O verbo coçar pode ser usado com o sentido de «fazer comichar», como no seguinte exemplo»?
«Urticária – caracterizada por placas avermelhadas com relevo na pele, que coçam muito.»
Obrigada.
Cumprimento, com apreço, a estimada equipe lusitana, a fim de sanar a seguinte ponderação:
Em uma aula de processo e formação de palavras, um grupo de alunos perguntou-me sobre a existência, na língua portuguesa, de dois vocábulos: "esmolecer" e "afeiurado".
Fazendo uma breve pesquisa dicionarística, não pude encontrar evidências para afirmar a concretude das palavras.
Ouso, portanto, dirigir-me à terra de Camões, a fim de elucidar aos meus diletos estudantes a dúvida que nos atordoa.
Certo da cooperação, parabenizo-os pela espetacular ajuda aos estudantes do vasto idioma neolatino.
Gostaria de conhecer bem qual é que é a diferença de utilização entre fechar e encerrar?
Muito obrigada.
Antes de mais, desculpai pela pergunta tão elementar, mas, numa aula de Português, um aluno queria saber por que razão a primeira pessoa do plural tempo presente do conjuntivo não leva acento, verbi gratia, dar e ir.
A minha gratidão antecipada pela resposta.
Sei que o pretérito mais-que-perfeito figura na ação que ocorre antes de outra ação que é indicada pelo pretérito perfeito:
«Eu comera o bolo quando ela chegou.»
A primeira ação é a de comer o bolo, a segunda é a de ela chegar. Conheço também que podemos usar a forma do composto:
«Eu tinha comido o bolo quando ela chegou.»
Aquelas duas relações são muito claras para mim, mas há um terceiro caso sobre o qual estou em dúvida, não tenho certeza de como posso classificá-lo.
«Eu comi o bolo quando ela chegou.»
Ambas as formas verbais (comi, chegou) são as do pretérito perfeito. Mas não consigo indicar com certeza qual ocorreu primeiro.
Seguindo o raciocínio das primeiras, parto do pressuposto de que seja «comi» a primeira ação e «chegou» a segunda. Esta é também uma dúvida que tenho, mas não a principal, que vem a seguir:
O significado da primeira forma (comi) é o mesmo de comera, tinha comido? Isto é, há alguma equivalência de sentido, pelo menos neste caso, entre o pretérito perfeito e o pretérito mais-que-perfeito, de modo que eu pudesse substituir uma forma pela outra?
Esta dúvida surge por causa da ideia de que a ação de comer ocorre antes da ação de chegar.
Sugestões de outros artigos e referências são bem-vindas.
Grato.
«Nesse sentido, a defesa do direito à liberdade de expressão não pode servir como argumento para justificar a tolerância à propagação de discursos de ódio.»
É correta a utilização de como depois do verbo servir?
Seria mais correta a utilização da preposição de?
Obrigado!
Não consigo perceber por que razão os particípios são formas verbais não finitas.
Obrigada.
Consultando algumas referências sobre infinitivo e verbos causativos/sensitivos, percebo que os exemplos quase sempre envolvem o infinitivo como objeto direto.
Entretanto, deparei-me com o caso do infinitivo como objeto indireto, relativamente comum quando se utiliza o verbo proibir (que suponho ser também um verbo causativo). Deixo um exemplo sobre a questão:
«Ele proibiu os alunos de fazerem algazarra» X «Ele proibiu os alunos de fazer algazarra.»
Fazendo uma pesquisa em textos, me parece ser mais comum a flexão nesses casos. No entanto, gostaria de perguntar qual dos dois seria preferível segundo a norma culta. Se puder aproveitar a oportunidade, gostaria ainda de pedir uma orientação quanto à forma mais correta de lidar com uma variante da questão, isto é, quando substantivo for substituído pelo pronome:
«Ele proibiu-os de fazerem algazarra» X «Ele proibiu-os de fazer algazarra.»
Agradeço desde já e parabenizo o sítio pela excelência.
Gostaria de perceber a diferença e função das expressões que usam o verbo estar e um substantivo ao invés da conjugação perifrástica, como nos seguintes exemplos:
– «Estar à procura» e «estar a procurar»;
– «Estar à espreita» e «estar a espreitar»;
– «Estar à espera» e «estar a esperar»;
– (...)
Há alguma justificação para a origem destas expressões?
A Gramática do Português da Fundação Calouste Gulbenkian distingue as orações passivas em verbais, resultativas e estativas, entre outras.
No entanto, os exemplos dados por ela pareceram-me muito acomodatícios deixando de fora muitos outros, ficando eu sem saber julgá-los, pois os critérios apontados na gramática não se coadunam com as caraterísticas deles.
Na página 441, no penúltimo parágrafo, a gramática chega a afirmar a impossibilidade de haver agente da passiva nas orações passivas resultativas
e na página 444 no segundo parágrafo afirma que a passiva estativa não tem componente agentiva.
Por [tais critérios] me parecerem entrar em contradição com a gramática, cheguei até a duvidar da gramaticalidade das frases abaixo (2 e 3), no entanto, qualquer nativo português ou brasileiro a quem perguntei me assegurou da correção delas.
1) A cidade foi infestada pelos ratos.
2) A cidade ficou infestada pelos ratos.
3) A cidade está infestada pelos ratos.
A mim parece-me que "os ratos" [...] são de fato agentes da infestação e podem ser considerados agentes da passiva, ou não?
O que me parece é que depende dos verbos, como poderemos ver nos seguintes exemplos:
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