No português de Portugal, é incorrecto escrever os vocábulos sem e número por meio de hífen?
Devemos escrever «um sem número de coisas» em vez de «um sem-número de coisas»?
Qual dos dois o mais correcto?
Antecipadamente grato pela vossa resposta.
Gostaria que me informassem, se possível com alguma documentação (regras gramaticais, etc.), como se pronuncia a palavra cônjuge.
Lê-se: "Côn-ju-je", ou "côn-ju-gue"?
Obrigada.
Se existisse um «Pai Natal ecológico», poderia chamar-se «Eco Pai Natal». Mas como escrever? "Eco Pai Natal"? "Ecopai Natal"? Ou "Eco-Pai Natal"?
Obrigado.
Precisando de utilizar um substantivo que signifique acabar com uma determinada hierarquia, deparei com três maneiras diferentes de escrever uma mesma palavra e gostaria de saber qual está mais correcta: "des-hierarquização", "deshierarquização" e "desierarquização".
Deve-se escrever "matriz", ou "matrix"?
Obrigada.
Foi-me enviado, como material de referência para uma tradução, um documento onde surge a palavra "assemblagem". Não conhecendo a palavra, consultei dicionários, mas não a encontrei. Em contrapartida, surge em muitos textos técnicos na Internet. No documento em questão, é referido que «A assemblagem é o processo de reunião num só ficheiro de todas as imagens...». Será que poderei utilizar "assemblagem" sem incorrer em erro?
Grata, desde já, pelo vosso esclarecimento.
Gostaria de saber como unir a partícula re com o verbo submeter (com o sentido de «enviar»). Seria "ressubmeter", ou "resubmeter"?
Obrigada.
Estava para ser aprovado pelo governo no final de 2007, mas mais uma vez foi adiado.
A língua portuguesa escrita tem muitas regras pouco claras.
Como português, desconhecia que no Brasil se escrevia lingüiça, tendo uma leitura de acordo com o que dizemos, e que o acordo quer abolir.
Gostaria de saber porque é que:
— freqüência, que se diz "frecuência", se deve escrever frequência.
— lingüiça, que se diz "lingu-iça", se tem de escrever linguiça.
Gostaria de aprofundar o tema, mas penso que este Acordo Ortográfico de 1990 deve ser revisto.
«O sentido da regra é a simplificação [Iluminou-me!]. Pára tem tido acento para não se confundir com a preposição para, mas a verdade é que o contexto normalmente evita a confusão.
Tem de aceitar que as frases que apresenta são todas agramaticais, se considerarmos a grafia para sempre uma preposição [Tenho de aceitar? Que com a nova ortografia o texto perca coesão e gramaticalidade? Aliás, onde disse eu que era para tomar "para" sempre como preposição? Como disse, o texto resultou deu um jogo caricato entre as duas formas. Falha na interpretação lógica do texto!?]
a) Escrever duas preposições iguais seguidas contraria as regras, a não ser quando usadas enfaticamente [Aí é que está o problema. Não tenho nenhum caso desses no meu texto — nem quero ter!]
b) A vírgula no fim da terceira frase deixa a ideia em suspenso se quisermos considerar o segundo para como uma preposição [Desisto...]
c) A última frase está igualmente incompleta se considerarmos a grafia para sempre uma preposição (para isto, para aquilo e para mais aquilo… o quê?...) [Já percebi a ideia — e já percebi que não percebeu ou lhe não interessou perceber a questão em causa...]
O treino no uso da língua permite normalmente avaliar se o conjunto escrito tem coesão. Se aparentemente não o tem, o cérebro humano tende a corrigir o defeito em busca dum sentido coerente, para entender a mensagem (é essa ainda a sua grande vantagem em relação às máquinas, que ficam penduradas quando lhes aparece uma novidade no programa) [Genial!].
Por outro lado, o escritor que verdadeiramente se preocupa com os seus leitores usa as suas palavras por forma a que no contexto não haja ambiguidades (ex.: "Interrompe o que está a fazer, para que possas reflectir!") [Parece que para este Sr. uma língua se resume à prosa jornalística... Em outros registos, a ideia de se preocupar com o leitor é, no mínimo, questionável e debilitadora do que é a arte e a criação literária... Renegaremos centenas de séculos de poesia? O texto que escrevi não é legítimo? Só pode sobreviver mutilado, com o acordo? Ridículo!]
No caso de o escritor pretender a ambiguidade e não se preocupar muito com a perfeição do texto [Perfeição? Que perfeição? Poética? Musical? Gráfica? Retórica? Gramatical? Léxica? Conceptual? De conteúdo? Jornalística?], então até convém que a riqueza da língua o permita [Sem comentários...] Exemplo: "Para a decisão Alcochete, para o projecto Ota, de quem são os interesses beneficiados?” A segunda grafia de para pode dar vários sentidos à ideia: para sempre preposição permite pensar que havia interesses beneficiados quer numa solução quer na outra; com o segundo para forma verbal, o
interesse seria de todos nós, nacional… ou muito o dos defensores da margem sul?...»
Já agora, para que não restem dúvidas:
«Pára para que possas reflectir,
pára para que possas sonhar calmamente,
para que o teu trabalho seja frutuoso, pára,
pára para olhar o teu redor
com a placidez dos sábios.
Pára com as soluções gratuitas,
pára com o facilitismo imprudente
para com a melhor das intenções
singrares depois num áureo caminho.»
Na pergunta Usbequistão/Tajiquistão/Turcomenistão, F. V. Peixoto da Fonseca afirma que "dj" (como em Tadjiquistão ou Djibuti) não se admite na ortografia portuguesa.
Eu pergunto, então e palavras como djacato, djacutá, djalmaíta ou djambadim (todas presentes no Dicionário Houaiss)? E coisas mais simples como adjectivo ou adjunto?
Obrigado.
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