Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia
Francisca Sepúlveda Lisboa, Portugal 8K

Começo com a primeira pergunta: "bom-dia" deve usar-se com hífen ou sem? E "boa-tarde"? E "boa-noite" Tenho visto escrito de ambas as formas e confesso que já estou bastante baralhada, embora tenha aprendido a usar sempre com hífen.

A minha segunda pergunta prende-se com o verbo estar:«A porta está aberta»; «O exercício já está feito» ; «O livro ainda não está revisto» etc, etc. Considera-se "aberto/a"; "feito/a" ; "revisto/a" com este verbo um adjectivo ou um particípio passado?

Grata pela vossa resposta.

Rui Dias Reformado Portugal 6K

Num manual de Língua Portuguesa descobri a seguinte frase:
«Por que não realiza ele esse desejo?»
Pela leitura das vossas respostas anteriores julgo perceber que a utilização de «por que» é indevida. Agradecia um esclarecimento.

Filipe Leitão Portugal 208K

Gostaria de saber como escrevem por extenso os seguintes números ordinais: 200.º, 300.º, 400.º, 500.º, 600.º, 700.º, 800.º, 900.º e 2000.º.

Aproveito a oportunidade para vos felicitar pelo excelente trabalho.

Obrigado.

Caroline Yumi de Oliveira Tana Brasil 4K

«“Um” tribunal decide a pena.» É artigo ou numeral?

Cláudia Lopes Itália 24K

[...] Eu tenho uma dúvida que não consegui sanar consultando as gramáticas que tenho que casa. De acordo com a regra que norteia o uso dos pronomes oblíquos (“o”, “a”, “os”, “as”), para os verbos de primeira conjugação (-AR), este ganha um acento agudo na sílaba tônica, após a supressão do -R:

«Vocês já compraram a casa?»
«Fomos obrigados a comprá-la»

Um acento circunflexo se o verbo pertence à segunda conjugação (-ER):

«Já fez os exercícios? »
«Vou fazê-los agora mesmo.»

E nenhum acento se o verbo e de terceira conjugação (-IR):

«Ele já partiu o bolo? »
«Está a parti-lo neste exato momento.»


Então, por qual motivo a forma “construí-lo” é acentuada? Seria porque termina em hiato ou porque, na realidade, segue a regra da acentuação, como, por exemplo, nas palavras “saúde” e “vário”?

Obrigada pela ajuda

Maria Paula Coito Portugal 7K

Qual é a formação da palavra "solstício", derivada ou primitiva ou composta?

Albino Ramalho Portugal 5K

Uma pergunta relacionada com a análise sintáctica do verso de Bocage: «Fiei-me nos sorrisos da Ventura».
Qual a função sintáctica dos elementos “me” e «nos sorrisos da Ventura»?
É o me complemento de objecto directo por estarmos em presença de um verbo reflexo? Neste caso, qual a função de «nos sorrisos da Ventura»? Um complemento circunstancial de causa (pressuponde-se subjacente a expressão de um logro motivado pelos tais sorrisos)? Ou o “me” faz parte integrante do verbo, desempenhando «nos sorrisos da Ventura» a função de objecto directo?

Manuel Morais Portugal 5K

A propósito da resposta dada por R. G., compete relembrar que, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa, Rebelo Gonçalves preceituou o uso do hífen «Nos compostos em que entram, morfologicamente individualizados e formando uma aderência de sentidos, um ou mais elementos de natureza adjectiva terminados em 'o' e uma forma adjectiva», mesmo que o primeiro elemento não figure na sua «forma plena [...] ('euro'-, por 'europeio'-)», razão por que grafamos «euro-asiático», «euro-chinês» ou «euro-siberiano».
Ora, no caso de «euro-região», o segundo formante é um substantivo, o que, desde logo, inviabiliza a sua integração no grupo visado pela regra supra-exposta. E o primeiro elemento? Não será ele também uma cristalização substantiva, forma reduzida de «Europa»? A ser assim, Rebelo Gonçalves, uma vez mais, não deixa margem para dúvidas, pois que, segundo este ilustríssimo autor, «É inadmissível o uso do hífen nos compostos em que um elemento de origem substantiva, proveniente do grego ou do latim e terminado em 'o', se combina com um ou mais elementos substantivos ou adjectivos. Em tais compostos faz-se sempre a união completa dos elementos iniciais aos imediatos».
Em vista disto, e levando em linha de conta o no estudo de Margarita Correia, tão oportunamente referido pelo consultor R.G., a lexia «euro-região», em razão de significar «região da Europa», deverá ser escrita sem hífen – «eurorregião» –, tal como ocorre em «eurodeputado», «eurodólar» ou «euromíssil», ainda que estes compostos não sejam exemplificativos da duplicação do 'r' ou do 's' intervocálico.
À guisa de conclusão, o argumento aduzido para o uso do hífen em «euro-siberiano» não pode ser aplicado, pelo que se acaba de mostrar, à unidade morfológica em apreço.
Com os meus respeitosos cumprimentos,

Francisco Oneto Nunes Portugal 4K

Para além de se conjugar com outros verbos («ter agido» na altura certa, por ex.) será que é incorrecto referir-me ao «modo como certas ideias são pensadas e agidas»? Tratando-se de um texto de natureza sociológica, a expressão é muito mais esclarecedora e teoricamente apelativa do que qualquer outra alternativa. Qual a regra que, eventualmente, me poderá impedir este uso da palavra?
Obrigado.

Irene Marques Parreira Educadora de infância Lisboa, Portugal 7K

Como devo dizer?

«A professora não queria que os alunos se ferissem a si mesmos»
ou
«A professora não queria que os alunos ferissem a si mesmos»?

Fico muito grata pela vossa atenção.