Já li a pergunta "A concordância do verbo doer" e tenho uma pergunta relacionada: tem a palavra dor de ser usada em concordância com o número da parte do corpo que está a doer?
«Dores na costas», mas «dor de cabeça»?
Na minha língua materna seria sempre o plural, porque a região que dói não é bem delineada e praticamente inumerável.
É comum utilizar a expressão «faz todo o sentido»...
Gostaria de saber se é correcto, ou se é preferível utilizar apenas «faz sentido...» ou «tem sentido...».
Obrigado.
O consulente segue a norma ortográfica de 45.
À porta de uma mercearia em Alverca lê-se num cartaz: «Há vinho da Calhandriz e pão da Arruda.»
Em conversa com alguns fregueses, constatei que é costume nas redondezas usar-se o artigo definido a (além das contrações preposicionais da e na) para fazer referência a estas duas povoações, sobretudo entre os nativos e os mais idosos.
Em todo o caso, quaisquer alusões a Calhandriz e Arruda (dos Vinhos) são-nos apresentadas, regularmente, e dependendo do contexto, de forma neutral.
Vejam-se alguns títulos do jornal O Mirante:«Um morto e 34 infetados em lar de Arruda dos Vinhos' (e não «'da' Arruda dos Vinhos»); ou «A Guarda Nacional Republicana emitiu um parecer de segurança negativo à instalação de duas novas caixas multibanco em Calhandriz» (e não «'na' Calhandriz»).
No entanto, e noutra edição, o mesmo jornal destaca: «Ser compositor e músico é ter uma profissão demasiado dura para não se gostar dela. Quem o diz é Telmo Lopes, [...] compositor natural da Calhandriz [....].»
Perante isto, deverão estes fenómenos linguísticos ser encarados como norma ou apenas como meros regionalismos? E qual é, na verdade, o género dos topónimos Calhandriz e Arruda dos Vinhos?
Agradeço à Comunidade Ciberdúvidas o apoio prestado, assim como a eficácia e a assertividade das vossas respostas.
Gostaria de saber o significado da palavra "afromimizento" , usada por Sergio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares:
«Mutilação politicamente correta de obra literária, promovida por quem deveria defender o legado do bisavô. É crime! Nenhum preto pediu! Não vemos racismo na obra de Monteiro Lobato! Exceto afromimizentos, ínfima minoria, pretos odeiam a ridícula tutela da branquitude marxista!»
Costumo aplicar o termo «grandes (ou pequenas) dimensões», no plural, para coisas mensuráveis em termos espaciais, já que a largura, altura, etc. corresponderiam, cada uma, a uma dimensão; e, por outro lado, «grande (ou pequena) dimensão», para coisas que não se medem dessa forma.
Por exemplo: «um móvel de grandes dimensões», mas «um ataque aéreo de grande dimensão».
Recentemente, tenho-me deparado com um uso diverso, nomeadamente um caso em que se falava em «contentores de lixo de grande dimensão».
Isto é correcto ou fazia sentido a distinção que tenho vindo a aplicar?
O consulente adota a ortografia de 1945.
Gostaria de saber qual a diferença entre «um cesto de ovos» e um «cesto com ovos»?
Grata pela vossa atenção e disponibilidade.
A locução prepositiva «em detrimento de» aplica-se no sentido de «em vez de» ou «causando prejuízo a/ao»?
Gostaria de saber se posso utilizar o verbo estugar normalmente ou se é um verbo com alguma característica especial (verbo defetivo) que não possa ser conjugado em todas as pessoas/modos/tempos verbais.
Queria utilizá-lo para descrever a forma como um lagarto sobe um ramo apressadamente. Posso dizer «O lagarto estuga pelo ramo acima»?
Muito obrigada. Os meus parabéns a toda a equipa.
Sou argentina, estudando português, e tenho uma dúvida. Na língua existem algumas palavras como pinheiro, que é contável, e pinho (a sua madeira), que é não contável.
Existe algum outro par que seja do mesmo caso?
Caros amigos, encontrei num livro antigo a palavra "asiago", com o sentido de «de mau agouro» (ex: «sexta feira é sempre um dia asiago»).
Não deverá ser "aziago"? Existe "asiago"?
Muito obrigada desde já.
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