Antes de mais, queria dar os parabéns à organização deste "site", que tanto faz pela língua portuguesa.
A minha dúvida diz respeito à entoação correcta de algumas reduções, como por exemplo:
Nefro+logia (grego) → nefro – «néfro»
Porno (grego) + grafia (grego) → porno – «pôrno»
Há alguma regra de acentuação nestas situações?
Obrigado.
No Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora encontra-se a palavra “média” a significar «meios de comunicação de massas”. Sabendo que a palavra latina ‘media’ está na origem da forma portuguesa, estará correcto aportuguesá-la, colocando-lhe um acento agudo, e usá-la como um plural? Não vai isto contra as regras da morfologia portuguesa? Não é verdade que essas regras prevêem que se faça o plural com o acrescentamento de um -s às palavras?
Muito obrigado.
Quais são os resultados divergentes da evolução dos sistemas das sibilantes e das palatais no português do Brasil?
Na língua portuguesa, o “e” das terminações “em” ou “ens”, da sílaba tônica das palavras oxítonas ou agudas, recebe um acento agudo, que indica, além de tonicidade, timbre aberto. Exemplos: “armazém”, “reféns”, “Belém”, “palafréns”, etc.
Ocorre, entretanto, que, no português do Brasil, o supramencionado “e” não é pronunciado com timbre aberto, mas sim fechado. Dizemos, na verdade: “armazêm”, “refêns”, “Belêm”, etc.
Em face disto, pergunto-lhes: por que os brasileiros usam essa acentuação gráfica que nada tem que ver com a pronúncia normal brasileira? Ela seria uma acentuação gráfica que corresponderia à pronúncia dos portugueses e que foi imposta a nós brasileiros? Como vocês, aí na Europa, pronunciam o “e” da sílaba tônica das palavras acima mencionadas e de outras do mesmo gênero?
Muito obrigado.
Em português de Portugal, qual seria o correto: «Nenhuma a nível federal» ou «nenhuma em nível federal» (ou outras entidades governamentais, tais como “estadual”, “nacional” ou “municipal”)?
O Dicionário Etimológico de José Pedro Machado refere a mesma pronúncia para “besta” (animal) e “besta” (arma). É correcto?
A palavra «apocalipse», sendo foneticamente grave, deve ler-se (no «po») com «ó», «ô» ou «u»?
Muito obrigado.
Já sabemos que yoga, em português, se escreve ioga (e se pronuncia "ióga"). E “yogi”? Será "iógi" (pronunciando-se "iógi")? Conheço a expressão "praticante de ioga", mas estou convicta de que não se aplica aos "yogis".
Grata pela atenção.
Por que motivo se abandonou a forma "teem" por "têm", quando a pronúncia se calhar até recomendaria uma forma que ligasse a "entretém", "também", "Sacavém", ou seja, uma hipotética forma "téem"?
"Téem" mantém as duas sílabas visualmente correspondentes à pronúncia. E se "têm" tem de ser lido com duas sílabas, então porquê termos "vêm" por "véem", mas termos só "vêem", este sim perfeitamente lógico, com duas sílabas. Ainda por cima, "ê" não corresponde em mais nenhum caso senão nos "-êm" ao som "â" (peço desculpa por não saber utilizar o alfabeto fonético). Já "é" por "â" é comum nos tais "-ém".
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