Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Funções sintáticas
Maria Marques Enfermeira Lisboa, Portugal 2K

Na frase «depois chegou o amor: veio com a liberdade», o segmento «com a liberdade» é um complemento oblíquo?

Jordan Eason Estudante Coimbra, Portugal 1K

Queria saber se uma expressão que eu vejo muito é especificamente de Moçambique ou é um erro ou dito.

A expressão combina as palavras de e na.

Aqui está um exemplo: «depois de na segunda-feira».

Sei que isso é estranho no Brasil, mas já achei alguns artigos de português europeu que usam (raramente) a expressão também.

Catarina Gonçalves Professora Viseu, Portugal 1K

Na frase «no encontro histórico de 1843 [de Garrett] com Passos Manuel, que serviu de pano de fundo ao romance e à deambulação...», qual seria a função sintática de «de pano de fundo»? Seria complemento oblíquo?

Agradeço desde já a ajuda.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 2K

Na frase «Os lutadores agrediram uns aos outros», qual a função sintática do termo «uns aos outros»?

Obrigado.

Ascensão Martins Aluna Lisboa, Portugal 11K

Tendo em conta as diversas explicações avançadas pelas diversas gramáticas existentes no mercado e pelos recursos fornecidos pelas editoras, continua a haver exemplos de frases que suscitam dúvidas quanto à classificação dos constituintes que tanto podem ser modificadores, como complementos oblíquos ou até complementos indiretos.

É o caso das frases:

«A Joana trabalha em Lisboa.» («em Lisboa» – é modificador ou c. oblíquo?)

«O que aconteceu deve-se à tua falta de trabalho.» («à tua falta de trabalho» – é complemento oblíquo ou complemento indireto?)

E se fosse «O que aconteceu deve-se à tua mãe»? (à tua mãe» – não seria complemento indireto – deve-se-lhe?)

Obrigada.

Ana Santos Estudante Porto, Portugal 1K

Gostaria de esclarecer a seguinte dúvida: na frase «Se soubesse, seria ele a decidir», que função sintática desempenha a expressão «a decidir»?

Obrigada pela atenção.

Telma Afonso Professora Setúbal, Portugal 6K

Na frase «Eu transformei o príncipe num sapo», qual a função sintática desempenhada pelo segmento «num sapo»?

Eu interpreto como um complemento oblíquo (X transformar Y em Z), no entanto, perguntaram-me se não poderia ser interpretado como predicativo do complemento direto.

Os meus agradecimentos pelo excelente trabalho que fazem.

Paulo Klush Puim Servidor São Paulo, Brasil 6K

Não me parece que haja controvérsia quanto à normal culta pressupor que uma pessoa se sente «ao piano», jamais «no piano», quando se quer expressar que se tenha sentado no banco do instrumento para executar uma obra musical. Depois desse estágio, começam minhas dúvidas.

Sei que Napoleão Mendes de Almeida acolhe «tocar ao piano» e condena "tocar no piano". Entretanto tocar (ou executar) "no piano" (executar uma obra por meio do instrumento) é indiscutivelmente errado no que tange à normal culta?

Além disso, quando a construção se transforma um pouco e se faz uso de "execução" ou "performance", então também "execução no piano" e '"performance no piano" são construções condenáveis, tornando-se imprescindível o uso de "execução ao piano" e "performance ao piano"?

Muito obrigado!

Ester Martins Formadora Portugal 2K

Na frase «ele mantém-se no hospital», «no hospital» é considerado predicativo do sujeito?

Lucas de Lazari Dranski Escritor Itararé, Brasil 3K

«Tebaldo – Como! Sacas da espada contra uns pobres corçozinhos sem força? Aqui, Benvólio! Vem encarar a morte!» (SHAKESPEARE, W. Romeu e Julieta e Tito Andronico. trad. de Carlos Alberto Nunes. 14.ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998, p. 21. ISBN 85-0040978-9).

Encontrei esta construção – o verbo sacar + a contração da – durante a leitura da edição acima referenciada, mais de uma vez, tanto na primeira quanto na segunda obra shakespeariana.

Minha intuição aceita o seu uso, mutatis mutandis, com o verbo no infinitivo, tal como em «O sacar da espada contra uns pobres corçozinhos sem força», ou mesmo com o substantivo saque", a saber: «O saque da espada contra uns pobres corçozinhos sem força.»

Entretanto, o seu uso como no excerto acima citado me causa estranheza, porque para se sacar da espada seria necessário se sacar algo dela, e não a própria espada. Portanto, eu gostaria que me explicassem – não para desafiar o saudoso tradutor Carlos Alberto Nunes, mas para aprender – se está correta essa construção e porquê.

Desde já, sou-vos muitíssimo grato.