Respondo simultaneamente a estas duas perguntas, pois há considerações que são válidas para ambas.
Podemos distinguir, nas palavras em apreço, os seguintes tipos:
1 — O encontro vocálico faz-se em ditongo crescente. Caso das sequências postónicas, como em gasóleo, história, etc. (falsas esdrúxulas). Estes ditongos, em fala lenta, não são estáveis (deixam de o ser, pois há duas emissões de voz) e podem separar-se na translineação: ga-só-le-o, his-tó-ri-a.
2 — O encontro faz-se com hiato, o que acontece sempre que i ou u são tónicas: dia, havia, macia, frio, lua. Então, estamos em presença de sílabas diferentes, e é perfeitamente legítima a separação: di-a, ha-vi-a, ma-ci-a, fri-o, lu-a.
3 — No encontro há um ditongo decrescente: meia. Neste caso, a última vogal faz parte de outra sílaba, logo a divisão: mei-a.
No entanto, recomendo que nunca se deixe uma vogal isolada numa das linhas. Repare que a ou o isoladas se podem confundir com os artigos; além disso, se há espaço para pôr o hífen antes da vogal, por que razão não escrever mesmo a vogal?
No caso de meia, acresce que `na pronúncia´ há um arrastamento da semivogal desde a vogal e até à vogal a: ¦mei-ia¦, formando-se um conjunto de ditongo decrescente (não divisível) ei com um crescente ia (a esta semivogal especial dou eu o nome de glide [som de transição em Houaiss, como no brasileiro «nós ¦nóis¦], mas a separação que faço não é consensual, pois por costume não se distingue glide de semivogal). Assim, em meia, este i não pode separar-se de e segundo as regras ortográficas, e, por maioria de razão (também a fonética que defendo), não separo a de i.
Resumindo, a divisão silábica que tradicionalmente se recomenda é: ga-só-leo, his-tó-ria, ha-via, ma-cia. Nas restantes palavras em estudo, eu não faria mesmo divisão: dia, frio, lua, meia.
Ao seu dispor,