A questão é sobre regências (se este é o nome correto a dar quando não se trata de um verbo) da expressão «estar entusiasmado».
Penso que está correto «estar entusiasmado com um livro». Presumo que também será correto escrever «estar entusiasmado por o trabalho ser interessante» no sentido de justificar o entusiasmo.
Mas posso utilizar "estar entusiasmado para" quando é uma atividade no futuro? Por exemplo: «Estou entusiasmado para ir à praia.»
Obrigada.
«O Manuel, tarimbado em discursos, tomou a palavra.»
«Em» é a regência correcta de tarimbado?
Como sempre, grato pelos vossos esclarecimentos.
O consulente escreve de acordo com a norma ortográfica de 1945.
Percebi recentemente que teria tendência a escrever "inverosímel" em vez de inverosímil.
Intrigada, procurei encontrar uma explicação para esta tendência e percebi que, além de normalmente se pronunciar "inverosímel", o plural de inverosímil segue a regra de formação do plural das palavras terminadas em -el – inverosímeis.
Esta constatação despertou-me a curiosidade pela etimologia da palavra, mas não encontro nada que justifique a terminação em -il com plural em -eis.
Agradeço desde já uma eventual explicação, se a houver.
Estou a reparar, não sem alguma surpresa, que os dicionários da Porto Editora e Priberam não contemplam o adjetivo "rócheo", que julgo ser sinónimo de rochoso. Estou a ver mal?
Deparei com este problema em virtude de ter visto o termo escrito com acento numa obra que segue a grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.
Leva acento, não leva? E, mais importante: o termo existe?
Um acordo vantajoso (adjetivo) é um acordo em que há vantagem (substantivo). Um acordo prejudicial (adjetivo) é um acordo que dá prejuízo (substantivo). Um acordo desleal (adjetivo) é um acordo em que há deslealdade (substantivo). Nesses exemplos temos um substantivo associado a um adjetivo correspondente. Por que não podemos fazer essa mesma associação para o sintagma "um acordo tácito"? Qual seria o substantivo associado ao adjetivo "tácito"?
Diz-se «estar mortinho por» ou «estar mortinho para»?
Se existem os termos sulista, nortista e nordestino para designar os habitantes das regiões correspondentes do Brasil – Sul, Norte e Nordeste –, não seria de bom uso haver também "sudestino" e "centro-oestino" para se referir aos habitantes das outras duas regiões desse país – Sudeste e Centro-Oeste?
Já vi ambos os termos em trabalhos acadêmicos, mas não achei no vocabulário da Academia Brasileira de Letras nem em outro dicionário de referência. Atenciosamente, Luiza Beirão
Em «O peculiar rei.», o adjetivo detém um valor restritivo, explicativo (ou não restritivo)?
Não obstante o facto de o adjetivo desempenhar a função sintática de modificador restritivo do nome, pode considerar-se que o seu valor não é restritivo, porque está anteposto ao nome «rei»?
Esta dúvida que coloco surgiu da realização de uma ficha de trabalho que me foi facultada e após ter pesquisado e encontrado referências a um «valor não restritivo», associado aos adjetivos antepostos.
Agradecido!
Gostaria de saber se é correto utilizar tanto os qualificativos maior/menor como mais alta/mais baixa com o termo "prioridade". Ou seja:
1. A prioridade do processo A é mais alta do que a prioridade do processo C
2. A prioridade do processo A é maior do que a prioridade do processo C
Estão ambas corretas?
Obrigada.
A questão foi levantada no ano 2000, por outro consulente, mas ciente das variações da língua ao longo do tempo, pergunto, novamente, se: haverá alguma diferença de sentido entre ex-ministro e «antigo ministro»?
Ao responder à consulta, argumentava-se que a tendência actual é de empregar o elemento ex- seguido do substantivo, de preferência ao uso do adjectivo antigo. Contudo, faltará dilucidar se esta tendência tem respaldo de alguma justificação semântica mais substantiva. E, se, entretanto, a tendência se terá invertido.
O consulente segue a norma ortográfica de 1945.
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