Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Joana Ferraz Oliveira Bancária Lisboa, Portugal 2K

O verbo coçar pode ser usado com o sentido de «fazer comichar», como no seguinte exemplo»?

«Urticária – caracterizada por placas avermelhadas com relevo na pele, que coçam muito.»

Obrigada.

Cristiano Moreira da Silva Professor Lambari - MG, Brasil 1K

Cumprimento, com apreço, a estimada equipe lusitana, a fim de sanar a seguinte ponderação:

Em uma aula de processo e formação de palavras, um grupo de alunos perguntou-me sobre a existência, na língua portuguesa, de dois vocábulos: "esmolecer" e "afeiurado".

Fazendo uma breve pesquisa dicionarística, não pude encontrar evidências para afirmar a concretude das palavras.

Ouso, portanto, dirigir-me à terra de Camões, a fim de elucidar aos meus diletos estudantes a dúvida que nos atordoa.

Certo da cooperação, parabenizo-os pela espetacular ajuda aos estudantes do vasto idioma neolatino.

Maria Isabel Hoyo Professora Espanha 3K

Gostaria de conhecer bem qual é que é a diferença de utilização entre fechar e encerrar?

Muito obrigada.

Terrence Fraser-Bradshaw Educador Georgetown, Guiana 3K

Antes de mais, desculpai pela pergunta tão elementar, mas, numa aula de Português, um aluno queria saber por que razão a primeira pessoa do plural tempo presente do conjuntivo não leva acento, verbi gratia, dar e ir.

A minha gratidão antecipada pela resposta.

Victor Santos Escritor Brasil 2K

Sei que o pretérito mais-que-perfeito figura na ação que ocorre antes de outra ação que é indicada pelo pretérito perfeito:

«Eu comera o bolo quando ela chegou.»

A primeira ação é a de comer o bolo, a segunda é a de ela chegar. Conheço também que podemos usar a forma do composto:

«Eu tinha comido o bolo quando ela chegou.»

Aquelas duas relações são muito claras para mim, mas há um terceiro caso sobre o qual estou em dúvida, não tenho certeza de como posso classificá-lo.

«Eu comi o bolo quando ela chegou.»

Ambas as formas verbais (comi, chegou) são as do pretérito perfeito. Mas não consigo indicar com certeza qual ocorreu primeiro.

Seguindo o raciocínio das primeiras, parto do pressuposto de que seja «comi» a primeira ação e «chegou» a segunda. Esta é também uma dúvida que tenho, mas não a principal, que vem a seguir:

O significado da primeira forma (comi) é o mesmo de comera, tinha comido? Isto é, há alguma equivalência de sentido, pelo menos neste caso, entre o pretérito perfeito e o pretérito mais-que-perfeito, de modo que eu pudesse substituir uma forma pela outra?

Esta dúvida surge por causa da ideia de que a ação de comer ocorre antes da ação de chegar.

Sugestões de outros artigos e referências são bem-vindas.

Grato.

Christian Jiménez Estudante Brasília, Brazil 1K

«Nesse sentido, a defesa do direito à liberdade de expressão não pode servir como argumento para justificar a tolerância à propagação de discursos de ódio.»

É correta a utilização de como depois do verbo servir?

Seria mais correta a utilização da preposição de?

Obrigado!

Marília do Rosário Figueiras Ferreira Professora Vendas Novas, Portugal 1K

Não consigo perceber por que razão os particípios são formas verbais não finitas.

Obrigada.

Paulo Klush Puim Servidor São Paulo, Brasil 1K

Consultando algumas referências sobre infinitivo e verbos causativos/sensitivos, percebo que os exemplos quase sempre envolvem o infinitivo como objeto direto.

Entretanto, deparei-me com o caso do infinitivo como objeto indireto, relativamente comum quando se utiliza o verbo proibir (que suponho ser também um verbo causativo). Deixo um exemplo sobre a questão:

«Ele proibiu os alunos de fazerem algazarra» X «Ele proibiu os alunos de fazer algazarra.»

Fazendo uma pesquisa em textos, me parece ser mais comum a flexão nesses casos. No entanto, gostaria de perguntar qual dos dois seria preferível segundo a norma culta. Se puder aproveitar a oportunidade, gostaria ainda de pedir uma orientação quanto à forma mais correta de lidar com uma variante da questão, isto é, quando substantivo for substituído pelo pronome:

«Ele proibiu-os de fazerem algazarra» X «Ele proibiu-os de fazer algazarra.»

Agradeço desde já e parabenizo o sítio pela excelência.

Eduardo Marques Assistente Portugal 2K

Gostaria de perceber a diferença e função das expressões que usam o verbo estar e um substantivo ao invés da conjugação perifrástica, como nos seguintes exemplos:

– «Estar à procura» e «estar a procurar»;

– «Estar à espreita» e «estar a espreitar»;

– «Estar à espera» e «estar a esperar»;

– (...)

Há alguma justificação para a origem destas expressões?

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira Engenheiro Costa Rica, Brasil 2K

A Gramática do Português da Fundação Calouste Gulbenkian distingue as orações passivas em verbais, resultativas e estativas, entre outras.

No entanto, os exemplos dados por ela pareceram-me muito acomodatícios deixando de fora muitos outros, ficando eu sem saber julgá-los, pois os critérios apontados na gramática não se coadunam com as caraterísticas deles.

Na página 441, no penúltimo parágrafo, a gramática chega a afirmar a impossibilidade de haver agente da passiva nas orações passivas resultativas
e na página 444 no segundo parágrafo afirma que a passiva estativa não tem componente agentiva.

Por [tais critérios] me parecerem entrar em contradição com a gramática, cheguei até a duvidar da gramaticalidade das frases abaixo (2 e 3), no entanto, qualquer nativo português ou brasileiro a quem perguntei me assegurou da correção delas.

1) A cidade foi infestada pelos ratos.

2) A cidade ficou infestada pelos ratos.

3) A cidade está infestada pelos ratos.

A mim parece-me que "os ratos" [...] são de fato agentes da infestação e podem ser considerados agentes da passiva, ou não?

O que me parece é que depende dos verbos, como poderemos ver nos seguintes exemplos:

  1. A procuração já foi assinada pelo presidente.
  2. A procuração já está assinada pelo presidente.
  3. Finalmente a procuração ficou assinada pelo presidente.