Num manual de Língua Portuguesa descobri a seguinte frase:
«Por que não realiza ele esse desejo?»
Pela leitura das vossas respostas anteriores julgo perceber que a utilização de «por que» é indevida. Agradecia um esclarecimento.
Gostaria de saber como escrevem por extenso os seguintes números ordinais: 200.º, 300.º, 400.º, 500.º, 600.º, 700.º, 800.º, 900.º e 2000.º.
Aproveito a oportunidade para vos felicitar pelo excelente trabalho.
Obrigado.
Digito relatórios que são gravados em fitas, usando um fone de ouvido e algumas palavras o Word sublinha de vermelho. Sublinhou “pré-definido” e descobri que errei, pois escreve-se “predefinido”; e, para a expressão «para todo aquele maquinário», sugeriu maquinária. Existe e está correta a palavra "maquinário"?
Muito obrigada.
No ambiente técnico das comunicações por satélites (Sistemas Globais de Posicionamento – GPS) costuma utilizar-se a expressão «as observáveis GPS são a pseudodistância e a fase da portadora» querendo significar que aquelas informações são obtidas pelo resultado de observações (i. e. são observáveis pelos receptores dos sistemas) dos receptores daqueles sistemas de navegação.
Pergunto: será legítimo usar a expressão acima referida? Obrigado e desculpem a simplicidade da questão.
Qual a pronúncia mais correcta: "mai-or" ou "ma-ior"? Ou entram aqui somente em conta critérios de pronúncias regionais – no Norte lê-se o ditongo "ai", no Sul isso não acontece?
«Lisboa fica a 300 km a sul do Porto» ou «Lisboa fica 300 km a sul do Porto»? […]
[N]ão encontro no dicionário a justificação de «a 300 km a sul».
A preposição «a» indica distância, por isso parece-me redundante usá-la juntamente com a locução adverbial «a sul», que indica igualmente distância, afastamento entre dois pontos. Saramago, por exemplo, na sua Viagem a Portugal, suprime sistematicamente a preposição. Se assim não fosse, teríamos de usá-la igualmente em expressões do tipo «a casa fica a 100 m mais à frente», «o 2.º classificado ficou a 100 m atrás», o que, além de não acrescentar clareza à frase, lhe corta, pelo contrário, a fluidez.
[…]
Parabéns pelo excelente trabalho.
«“Um” tribunal decide a pena.» É artigo ou numeral?
Gostaria de saber qual a génese do nome próprio Eugénia.
Agradecia o vosso esclarecimento quanto à palavra correcta para reflectir a contaminação de lençóis freáticos através de altos teores de sais. Podem-se usar as duas formas apresentadas?
Obrigado.
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
[...] Eu tenho uma dúvida que não consegui sanar consultando as gramáticas que tenho que casa. De acordo com a regra que norteia o uso dos pronomes oblíquos (“o”, “a”, “os”, “as”), para os verbos de primeira conjugação (-AR), este ganha um acento agudo na sílaba tônica, após a supressão do -R:
«Vocês já compraram a casa?»
«Fomos obrigados a comprá-la»
Um acento circunflexo se o verbo pertence à segunda conjugação (-ER):
«Já fez os exercícios? »
«Vou fazê-los agora mesmo.»
E nenhum acento se o verbo e de terceira conjugação (-IR):
«Ele já partiu o bolo? »
«Está a parti-lo neste exato momento.»
Então, por qual motivo a forma “construí-lo” é acentuada? Seria porque termina em hiato ou porque, na realidade, segue a regra da acentuação, como, por exemplo, nas palavras “saúde” e “vário”?
Obrigada pela ajuda
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