Gostaria de colocar a seguinte questão, referente à utilização do verbo dever, na forma reflexa e à função sintática que se lhe segue. Vejamos a seguinte frase:
«A modernização deve-se à aplicação de técnicas sofisticadas.»
Nesta situação, o verbo seleciona a preposição a, não podendo ser substituído pelo pronome lhe: *«A modernização deve-se-lhe...» Assim, o verbo será seguido de complemento oblíquo?
Se a frase fosse «Esta recompensa deve-se ao empenho dos alunos», teríamos uma situação similar?
«Os amigos lhe esperavam para iniciar o passeio.»
Por que a construção da frase acima está errada?
Prezados, há uma dúvida muito grande no mundo jurídico no que se refere à correta regência/flexão do verbo ver quando utilizado nas seguintes frases: «Veja-se as seguintes transcrições doutrinárias» ou «Vejam-se as seguintes transcrições doutrinárias».
A primeira pergunta é: está correta a utilização do verbo na frase com a partícula se (ou seja, o correto seria «veja-se», ou «veja»)?
A segunda pergunta: qual é a flexão correta no exemplo dado, «veja-se», ou «vejam-se»?
O esclarecimento dessas dúvidas, por certo, ajudará diversos juristas que labutam na advocacia diária, bem como os magistrados.
A frase «Começa-se a pendurar os quadros» parece-me correcta.
E «Começam-se a pendurar os quadros» (que pode ser lida como, em tom coloquial, «Os quadros começam-se a pendurar» («arrumam-se os livros...»)?
Gostaria que me ajudassem na substituição da expressão «para estar aqui» na seguinte frase, por um pronome. A frase é: «Pediste-me para estar aqui às 5 horas.»
Estou um pouco confusa e não tenho bem a certeza de qual o pronome correto.
Qual é, ou quais são, na vossa opinião, as formas de tratamento aceitáveis de um aluno em relação a um prof.?
Será que no 3.º ciclo e ensino secundário, em alguma situação, um aluno se pode dirigir a um Professor, tratando-o por você?
Primeiramente, parabéns pelo excelente site que já me ajudou em inúmeras dúvidas. Não obstante, não consegui ainda achar uma solução para o seguinte:
Em formas verbais terminadas em r, s ou z, têm-se:
fá-lo-ia (faria isso)
qui-lo (quis isso)
etc.
Porém, quando se adiciona -se, o complemento do objeto direto -lo se distancia do verbo, o que retira o motivo pelo qual a partícula r, s ou z, é omitida.
A mesóclise faz-se-lo é, portanto, correta? O -lo deve continuar referenciando a forma verbal, mesmo estando distanciado da mesma?
Nas frases seguintes, nele pode ser substituído por lhe?
1 – «Toquei nele.»
2 – «Não mexi nele.»
No livro de exercícios Gramática Activa I, de Olga Mata Coimbra e Isabel Coimbra, edição Lidel, aparece como pronomes pessoais do complemento directo me, te, o/a, nos vos, os/as e como pronomes do complemento indirecto me, te, lhe, nos, vos, lhes.
A minha dúvida recai sobre os pronomes da 1.ª e 2.ª pessoas do singular e do plural, como exemplos apresentam as seguintes frases:
Como pronomes pessoais do complemento directo «– Não consigo levantar o caixote. Ajudas-me?/– Ajudo-te já. É só um minuto» e «–Podes levar-nos a casa?/– Está bem. Eu levo-vos.»
Como pronomes pessoais do complemento indirecto: «– Apetece-te alguma coisa?/– Apetece-me um gelado» e «– O que é que nos perguntaste?/– Perguntei-vos se vocês estão em casa hoje à noite.»
Reformulando cada frase introduzindo a preposição a (por excelência a preposição que inicia o complemento indirecto) resultaria algo como:
«– Podes ajudar a mim?/– Eu posso ajudar a ti»; «– Podes levar a nós a casa?/– Eu levo a vós a casa» (ex. do comp. directo);
«– Apetece alguma coisa a ti?/– A mim apetece um gelado»; «– O que perguntaste a nós?/– A vós perguntei se estão em casa» (ex. comp. indirecto).
Como poderei distinguir se um me, te, nos, ou vos é o pronome pessoal de um complemento ou do outro, já que todos me parecem ser do indirecto?
Verifico com bastante frequência, como tradutora e também como revisora, que, perante a impossibilidade de usar você ou tu, a língua não nos apresenta alternativa viável, havendo casos em que a solução de ausência de termo torna difícil entender que nos dirigimos ao leitor, que o sujeito é ele.
Mais do que uma pergunta, sinto que é hora de lançar um desafio aos linguistas: faz falta uma solução educada e não ofensiva para nos dirigirmos ao outro.
Sinto que, na procura por um grau de tratamento polido, nos enrolámos, criando um beco sem saída.
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