Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Tiago Falcão Gerente de loja Portugal 10K

Devo dizer «os nossos esforços hão-de* resultar», em vez de «haverão de resultar», certo?

Mas não compreendo em que situações devo usar a forma haverão.

 

N.E. O consulente segue a norma anterior ao Acordo Ortográfico 90 na grafia da palavra.

Luís Pedroso Arquitecto Lisboa, Portugal 4K

Nas palavras como têm ou vêm, apesar da sua sonoridade criar a sensação de dois momentos, só se contabiliza, para efeitos de verso, uma sílaba métrica?

E em mantêm etc, duas?

Obrigado.

Erick Simões Advogado Petrolina, Brasil 6K

Com sujeito constituído por substantivo inanimado, fala-se a voz passiva das seguintes formas:

(1) a porta se abriu

ou

(2) a porta abriu;

(3) a loja abriu cedo

e

(3) a loja se abriu cedo.

Percebo que, quando nos referimos a objetos, o uso da partícula se é mais comum. Contudo, quando nos referimos a estabelecimentos, o uso da partícula se é menos comum. Há lógica? No que se refere a esse assunto, as duas formas são gramaticais? Elas têm diferença de significado? Prefere-se uma a outra na fala coloquial? Quais são as implicações do uso ou não uso do se em tais casos?

Obrigado pela atenção.

Bruno Henriques Professor Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber qual é a função sintática que a forma verbal «comer» desempenha na seguinte frase: «Eu fui comer.»

Muito obrigado.

Patrícia Abreu Professora Ponta Delgada, Portugal 6K

Na frase «ele mora em casa com a mãe», é correto assumir que contém dois complementos oblíquos ou há um complemento oblíquo (CO) e um modificador do grupo verbal (GV)?

Neste caso, como determinar o CO e o modificador, uma vez que qualquer um pode ser utilizado para termos uma frase gramatical, não sendo, para isso, necessário o uso dos dois?

Grata pela atenção.

Antónia Santos Professora Portugal 3K

Apesar de já ter lido e ouvido várias explicações, ainda me surgem dúvidas quando se trata de distinguir o complemento oblíquo e o modificador em determinados contextos.

Na frase «O julgamento das personagens prolongou-se por várias cenas», o constituinte «por várias cenas» será complemento oblíquo?

Eu entendo-o como modificador, já que não me parece ser indispensável ao verbo.

Ainda na frase «Os cavaleiros chegaram da guerra», o constituinte «da guerra» será complemento oblíquo?

Obrigada.

Andresa Lourenço Tradutora e revisora Odivelas, Portugal 2K

Começo por agradecer o vosso inestimável serviço e importância no seio da comunidade linguística. São uma fiabilíssima fonte de referência a que recorro muitas vezes na realização do meu trabalho. Um fortíssimo bem-haja e com toda a saúde.

Passo então ao que me leva a colocar-lhes uma questão. No decurso de uma revisão a um colega tradutor, deparou-se-me a seguinte frase:

a ) «Quando a Alliance dava os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»

De imediato, algo me pareceu "soar" mal nos tempos verbais usados e procurei explicações junto do vosso/nosso site. Encontrei assim o seguinte artigo "Pretérito perfeito vs. pretérito imperfeito",  que me elucidou quanto à correção dos tempos verbais usados.

No entanto, não consigo deixar de pensar que as seguintes variantes se me afiguram melhores. São elas:

b) «Quando a Alliance deu os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»

Ou

c) «Quando a Alliance estava a dar os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»

Assim, peço a vossa ajuda relativamente a 2 questões:

1. Entender se há de facto algo de incorreto na tradução original a).

2. Saber as diferenças entre as frases a), b) e c), se é que existem.

Muito obrigada desde já a toda a equipa!

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 2K

Nos verbos que estão no imperativo (ex: «fique/fica sentado, Lucas!») há voz ativa ?

Grato pela resposta.

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 2K

A gramática Amini Boainain Hauy, no livro Da necessidade de uma gramática-padrão da língua portuguesa (1983), diz que «os verbos que contêm passividade , como levar, sofrer e receber consideram-se neutros: Ele levou uma surra. Ele sofreu uma punição» (pág. 181).

Nas frases abaixo :

A) A ambulância levou Marcos.

B) Marcos foi levado pela ambulância.

A frase A está na voz ativa e a frase B na voz neutra?

Grato pela resposta .

Lucas Tadeus Oliveira estudante Mauá, Brasil 2K

Napoleão Mendes de Almeida (1911-1999) diz no Dicionário de Questões Vernáculas que o verbo apiedar-se deve conjugar-se, nas formas rizotônicas, como: «eu me apiado», «tu te apiadas», «ele se apiada» – e assim vai.

É correto conjugá-lo assim, ou é algo excêntrico desse estudioso?