Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
Ana Amado Enfermeira Portugal 1K

Há um aparelho que se usa para medir a altura das pessoas que se denomina estadiómetro. Tentei decompor a palavra para a perceber e não consegui entender o significado de estadio-. Será que me saberiam explicar?

Muito obrigada!

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 4K

O site Origem da Palavra diz que alvo de branco e alvo de objetivo têm a mesma origem (etimologia). Segundo eles mesmos [...], os dois "alvos" vêm do latim albus', pois a cor de se acertar o alvo exato do arco e flecha é branca no caso!

Porém, tem um amigo meu, que me disse ter sérias dúvidas sobre esse assunto. Ele mesmo me mostrou e me explicou que os primeiros arcos e flechas tinham o alvo de outras cores, não da cor branca, e que, atualmente, é bem comum que não seja branca mesma a cor no caso!

Pois muito bem, vocês mesmos me explicam as origens (etimologias) dos dois "alvos" (de branco e de objetivo, respectivamente...)?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Pedro Ludgero Professor Vila Nova de Gaia, Portugal 2K

Gostaria de fazer duas perguntas relativas ao termo cinematográfico découpage.

1. Se o usarmos em francês, será mais correto considerá-lo uma palavra masculina? Ou seja, dizer «o découpage»?

2. A tradução do termo será "decupagem"? E essa palavra tem algum uso real no português?

Muito obrigado desde já!

Jose Egídio Fernandes Inverno Engenheiro Químico Vila Nova de Santo André, Portugal 4K

A maior parte dos dicionários de Língua Portuguesa classifica a palavra flange como substantivo masculino (Houaiss, Porto Editora e Universal da Texto) . O Priberam diz que pode ser feminino ou masculino. No dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não consta.

No Brasil é usado como substantivo masculino.

Em Portugal a comunidade de engenheiros químicos e mecânicos usa flange como substantivo feminino desde sempre.

Se a palavra é um anglicismo e aqui estes substantivos não tem género, qual é forma mais correta em português sabendo que o feminino está muito enraizado nas comunidade técnicas?

Gostava de esclarecimentos.

Inácio Bicalho Diplomata Brasília, Brasil 2K

Quando ouço a palavra peroração, noto que o seu emprego se afasta cada vez mais do significado original (desfecho, conclusão, epílogo, síntese).

Hoje em dia, peroração virou sinônimo de pregação, sermão, argumentação, e seu uso é habitualmente associado a uma intenção maledicente, arrogante, antipática:

«É um pedante: gosta de perorar sobre qualquer assunto.»

Ou: «A conversa deixou de ser amena e cordial quando ele começou a perorar sobre política.»

Pelo menos no Brasil, a peroração ganhou uma função nova: deixou de ser um elemento da retórica para se transformar em ferramenta do proselitismo. É assim em Portugal?

Obrigado.

Rogério Paulo Pais da Costa Professor Leiria, Portugal 872

Tenho visto em alguns textos a palavra "arejabilidade". Contudo, não a encontro em nenhum dicionário de língua portuguesa. É correto usar essa palavra, ou ela, pura e simplesmente, não existe?

Muito obrigado.

Bohdan Litkovets Tradutor Lisboa, Portugal 4K

Na Internet leio muitas vezes que a regra de uso dos substantivos biformes e uniformes é simples:

Os substantivos biformes possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino:

Ele é um menino muito educado/Ela é uma menina que canta bem.

Ele é um ator famoso/Ela é uma atriz fantástica.

Já os substantivos uniformes têm uma só forma para ambos os géneros:

Ele é um estudante da FLUL/Ela é uma estudante da FLUL.

O João é o nosso principal cliente/A Joana é a nossa principal cliente.

Porém, já há muito tempo que reparei que nem sempre tal é o caso. Talvez esteja enganado, mas parece-me que com alguns substantivos biformes que possam ser referência tal como ao sexo masculino quer ao feminino, pode-se usar a forma masculina para representar ambos. Não sei bem porquê, mas as seguintes frases não soam tão estranho. Aliás, até me parece ser mais sofisticado que se usasse a regra acima descrita:

Ela é um deputado do Partido Socialista.

A Joana continua a ser um dos melhores alunos da nossa escola.

A minha mãe foi sempre um cidadão exemplar para a nossa sociedade.

A Paula Mendes exercerá temporariamente as funções de diretor da escola.

Quando crescer, ela diz que gostaria de ser um professor na escola onde estuda agora.

Marta Braga foi o último ministro da saúde competente que Portugal teve.

Narcisa Garina Estudante Benguela, Angola 1K

Vi num livro publicado pelas Testemunhas de Jeová (Seja Feliz Para Sempre!, p. 79) o seguinte título:

«Será que as Testemunhas de Jeová são cristãos verdadeiros?».

A minha dúvida é: porque é que a concordância não é/está «cristãs verdadeiras»? Afinal, quem é sujeito e quem é predicativo?

Agradeço a ajuda!

Julian Alves Estudante Rio de Janeiro , Brasil 4K

Eu vejo que na língua italiana há uma liberdade na colocação dos termos nas orações. Parece que o português também concede está possibilidade, mas eu preciso ter certeza disso.

Sabe-se que, quando se usam orações do tipo de «O homem matou o dragão», «o homem» cumpre a função de sujeito, e «o dragão», a de objeto.

Mas, se se mantiver a mesma estrutura da oração e se também se puser uma vírgula após «o homem», «o homem» cumpriria a função de objeto, e «o dragão», a de sujeito.

Até agora vimos a estrutura SVO [sujeito-verbo-objeto] e OVS [objeto-verbo-sujeito], respectivamente.

Aí vêm as perguntas:

1.ª Seria possível uma estrutura do tipo VSO [verbo-sujeito-objeto] e VOS [verbo-objeto-sujeito] como, respectivamente, «Matou o homem, o dragão» e «Matou, o dragão, o homem»? (Sem ambas as orações possuírem a retomada do objeto pleonástico)

2.ª Também gostaria de saber se é possível as estruturas SOV [verbo-objeto-sujeito] e OSV [objeto-sujeito-verbo] como se seguem, respectivamente: «O homem, o dragão, matou» e «O dragão, o homem matou»? (Ainda que ambas não sejam retomadas pelo objeto direto pleonástico)

3.ª Gostaria de saber se as vírgulas estão bem empregadas, de tal modo que nos exemplos se justifique o que é sujeito, verbo e objeto?

Desde já, meus agradecimentos.

Antonio Serdoura Reformado, ex-professor Porto, Portugal 2K

Um "conceito" de algo (seja o que for) é, por definição, singular... Assim, sendo religião um conceito antropológico, admitir o plural "religiões" será erróneo...