou não desta palavra e os significados mais precisos das palavras: “colmeal”, “silha” e “muro-apiário”.
Tendo encontrado, na página oficial do MDN, com base num folheto da Igreja da Memória, o seguinte texto, agradecia um Vosso comentário sobre o mesmo, dado que me parece "impróprio para consumo" e gostaria, assim, de reforçar a chamada de atenção que já fiz... sem qualquer resultado. A não ser, claro, que tudo esteja correcto!
«A igreja que o monarca D. José faria erguer a N.S. do Livramento e a S. José, como voto de gratidão pelo atentado a que foi acometido neste mesmo lugar, passaria, afinal, logo a chamar-se da Memória para recordar o sucedido na noite de 3 de Setembro de 1758: D. José atingido por dois tiros, acto imputado aos Távoras, ficando ligeiramente ferido.»
Gostaria de esclarecer qual o processo de formação de palavras que está na origem das palavras:
1 – “ferradura”
2 – “cavalgadura”
Obrigado
Qual é a formação da palavra "solstício", derivada ou primitiva ou composta?
[Sobre “energúmeno”] que significado, verbetes podemos encontrar desta palavra?
Ao escrever um artigo sobre o livro "Tsunamin i Lissabon" (O Tsunami de Lisboa) do filósofo sueco Gunnar Broberg, deparei com uma nova palavra sueca – "politicodicé" em contraste com "teodicé". Não sabendo como traduzir este novo termo, optei por "politicodiceia" referindo assim "o problema filosófico da justiça dos políticos".
Quando pronunciamos “Badajoz” (cidade espanhola) ou “noz” (fruto seco), o O é pronunciado aberto como se tivesse um acento agudo. "Estremoz" (cidade alentejana), normalmente, é pronunciada como se o O tivesse um acento circunflexo. Está certo ou deveremos também pronunciar o O aberto?
Os portugueses vêem os brasileiros como os “rebeldes” da Língua Portuguesa? Não é essa perspectiva injusta, quando qualquer brasileiro tem dificuldade em aceitar o à-vontade linguístico com que os naturais de Lisboa dizem gostar “imenso” de tudo?
São estas sucintamente as questões levantadas por um consulente brasileiro a viver em Lisboa. A resposta é simples: nenhum país de Língua Portuguesa detém a norma, porque há variantes a respeitar. Por outro lado, importa que, linguisticamente, saibamos mais acerca uns dos outros, porque uma língua de dimensão mundial não dispensa o sentido de comunidade.
Indicativo dessa necessidade é o extraordinário conjunto de gramáticos que, de um lado e do outro do Atlântico, investigam a história e actualidade da Língua Portuguesa. A respeito de um verbo que se tornou tabu linguístico, vemos que existem divergências entre gramáticos e lexicógrafos, mas não há uma oposição entre portugueses e brasileiros. O que é bom sinal: significa que a investigação se faz objectiva e serenamente, contribuindo assim para um conhecimento mais responsável da língua.
Durante a semana, outras perguntas se fizeram também. Algumas são características de quem quer compreender a língua no seu uso quotidiano. Outras relevam da preocupação com a aprendizagem e são feitas por professores de língua materna, focando a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), recentemente adoptada em Portugal. Entretanto, o papel da linguagem literária no Ensino Básico e Secundário em Portugal suscita a discussão de opções pedagógicas. A petição de Maria do Carmo Vieira, “Pela dignificação do ensino”, é disso prova.
Finalmente, na Antologia surge um novo texto. Da autoria de Luís Carlos Patraquim, que o escreveu especialmente para o Ciberdúvidas, é uma evocação da infância e da magia da palavra, mas dá também testemunho da diversidade da nossa língua comum em terras de Moçambique. Boa leitura.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações