Já nos explicaram a etimologia da palavra noite, mas conseguem explicar o fenómeno recorrente de, em línguas diferentes, a palavra noite ser mais ou menos n + oito?
Mesmo que todas venham do latim, há alguma razão para esta relação entre noite e oito ou só coincidência?
Sobre as novas medidas que começam às 00h de 15 de janeiro, ou seja, no inicio de sexta-feira, podemos dizer 00h e meia-noite?
Por exemplo, as novas medidas começam à meia-noite de sexta-feira? É a mesma coisa (tal como 12h é o mesmo que meio dia)?
Obrigado e feliz 2021,
Usa-se correntemente a expressão «imagino o que não...» (terá dito, terá custado, etc.)
Gostava de saber qual é a lógica desta expressão, pois o mais correcto parece ser «imagino o que...».
O consulente segue a norma ortográfica de 45.
A expressão «erro de simpatia» voltou a ouvir-se sobre o caso à volta do currículo do Procurador Europeu José Guerra, cuja categoria profissional erradamente atribuída a ministra da Justiça Francisca van Dunem considerou ser «um erro de simpatia». Ou seja, que julgo ser esse o sentido da expressão, que é desculpável e, portanto, não penalizável.
A minha dúvida é porém esta: qual a origem concreta da expressão «erro de simpatia»?
Os meus agradecimentos.
Antes de mais, muito obrigado pelo vosso trabalho e competência, que ao longo dos anos me têm sido muito úteis. O vosso serviço é uma belíssima escola!
Gostaria de perguntar se é possível utilizar a palavra "capelã" como feminino de capelão.
Tenho procurado – possivelmente mal –, mas não tenho encontrado o termo.
Muito obrigado.
Gostaria de saber o significado da palavra "trapulhar", que encontrei em uma carta de minha bisavó de 1902 na seguinte frase:
«A Deia manda-te dizer que tem sentido muita falta dos noivos para trapulhar.»
Envio a página da carta original onde se pode ver a frase que citei e o verbo misterioso (ver infra).
Santa Maria (da Boca do Monte), onde nasceu e viveu a juventude minha bisavó, é uma cidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul, com maciça colonização alemã, bem como numerosa comunidade afro-brasileira.
Talvez o termo seja um "regionalismo", vá saber...
Agradeço a atenção.
Em muitos vestibulares, surgiu a ideia de «texto não verbal».
Entretanto... quando se pesquisa em um dicionário tradicional, percebe-se que o texto está ligado a palavras: “Enunciado escrito. Conjunto das próprias palavras de um autor, em um livro ou em qualquer escrito, em oposição às notas, índices, ilustrações etc.”
Com o até aqui já exposto, se admitirmos que a definição do dicionário selecionado está correta, o «texto não verbal» não existe! Mas pode-se pensar assim?
Se fui ignorante, peço desculpas! Mas pesquisei em dez dicionários e todos me deram a definição já citada!
Desde já agradeço a atenção!
Sou tradutor profissional e gosto muito do vosso trabalho, considerando-o extremamente útil e importante, especialmente para os tradutores profissionais. A minha pergunta é:
Qual das duas frases nos exemplos abaixo é correta? (refiro-me à preposição "de" ou "em" que precede a palavra "vídeo")
– Isilda Gomes dirige-se aos portimonenses em mensagem de vídeo;
– Não foi a única iniciativa do Papa, que também enviou uma mensagem em vídeo aos participantes.
As minhas tentativas de encontrar uma resposta convincente na Internet não deram resultado.
Desde já agradeço a atenção dada à minha pergunta.
Habitualmente, considera-se rima rica aquela na qual as palavras rimadas pertencem a categorias gramaticais diferentes.
Ocorreu-me uma dúvida no que diz respeito às locuções. Por exemplo: um substantivo e uma locução adverbial terminada por substantivo seriam, para efeito de classificar uma rima, consideradas categorias gramaticais diferentes?
Em outras palavras, a rima de um substantivo com uma locução adverbial terminada por um substantivo é considerada rima pobre ou rima rica?
Por exemplo: a rima de colheita (substantivo) com «à direita» (locução adverbial) é considerada rima pobre ou rima rica?
Junto breve citação extraída do romance Terras do Demo, pp. 180-181, em que consta putreia:
«Ia para quatro meses que não sabia dela… é verdade. Por modos já não havia escrivães no povo! Terra de maldição! Os que aprenderam a rabiscar o nome navegavam, e o padre — esse sujaria as mãos se lhe pedissem duas regrinhas de graça. Ah! Deus tivesse na santa glória o tio Manuel Abade que não precisava que o rogassem duas vezes para escrever a um vagamundo. A malta do Rio, pelo que lhe dissera o Jaime Gaudêncio, ficava toda boa. Boa, mas o Rio já não era o Rio. O italiano e o espanhol tinham derrancado o trabalho. Depois, passagens caras e más. Viera no Malange, um mazombo de paquete que andava à tona como tubarão escaldado como abóbora. À passagem da linha, estivera a deitar a cama das tripas com o afocinhar do calhambeque. Perdesse o nome que tinha se aceitava mais algum dia viajar no francês! Uma putreia, comida para negros, beliches para condenados do Inferno. Boa Mala Real, mas para melhor o alemão. O alemão, batia a tudo o que andava no mar.» Terras do Demo, pp. 180-181
Contudo em Quando os Lobos Uivam e Casa do Escorpião já se lê como potreia.
Já agora, esta pequena dúvida: «comida para negros». Pretos é regionalismo para porcos. Será que Aquilino Ribeiro se referia a comida para porcos?
Aguardo o vosso comentário, sempre muito apreciado.
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