Palavras como história, área ou vário, que têm encontros vocálicos átonos em posição final, têm um acento gráfico que as torna aparentemente esdrúxulas (ou proparoxítonas), mas a verdade é que podem ser encaradas como graves (ou paroxítonas), e daí chamar-se-lhes «falsas esdrúxulas». A esta particularidade alude uma das novas respostas do consultório, onde se esclarecem ainda dúvidas sobre o uso do particípio passado sujeito e a locução «devido a». Na rubrica Pelourinho, divulga-se um texto proveniente de Angola mas que diz respeito aos falantes de português em geral, porque foca um vício que afeta o rigor de expressão – o pleonasmo sem função expressiva.*
* A leitura deste artigo requer alguma cautela, porque nem todos os casos aí mencionados são verdadeiros erros. Com efeito, alguns pleonasmos, pela sua expressividade, são legítimos em certos registos de língua, sobretudo os de grande informalidade; outros fixaram-se no uso e deixaram de ter uma interpretação literal («já agora»). Mesmo assim, trata-se de uma curiosa chamada de atenção para os cuidados a ter com as muitas redundâncias que atrapalham o próprio pensamento.
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