Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Júnior Lima Dias Estudante de Direito Brumado - BA, Brasil 4K

Em D. CasmurroMachado de Assis escreve:

«Vi-lhe fechar o cofre.»

em vez de «vi-o», por conta da transitividade direta.

Achei a seguinte explicação em um site:

«Orações subordinadas objetivas diretas reduzidas de infinitivo permitem o lhe quando seguidas por um verbo que possui regência direta. Exemplo: "Vi-o fechar o cofre." "Vi-lhe fechar o cofre."»

Qual é a razão para tal uso? Encontra-se respaldo na norma culta?

Grato!

Maria Morais Professora Anadia, Portugal 33K

Posso dizer «Eu e os meus amigos», ou «Os meus amigos e eu»?

Uma falante da língua francesa disse-me que em francês não pode existir a segunda possibilidade[1], mas na língua portuguesa não me soam mal ambas as hipóteses supracitadas. Estarei errada?

Grata pela vossa atenção.

 

[N.E. (1/07/2019) – Trata-se de um equívoco, porque em francês, por uma questão de delicadeza, o recomendado é «mes amis et moi» (= «os meus amigos e eu»), ou seja, o pronome de 1.ª pessoa vem depois da referência a outras pessoas – «ma femme et moi» (= «a minha mulher e eu»), e não «moi et ma femme»). Cf. moi na versão em linha do Dictionnaire Larousse)].

Luís Ali Muangil Professor Lichinga, Moçambique 2K

Será que é certo o uso da construção «roubaram-me meus sapatos».

Cristina Simões Professora Viseu, Portugal 3K

No segmento «O texto chama-se O Regresso de João Maria e aí se escreve que o país se engravatara, mas que continua com '"a mesma raça de indolentes cheios de lábia, uma gente provinciana que o poder arrebanhara e fora tosquiando a seu estrito critério".», o pronome relativo que, que introduz a penúltima oração, desempenha a função sintática de complemento direto?

A meu ver, sim, mas a opinião de outras colegas é que o mesmo se constitui como sujeito.

Grata pela atenção e parabéns pelo vosso trabalho

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Em frases como as seguintes:

«Eu te sou leal.»

«Ela era-lhe fiel.»

as formas dativas te, lhe são consideradas como dativo ético, dativo de interesse ou complemento indireto?

Nesse contexto, o verbo ser é dito copulativo? O dativo ético é o mesmo que dativo de interesse?

Desde já grato ao vosso trabalho.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 19K

Na frase: «Quem sou eu?», o sujeito é a palavra "quem"? E o predicativo"?

Qual o critério para identificar o sujeito quando o termo que vem antes do verbo é o pronome interrogativo, e o termo após o verbo é um pronome pronome pessoal?

Eduardo Araújo Advogado Fortaleza, Brasil 7K

Há algo que me assombra já faz um bom tempo, o uso da próclise após o que. Vejo em todos os lugares: legendas de filmes, conversas, palestras que sempre usam ênclise após o que. Por exemplo: «temos que fazê-lo»; «temos que matá-lo»; «você tem que editá-lo».

Pelo que aprendi, o que é uma partícula que força o uso da próclise.

Gostaria de saber se nesses casos o que prevalece seria outra regra. E se há outra regra para os variantes: «temos de fazê-lo»; «temos de matá-lo»; «você tem de editá-lo».

Agradeço desde já.

Carlos Alexandre Xavier Fernandes Reformado da aviação comercial Maia, Portugal 2K

Na frase «estás a ver, seu estúpido?», não deveria o pronome possessivo seu (2.ª pessoa) concordar com o verbo estar na 2.ª pessoa, ficando «Estás a ver, meu estúpido»? E, se não houver alteração do pronome, a frase não deveria ficar «Está a ver, seu estúpido»? Qual das frases é a correcta ou ambas o são?

Grato pela resposta.

Patrícia Silva Professora Ponta Delgada, Portugal 8K

Na frase «Ambos os escritores são lusófonos», ambos é um quantificador universal. E na frase «Ambos são lusófonos»?

A palavra ambos assume características de pronome, mas de que subclasse? Indefinido?!

O facto de esta palavra indicar um número (quantidade) preciso dificulta-me a compreensão no que respeita à sua inclusão nos pronomes indefinidos, mas não vejo outra hipótese...

Agradeço o vosso parecer.

Monica Queiroz Professora BH /MG, Brasil 2K

Posso, ao questionar, utilizar quem na seguinte frase abaixo, quando refiro ao grande império Romano?

«Quem foi Roma?»

Me soa melhor «o que foi Roma?», porém quando penso em termos de quem realizava , fico na dúvida.

Obrigada.