Sobre imputar, enveredar e impugnar
Não raro vejo na imprensa «imputar responsabilidades» e «enveredar por um caminho».
Ora, consultando um dicionário, logo se constata que imputar é: «atribuir (a alguém) a responsabilidade de».
Enveredar: «tomar caminho; dirigir-se».
Ambas as [definições] em Mini-Aurélio.
Não é redundante dizer-se isto?
A respeito de impugnar, poder-se-á dizer que se impugna uma pessoa? Do género: «vamos impugnar a senhora Josefina», a título de exemplo?
Continuação do belo trabalho que estão a fazer.
Agradecida pela atenção.
«Pedir compreensão para»
Ouvi, há dias, a seguinte informação ser anunciada numa estação dos caminhos-de-ferro: «Senhores passageiros: o comboio proveniente de X, com destino a Y, encontra-se com um atraso de Z minutos. Pedimos a vossa compreensão pelos inconvenientes causados.»
E ficou a soar nos meus ouvidos esse final: «compreensão pelos...»!
É certo que pedimos desculpas «por» qualquer motivo, mas a compreensão não será para (com) alguma coisa?
Já não estranho o uso da partícula causal associada ao mesmo substantivo nesta situação: «pedimos a compreensão pelo facto de»; todavia, creio poder existir uma diferença sensível entre essa construção e «pedimos a compreensão para o facto de». Ou seja: se neste caso apelamos à compreensão de determinado facto ou fenómeno, naquele parece-me que nos propomos explicar qual a razão que nos leva a esse pedido de compreensão; o que, na prática, poderá até ter o mesmo resultado, contudo sinto que poderemos estar em presença de subtis diferenças sintácticas e/ou semânticas «para as quais peço a vossa compreensão».
Obrigada.
A posição dos advérbios simplesmente e intuitivamente na frase
Obrigado pela vossa ajuda constante!
Analisando em termos da posição dos advérbios simplesmente e intuitivamente, gostaria que me dissessem quais das frases seguintes são as (mais) correctas:
«De facto, é muito comum ignorar simplesmente a existência deste problema.»
e
«Vamos agora analisar as propriedades verificadas por alguns sons que nos são intuitivamente familiares.»
ou
«De facto, é muito comum simplesmente ignorar a existência deste problema.»
e
«Vamos agora analisar as propriedades verificadas por alguns sons que nos são familiares intuitivamente.»
"Soam-me" melhor as do primeiro grupo... serão as mais correctas?
Muito obrigado.
A tradução dos anglicismos font e typeface
Quais são as palavras, em português, correspondentes ao inglês font e typeface?
A origem do topónimo Campeã
Gostava de conhecer a origem do topónimo Campeã, nome da minha freguesia, distrito e concelho de Vila Real. Com base na primeira referência escrita de 1091 (Diplomata e Chartae, n.º 764) em que aparece «... mons Campellana...» a maior parte das pessoas associam-na a campo + plana. No entanto, esta explicação não me convence, pois campos é masculino, e plana é feminina.
Agradecia muito que me dessem a vossa opinião.
O aumentativo da palavra castelo
Qual é o grau aumentativo da palavra castelo?
Sobre as letras do alfabeto no Acordo Ortográfico de 1990
Agora que as letras k, w e y fazem parte de nosso alfabeto, gostaria de saber como devo ensinar meus alunos:
«O alfabeto é formado por 26 letras, sendo 5 vogais, que são a, e, i, o, u e 21 consoantes, que são b, c, d... x, y e z.»
Ou seja, considero o y vogal, ou consoante?
Pé-de-chinelo
Estou a trabalhar num dicionário bilingue, já respeitando o novo Acordo Ort. Os hífenes têm sido uma enorme dor de cabeça. Em relação a pé de chinelo, devemos ou não usar o hífen? É que sendo uma expressão nova, a questão do uso não se impõe... ou estou enganada? Obrigada pela vossa ajuda preciosa. Não há um dia que não passe pelo vosso site!
«Livre como um pássaro»
Gostaria de saber o significado da seguinte expressão idiomática: «Livre como um pássaro.»
O significado das expressões «seco como o pó» e «seco como um pau»
Gostaria de saber o significado das seguintes expressões idiomáticas:«Seco como um pau.»«Seco como o pó.»
