A combinação pronominal «me a» num poema de Fernando Pessoa
Agradecia um esclarecimento sobre a função sintática do pronome pessoal me no verso «Minha loucura outros que me a tomem» (poema "D. Sebastião", de Mensagem).
Há quem considere complemento indireto, mas tenho dúvidas.
Muito agradecida pela atenção.
A crase à numa construção relativa
Numa prova de concurso a frase «As coisas a que fiz alusão são simples», o que foi considerado complemento nominal no gabarito oficial.
Minha pergunta é se não haveria uma crase no a antes do que devido à regência nominal de alusão, no caso sendo reescrita assim: «As coisas à que fiz alusão são simples".
E se a frase fosse reescrita assim ocorreria crase : «As coisas às que fiz alusão são simples»?
Grato pela resposta e parabéns pelo belo trabalho de vocês.
«Jogar mais ele» vs. «Jogar com ele»
Poder-se-á afirmar que e frase «O Rui está a jogar mais ele» está errada?
Os pronomes relativos quem e que com preposição:
na frase «O homem de que te falei é o meu pai»
na frase «O homem de que te falei é o meu pai»
Tenho uma dúvida em relação ao uso dos relativos que e quem. Normalmente se costuma dizer que quem se usa para pessoas.
A minha dúvida é, por exemplo, na seguinte frase: «O homem de quem te falei é o meu pai.» Seria correto dizer «o homem de que te falei é o meu pai»? É sempre possível utilizar que nos contextos em que normalmente se usa que?
Muito obrigada!
Um caso de catáfora num exame de Português
Gostaria de saber em que medida a expressão seguinte configura uma catáfora. O exercício, de um exame de português de 12.º ano, diz assim:
«O recurso à expressão "tudo o que Fernando Pessoa não pode ser" configura uma... Catáfora, reiteração, anáfora ou elipse. (Escolha múltipla)»
As soluções indicam «catáfora».
Contexto: «(...) a verdade é que é de Caeiro que irradia toda a heteronímia pessoana, pois ele é tudo o que Fernando Pessoa não pode ser: uno porque infinitamente múltiplo, o argonauta das sensações, o sol do universo pessoano.»
Neste caso «ele» é o correferente, e «tudo o que o Fernando Pessoa não pode ser», o referente, uma vez que na catáfora o correferente aparece antes do referente?
Gostaria que me elucidassem, pois fiquei confusa.
Obrigada.
O verbo nas interrogativas introduzidas por qual (II)
Na frase «Qual o impacto da atenção na compreensão da leitura?», não é obrigatório escrever o verbo , neste caso, ser (é ou foi)?
A razão de dizer -la em «tem-la visto»
Gostaria, se possível, que me esclarecessem quanto a este enunciado: «Tens visto a Inês»? «Tem-la visto» ou «tem-na visto»? E porquê?
Obrigada pela atenção.
Análise sintática do verso «Gato que brincas na rua...» (Fernando Pessoa)
Gostaria de saber qual a função sintática desempenhada pelo pronome relativo que no verso «Gato que brincas na rua». Penso que tu será o sujeito nulo subentendido de «brincas».
Obrigada.
A identificação do complemento indireto
na frase «prestam atenção a tudo»
na frase «prestam atenção a tudo»
Na frase «Elas prestam atenção a tudo», o constituinte «a tudo» é um complemento oblíquo, um complemento indireto ou um complemento do nome?
O demonstrativo o numa frase de Júlio Dinis (II)
Quanto à resposta dada à consulta de Fernando Gaspar, em 30/9/2019, inclino-me a ficar com a impressão do consulente, em detrimento do parecer da consultora.
Se não, vejamos: o pronome o, a meu juízo, deve retomar um termo ou uma oração já referida, mas a oração já referida, no caso em tela, é «a irritação ditava-lhe uma violenta resposta», e não «dar uma violenta resposta» (a análise se deve fazer com o que está escrito, e não com ilações; do contrário, cada um poderia ter a sua e usar o pronome que lhe interessasse). Assim sendo, é impossível a substituição por causa do risco de ilogicidade. A forma lha se impõe, então; sendo a o pronome vicário de «violenta resposta».
Distração de Júlio Diniz.
