Devo dizer «os nossos esforços hão-de* resultar», em vez de «haverão de resultar», certo?
Mas não compreendo em que situações devo usar a forma haverão.
N.E. O consulente segue a norma anterior ao Acordo Ortográfico 90 na grafia da palavra.
Nas palavras como têm ou vêm, apesar da sua sonoridade criar a sensação de dois momentos, só se contabiliza, para efeitos de verso, uma sílaba métrica?
E em mantêm etc, duas?
Obrigado.
Com sujeito constituído por substantivo inanimado, fala-se a voz passiva das seguintes formas:
(1) a porta se abriu
ou
(2) a porta abriu;
(3) a loja abriu cedo
e
(3) a loja se abriu cedo.
Percebo que, quando nos referimos a objetos, o uso da partícula se é mais comum. Contudo, quando nos referimos a estabelecimentos, o uso da partícula se é menos comum. Há lógica? No que se refere a esse assunto, as duas formas são gramaticais? Elas têm diferença de significado? Prefere-se uma a outra na fala coloquial? Quais são as implicações do uso ou não uso do se em tais casos?
Obrigado pela atenção.
Gostaria de saber qual é a função sintática que a forma verbal «comer» desempenha na seguinte frase: «Eu fui comer.»
Muito obrigado.
Na frase «ele mora em casa com a mãe», é correto assumir que contém dois complementos oblíquos ou há um complemento oblíquo (CO) e um modificador do grupo verbal (GV)?
Neste caso, como determinar o CO e o modificador, uma vez que qualquer um pode ser utilizado para termos uma frase gramatical, não sendo, para isso, necessário o uso dos dois?
Grata pela atenção.
Apesar de já ter lido e ouvido várias explicações, ainda me surgem dúvidas quando se trata de distinguir o complemento oblíquo e o modificador em determinados contextos.
Na frase «O julgamento das personagens prolongou-se por várias cenas», o constituinte «por várias cenas» será complemento oblíquo?
Eu entendo-o como modificador, já que não me parece ser indispensável ao verbo.
Ainda na frase «Os cavaleiros chegaram da guerra», o constituinte «da guerra» será complemento oblíquo?
Obrigada.
Começo por agradecer o vosso inestimável serviço e importância no seio da comunidade linguística. São uma fiabilíssima fonte de referência a que recorro muitas vezes na realização do meu trabalho. Um fortíssimo bem-haja e com toda a saúde.
Passo então ao que me leva a colocar-lhes uma questão. No decurso de uma revisão a um colega tradutor, deparou-se-me a seguinte frase:
a ) «Quando a Alliance dava os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»
De imediato, algo me pareceu "soar" mal nos tempos verbais usados e procurei explicações junto do vosso/nosso site. Encontrei assim o seguinte artigo "Pretérito perfeito vs. pretérito imperfeito", que me elucidou quanto à correção dos tempos verbais usados.
No entanto, não consigo deixar de pensar que as seguintes variantes se me afiguram melhores. São elas:
b) «Quando a Alliance deu os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»
Ou
c) «Quando a Alliance estava a dar os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»
Assim, peço a vossa ajuda relativamente a 2 questões:
1. Entender se há de facto algo de incorreto na tradução original a).
2. Saber as diferenças entre as frases a), b) e c), se é que existem.
Muito obrigada desde já a toda a equipa!
Nos verbos que estão no imperativo (ex: «fique/fica sentado, Lucas!») há voz ativa ?
Grato pela resposta.
A gramática Amini Boainain Hauy, no livro Da necessidade de uma gramática-padrão da língua portuguesa (1983), diz que «os verbos que contêm passividade , como levar, sofrer e receber consideram-se neutros: Ele levou uma surra. Ele sofreu uma punição» (pág. 181).
Nas frases abaixo :
A) A ambulância levou Marcos.
B) Marcos foi levado pela ambulância.
A frase A está na voz ativa e a frase B na voz neutra?
Grato pela resposta .
Napoleão Mendes de Almeida (1911-1999) diz no Dicionário de Questões Vernáculas que o verbo apiedar-se deve conjugar-se, nas formas rizotônicas, como: «eu me apiado», «tu te apiadas», «ele se apiada» – e assim vai.
É correto conjugá-lo assim, ou é algo excêntrico desse estudioso?
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