Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
André Torres Bloguer Torres Vedras, Portugal 2K

Em 1945 o gentílico «torreense» desapareceu. Uma palavra que está registada na história de Torres Vedras. Mas nos escritos nacionais atuais não existe e é considerado um erro. Porquê não voltar a colocá-la no dicionário?

Este “erro” nos dias de hoje ainda existe. Dá nome ao clube de futebol da cidade, dá nome a várias empresas desta terra e relembra as bandas, a filarmónica, os refrigerantes e tantas outras empresas que atualmente já não existem. Reforço, porquê não voltar a colocar esta palavra com história no dicionário? De acordo com o ponto C da alínea 2 da base V do Acordo Ortográfico de 1990, estabelecia desta forma as grafias: “goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]”.

É curioso que sineense, (também uma palavra com história local), atualmente existe no dicionário e também é considerada nos escritos nacionais atuais um dos gentílicos de Sines. Torreense, uma palavra com história e memória local, é atualmente uma palavra sem significado e inexistente nos escritos nacionais atuais.

Aguardo uma resposta. Obrigado.

Gelson Juraszck Professor de História Frederico Westphalen, Brasil 1K

Qual seria a definição correta de teodidata?

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 2K

Há dias, numa notícia sobre a situação em que se encontram as companhias de circo em Portugal por causa das restrições da pandemia, "tropecei" na palavra «chapitô», como substantivo comum:  «O primeiro ano dos artistas de circo fora do chapitô.»

Confesso, desconhecia por completo; nem encontrei dicionarizado  a palavra  como substantivo comum. Só  conhecia em maiúscula, o nome da escola de circo Chapitô.

Muito agradeço o esclarecimento.
 
Natália Santos Investigadora Viseu, Portugal 6K

Uma amiga minha da zona de Aveiro falou-me da existência do termo "ressolho" ou "rossolho" aplicado no sentido de «estar-se mal vestido, mal arranjado».

Contudo, apenas conheço os vocábulos ressolho, com sentido de «redemoinho produzido nos pegos dos rios, quando há cheia», e de ressolhar, no sentido de «sentir-se (o cavalo) incomodado com os efeitos do sol forte».

Como se explica, então, o uso oral do termo que apresentei no início?

Muito obrigada!

Armando Manuel Ribeiro de Miranda Machado Empresário Ovar, Portugal 1K

Encontro nos dicionários online os verbos irmanar e o seu antónimo desirmanar.

Encontro também a palavra irmanação, mas "desirmanação" já me é dada como inexistente.

Podem esclarecer-me?

Muito obrigado.

David Fernandes Tradutor Barcelona, Espanha 3K

Como bem se sabe, o género do nome bebé não está marcado morfologicamente, mas sim sintaticamente através do uso, por exemplo do artigo definido («o bebé»/«a bebé»).

Não obstante, casos há em que não é possível recorrer a essa diferenciação através de um determinante, pelo que é habitual, ainda que também sintaticamente, estabelecer a diferença de género com o recurso à justaposição dos nomes menino ou menina (p. ex.: «Vende-se roupa de "bebé menina”»).

Ainda que seja infrequente encontrar tal composição hifenizada, não estaríamos perante um caso de uma palavra composta através da justaposição de dois elementos de natureza nominal que, além de manterem o seu próprio acento, formam também uma unidade sintagmática e semântica (à semelhança da já lexicografada bebé-proveta), pelo que deveria ser grafada com hífen (p. ex. “bebé-menina”/“bebé-menino”)?

Agradeço, desde já, a vossa resposta e atenção!

Jorge Sousa Revisor Portugal 9K

Antes de mais, muito obrigado pelo vosso trabalho e competência, que ao longo dos anos me têm sido muito úteis. O vosso serviço é uma belíssima escola!

Gostaria de perguntar se é possível utilizar a palavra "capelã" como feminino de capelão.

Tenho procurado – possivelmente mal –, mas não tenho encontrado o termo.

Muito obrigado.

Xavier Fernandes Técnico superior de reinserção social São João da Madeira, Portugal 3K

Com o novo acordo ortográfico, os meses escrevem-se com letra minúscula. E no caso das ruas com meses no nome?

Por exemplo a «rua 10 de Maio», passa a escrever-se «Maio» com letra minúscula?

Miguel de Azevedo Técnico superior Porto, Portugal 6K

A propósito do misterioso objecto que tem, nos últimos dias, aparecido e desaparecido nos EUA reparei na grafia monólito, que me era até aqui desconhecida, uma vez que sempre disse/escrevi "monolito" — sem a tónica na segunda sílaba e sem acento agudo.

Pergunto se esta norma será recente já que trabalhos académicos que encontrei, em português europeu, usam da grafia "monolito". E, pela mesma lógica, escrevemos "monografia" e não "monógrafia" ou, se quisermos, "monocelha" e não "monócelha". "Megafone", e não "megáfone", etc etc.

Uma pedra/pedra única, mono + lito, "monolito".

O que me está a escapar?

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Hélia Galvana TEFL Faro, Portugal 7K

Por que razão catarse se pronuncia "catarZe" e não "catarSe"?