Qual a origem desse adjetivo que minha mãe usava para chamar a atenção de minhas irmãs quando estavam muito desinibidas, principalmente em frente a rapazes desconhecidos ou outros visitantes?
No Brasil fala-se muito da «Pomba Gira». Bem, este «gira» tem o mesmo sentido que lhe dão em Portugal? Ou seja, trata-se de uma pomba bonita, elegante, inteligente, divina, etc.? Já encontrei, por exemplo, num romance do Jorge Amado a expressão «xpto», escrita por extenso, então venho a pensar se o «gira» que adjetiva a pomba não poderia se ter originado por aí.
Muito obrigado.
Pretendo saber como se diz «adoptar um sistema de governo e de administração que une vários estados em uma só nação» numa só palavra. Será “governar”? Mas “governar” não é “adoptar”...
Obrigado.
Os patriarcas das Igrejas da Geórgia e Armênia, entre outras, recebem o título de “catholikós”, e a província eclesiástica sob a sua jurisdição tem o nome de “catholikossato”, que é o mesmo que “patriarcado”.
Pergunto-lhes: estes dois vocábulos estrangeiros em apreço podem ser ou já são aportuguesados, respectivamente, como “católico” e “catolicato”?
O fato de a palavra “católico” já ter outras acepções não a impede de ter mais esta: a de patriarca de uma igreja oriental. Não é isto mesmo?
Como se diz? Supor ou pressupor?
No fundo o que eu não sei é o verdadeiro significado de cada uma destas palavras, mas muitas vezes me "soa" mal o uso do "pressuposto".
Qual a origem da palavra Gesteira (aldeia, freguesia do concelho de Soure – Coimbra)?
Gostaria de saber porque a preposição «trás» é acentuada. Normalmente as preposições não são átonas e este deveria ser então um monossílabo átono?
Muito obrigado.
Se Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa, apenas consigna «demais» como advérbio de modo1, atribuindo a «de mais» a função supletiva de locução adverbial de quantidade, qual o motivo por que, em Ciberdúvidas, vários consultores têm tecido considerações acerca do correcto uso de «demais» como advérbio de quantidade? Será que o destinatário-alvo tem sido os falantes brasileiros? Na verdade, tanto o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa como o Dicionário Houaiss (versão portuguesa) averbam unanimemente a acepção quantitativa de tal advérbio como um brasileirismo.
Em vista disso, compete perguntar:
a) Não será abusivo classificar e utilizar «demais» como advérbio de quantidade, se o vocabulário ortográfico vigente em Portugal ainda não foi substituído? (Se assim não fosse, razões não haveria para que os dicionários supracitados tivessem sido tão escrupulosos na sua descrição!)
b) Que força de lei têm os argumentos aduzidos em Ciberdúvidas em favor do uso de «demais» enquanto advérbio de quantidade?
Saudações cordiais.
1 Excluo desta questão o valor pronominal do vocábulo.
Gostaríamos de colocar três questões:
1. O que significa a palavra «reanálise» da seguinte definição retirada da TLEBS?
«Composto morfo-sintáctico: Composto resultante da intervenção de um processo de composição morfo-sintáctica. É formado por duas ou mais palavras que integram uma de três estruturas sintácticas: subordinação, coordenação ou REANÁLISE.»
2. Os compostos morfo-sintácticos coordenados só podem ser formados por nomes ou adjectivos? Não podem ser formados por verbos ou palavras invariáveis?
«Composto morfo-sintáctico coordenado:
Nos compostos morfo-sintácticos com estrutura de coordenação, todas as palavras têm idêntico estatuto e idêntica contribuição para a interpretação semântica. Os compostos morfo-sintácticos deste tipo são sobretudo NOMES, mas também há alguns ADJECTIVOS: a flexão de número afecta, de igual modo, (...)»
3. Como podemos classificar as seguintes palavras?
«Guarda-chuva» (verbo + nome)
«Abaixo-assinado» (palavra invariável + adjectivo)
«Pão-de-ló» (dois nomes ligados por preposição)
Agradecemos desde já a vossa atenção.
Oi! Sou professora de Espanhol, na Argentina, e estudo Português há muitos anos. Como acontece com o Espanhol, com o que se ensina na sala de aula, sobre orações condicionais – três casos típicos e nunca mais de três, coisa que está longe de ser a santa verdade – também encontrei uma situação – para mim – inexplicável (quem sabe, seja uma bobagem):
O uso do presente do subjuntivo, na oração «No dia em que não FAÇA mais uma criança sorrir, vou vender abacaxi na feira.» (N. Piñon, citado na gramática de Cunha e Cintra) é tido como correto – pelo menos assim o propõem os autores da gramática. Já a professora, no Proficiência, corrigiu um colega meu quando ele disse «quando venha, terei tempo de fazer isso» (copiando o modelo que a gente faria se falarmos um portunhol). Eu estudei que futuro pede futuro. Daí: «Quando vier, terei...» Mas será que é mesmo correto, como em Espanhol: «Cuando venga (presente de subj.) tendré (futuro) tiempo.» O presente pode ser usado com valor de futuro numa oração temporal? Se é assim, qual a bibliografia que valida esse uso?
Obrigada.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações