Vim para o Brasil há mais de quarenta anos e até hoje não encontrei ninguém que me explicasse por que razão as letras do alfabeto são femininas quando falamos delas antepondo a palavra "letra" (a letra "a", a letra "b", etc.), mas quando nos referimos a elas individualmente (o "a", o "b", etc.) passam para o gênero masculino.
Tal situação não existe, por exemplo, nos idiomas italiano e espanhol, onde sempre são mencionadas no feminino.
Preciso apresentar um seminário sobre acento diferencial e gostaria de argumentar sobre a sua utilidade e também o seu pouco uso se levarmos em conta a ortografia oficial, ou outros argumentos interessantes, históricos e até curiosos sobre esse tema.
Vocês poderiam me ajudar?
No que respeita à palavra francesa “tarot”, pretendia saber se mantém essa mesma grafia em português (nesse caso, o plural será “tarots”?) ou se sedeverá grafar “tarô”/”tarôs” ou “taró”/”tarós”.
Agradeço a vossa atenção.
Onde posso obter listagem de verbetes ciganos acolhidos na língua portuguesa?
No CD fornecido pelo ME sobre a nova nomenclatura são apontados como protótipos textuais: descritivo, narrativo, argumentativo, expositivo-explicativo, injuntivo-instrucional e dialogal-conversacional. A minha pergunta é: onde cabe aqui o texto lírico? Também o texto dramático oferece problemas porque, se numa análise detalhada podemos encontrar diversos protótipos, numa análise global como vamos classificá-lo? Será que estou a confundir dois níveis de análise diferente? Agradecia um esclarecimento.
Quero começar por agradecer à Sr.ª Edite Prada pela excelente resposta. Permitam-me no entanto discordar (sei que não é dela) do segundo teste para a distinção. Vejamos a frase «O Paulo foi ao cinema e o Carlos arranjou esta mesa.» Não dá para pôr o «O Paulo e o Carlos foi ao cinema....» Isto simplesmente porque os predicados são totalmente diferentes. É isso o que acontece praticamente sempre com “pois”.
Reparem que esta frase até seria admissível, ou pelo menos não seria repulsiva: «A criança, pois também a mãe, tinha Hepatite.»
Soa só um pouco estranho porque a quantidade de vezes que há necessidade de dizer uma frase como esta é muito diminuta. É preciso muita coincidência para que a explicação use o mesmo predicado que o explicado.
Por outro lado, não acho correto porem, por exemplo, o “pois” e o “portanto” no "mesmo saco". Eu até cedo que “portanto” seja considerado só um advérbio conector e não uma conjunção coordenada (já as gramáticas antigas se referiam a isso).
No entanto vejam a diferença entre os dois.
A1) Vou tomar uma aspirina pois não agüento mais as dores.
A2)* Vou tomar uma aspirina não agüento, pois, mais as dores. -> Possível? O significado é diferente...
A3) * Vou tomar uma aspirina, não agüento mais as dores, pois. -> Possível?
O significado é diferente...
B1) Não agüento mais as dores portanto vou tomar uma aspirina.
B2) Não agüento mais as dores vou, portanto, tomar uma aspirina.
B3) Não agüento mais as dores, vou tomar uma aspirina, portanto.
A diferença é notória, penso que é objetivo...
Se se escreve nanómetro, decímetro, decâmetro e quilómetro, por exemplo, dever-se-á escrever, pelo mesmo critério, megâmetro e gigâmetro?
Antecipadamente grato pela v/resposta.
A palavra "juros" (ref. a finanças) pode ser usada no singular?
O certo é dizer que ganhei 1% de juro ou de juros?
Um professor doutor falou-me que só deveria ser utilizado no singular. Entretanto, o dicionário Aurélio, que tem lá os seus errinhos..., traz a palavra "juro" referindo-se a finanças.
Agradeço e parabenizo novamente a equipe do Ciberduvidas, que muito tem ajudado aos estudiosos da língua portuguesa.
Qual o significado de moendabilidade?
Quando um determinado material é dificil de moer (reduzir a sua granulometria) deverá dizer-se que se caracteriza por uma elevada ou baixa moendabilidade?
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