As formas demos e vamos, da 1.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo (ou subjuntivo) não levam acento, pelo menos, no Brasil, porque, geralmente, as palavras paroxítonas (acento tónico na penúltima sílaba) não se escrevem com acento gráfico. Por outras palavras, assim como se escreve, sem acento gráfico, cama, amamos, remo e amemos, também se escreve sem acento gráfico vamos e demos.
Observe-se, porém, o seguinte:
a) a forma vamos ocorre no presente do conjuntivo e também no presente do indicativo, sempre sem acento;
b) a forma demos ocorre quer no presente do conjuntivo quer no pretérito perfeito do indicativo.
O que atrás descrevemos é válido no Brasil.
Contudo, em Portugal e nos outros países de língua portuguesa, há uma diferença: vamos escreve-se sempre sem acento, mas a forma do presente do conjuntivo escreve-se dêmos – «é preciso que dêmos mais apoio aos idosos» –, com acento gráfico, para indicar que a vogal é fechada. Esta última forma distingue-se, portanto, da forma demos do pretérito perfeito do indicativo, a qual se pronuncia com e aberto – «na semana passada, demos um grande passeio em Sintra».
É de lembrar ainda que, em Portugal e noutros países de língua portuguesa, as formas da 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da 1.ª conjugação (terminados em -ar), também têm acento gráfico na penúltima sílaba, para se distinguirem das formas do presente do indicativo:
(1) Normalmente, cantamos na igreja. – presente do indicativo
(2) Ontem, cantámos na igreja. – pretérito perfeito do indicativo
No Brasil, as formas em (1) e (2) escrevem-se da mesma maneira: cantamos.