Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Ortografia de palavras/Adaptação de estrangeirismos
José Marinho Gomes Pereira Engenheiro Porto, Portugal 7K

Muito grato ficarei se me for prestado esclarecimento sobre a forma correcta de escrever o topónimo onde se localiza a Casa de Camilo Castelo Branco: "Ceide" ou "Seide". Embora não sendo especialista na matéria, choca-me ver que as duas formas se encontram aplicadas nos sinais informativos instalados nas diversas vias de acesso a essa localidade, pois, em minha modesta opinião, tal facto não só contribui para que se tenha uma desfavorável imagem sobre as entidades que deveriam velar, e não velam, pela correcção desta anómala situação, como pode induzir em erro os forasteiros desconhecedores desta dualidade e não os ajudar a chegar ao destino correcto. Por isso me parece que tais entidades deveriam adoptar e aplicar a forma correcta, que penso deverá ser uma e só uma.

Grato pela atenção que me possa ser dispensada.

Ana Rodrigues Formadora Lisboa, Portugal 5K

Quando se utiliza o termo "don juan" como adjectivo, este deve ficar em minúsculas? Por exemplo: «aquele don juan brincou com os meus sentimentos.»

Guilherme Pestana Estudante Funchal, Portugal 9K

O nome da atual ministra da Justiça de Portugal tem sido grafado, na maioria das publicações noticiosas, como Francisca Van Dunem (com v maiúsculo). Segundo consta, o apelido é de origem holandesa e existe uma grande descendência dos van Dunem em Angola, de onde é natural a ministra. Na Internet encontra-se referência também às variantes "Van-Dúnem" e "Van Dúnem". Ao longo do tempo é natural que os nomes próprios vão alterando a sua grafia, e penso que a grafia correta do nome de cada pessoa é a que consta nos seus documentos oficiais ou a que a própria utiliza. Se assim for, e, se a pessoa a quem nos referirmos como "Van Dunem"/"Van-Dúnem"/"Van Dúmen" se chamar, de facto, assim, não há qualquer objeção à grafia usada. Estou certo? Pergunto-me, no entanto, se o uso de um v maiúsculo no nome da ministra é o correto ou se é apenas uma gralha, do mesmo género de quando se escreve «Leonardo Da Vinci» ou «Vincent Van Gogh»?

Obrigado desde já e parabéns pelo trabalho!

Manuela Rêgo Lisboa, Portugal 24K

"Re-romanização" ou "rerromanização"?

Margarida Montes Secretária Lisboa, Portugal 3K

Na frase: «A participação dos trabalhadores na gestão e/ou nos lucros das empresas, o chamado accionariado do trabalho, e coisas semelhantes.»

Diz-se accionariado?

Obrigada.

José Horta Luz Desempregado Lisboa, Portugal 7K

Permitam-me apenas um leve reparo [a propósito da resposta n.º 27 256]:

O p de Egipto sempre se pronunciou e pronuncia. Dou até um exemplo prático: no caso da  liturgia não passa pela cabeça de ninguém pronunciar a palavra «Egito». Só de caso pensado...

 

P.S. – Haverá um número reduzido de intelectuais que omite o p de Egipto? Acredito que sim.

Isabel Martins Professora Aveiro, Portugal 12K

Qual a regra ortográfica que aplico ao escrever subir? Porque não é "sobir"?

Muito obrigada.

Eduardo Fontes Aposentado Santos, Brasil 8K

Só para tentar entender.

Se na grafia Paraguai há um tritongo, por que na grafia guaiuba não tem?

Se tem por que compará-la com baiuca para informar a perda do acento gráfico após um ditongo decrescente.

É vasto o território de minha ignorância, mas, no meu entender, guaiuba, como peixe, não deveria nunca ser acentuada graficamente, já que o u é após um tritongo. Perdão, se falei bobagem.

João Tapada Revisor Sesimbra, Portugal 12K

Li em tempos, julgo que aqui nas Ciberdúvidas, que o som /x/, em palavras provenientes de línguas que não usam o alfabeto latino, se deve grafar x, e não ch. Assim, a palavra que em inglês se escreve shisha, que provém do persa (designação de um tipo de tabaco e, por extensão, do cachimbo de água com que é fumado), não deverá em português escrever-se "xixa", e não "chicha", como encontro em algumas páginas da Internet?

Gostava ainda, caso a primeira asserção esteja correcta, que me indicassem bibliografia para o mencionado preceito de transcrição.

Muito grato pela atenção.

Rui Carvalho Estudante universitário Lisboa, Portugal 10K

Em ementas de muitos restaurantes aparece erradamente a palavra "á" em detrimento da palavra à, como por exemplo no tão famoso prato amêijoas "á" Bulhão Pato. Se "á" não consta do vocabulário, porque é tão vulgarmente substituído por à?

Numa pesquisa deparei-me com uma antiga propaganda ao queijo de Azeitão, do ano de 1885, que passo a citar:

«Queijo de Azeitão. Acaba de chegar á mercearia de José Alves de Carvalho, rua dos Ourives números 46 e 48 a primeira remessa do magnífico queijo de entorna fabricado em Azeitão.»

Já em 1885 se escrevia agramaticalmente, ou antigamente a palavra "á" existiu na língua portuguesa e por essa mesma razão actualmente ainda existe quem pense que está a escrever de forma correcta?

Obrigado.