Começo com a primeira pergunta: "bom-dia" deve usar-se com hífen ou sem? E "boa-tarde"? E "boa-noite" Tenho visto escrito de ambas as formas e confesso que já estou bastante baralhada, embora tenha aprendido a usar sempre com hífen.
A minha segunda pergunta prende-se com o verbo estar:«A porta está aberta»; «O exercício já está feito» ; «O livro ainda não está revisto» etc, etc. Considera-se "aberto/a"; "feito/a" ; "revisto/a" com este verbo um adjectivo ou um particípio passado?
Grata pela vossa resposta.
Num manual de Língua Portuguesa descobri a seguinte frase:
«Por que não realiza ele esse desejo?»
Pela leitura das vossas respostas anteriores julgo perceber que a utilização de «por que» é indevida. Agradecia um esclarecimento.
Gostaria de saber como escrevem por extenso os seguintes números ordinais: 200.º, 300.º, 400.º, 500.º, 600.º, 700.º, 800.º, 900.º e 2000.º.
Aproveito a oportunidade para vos felicitar pelo excelente trabalho.
Obrigado.
«“Um” tribunal decide a pena.» É artigo ou numeral?
[...] Eu tenho uma dúvida que não consegui sanar consultando as gramáticas que tenho que casa. De acordo com a regra que norteia o uso dos pronomes oblíquos (“o”, “a”, “os”, “as”), para os verbos de primeira conjugação (-AR), este ganha um acento agudo na sílaba tônica, após a supressão do -R:
«Vocês já compraram a casa?»
«Fomos obrigados a comprá-la»
Um acento circunflexo se o verbo pertence à segunda conjugação (-ER):
«Já fez os exercícios? »
«Vou fazê-los agora mesmo.»
E nenhum acento se o verbo e de terceira conjugação (-IR):
«Ele já partiu o bolo? »
«Está a parti-lo neste exato momento.»
Então, por qual motivo a forma “construí-lo” é acentuada? Seria porque termina em hiato ou porque, na realidade, segue a regra da acentuação, como, por exemplo, nas palavras “saúde” e “vário”?
Obrigada pela ajuda
Qual é a formação da palavra "solstício", derivada ou primitiva ou composta?
Uma pergunta relacionada com a análise sintáctica do verso de Bocage: «Fiei-me nos sorrisos da Ventura».
Qual a função sintáctica dos elementos “me” e «nos sorrisos da Ventura»?
É o me complemento de objecto directo por estarmos em presença de um verbo reflexo? Neste caso, qual a função de «nos sorrisos da Ventura»? Um complemento circunstancial de causa (pressuponde-se subjacente a expressão de um logro motivado pelos tais sorrisos)? Ou o “me” faz parte integrante do verbo, desempenhando «nos sorrisos da Ventura» a função de objecto directo?
A propósito da resposta dada por R. G., compete relembrar que, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa, Rebelo Gonçalves preceituou o uso do hífen «Nos compostos em que entram, morfologicamente individualizados e formando uma aderência de sentidos, um ou mais elementos de natureza adjectiva terminados em 'o' e uma forma adjectiva», mesmo que o primeiro elemento não figure na sua «forma plena [...] ('euro'-, por 'europeio'-)», razão por que grafamos «euro-asiático», «euro-chinês» ou «euro-siberiano».
Ora, no caso de «euro-região», o segundo formante é um substantivo, o que, desde logo, inviabiliza a sua integração no grupo visado pela regra supra-exposta. E o primeiro elemento? Não será ele também uma cristalização substantiva, forma reduzida de «Europa»? A ser assim, Rebelo Gonçalves, uma vez mais, não deixa margem para dúvidas, pois que, segundo este ilustríssimo autor, «É inadmissível o uso do hífen nos compostos em que um elemento de origem substantiva, proveniente do grego ou do latim e terminado em 'o', se combina com um ou mais elementos substantivos ou adjectivos. Em tais compostos faz-se sempre a união completa dos elementos iniciais aos imediatos».
Em vista disto, e levando em linha de conta o no estudo de Margarita Correia, tão oportunamente referido pelo consultor R.G., a lexia «euro-região», em razão de significar «região da Europa», deverá ser escrita sem hífen – «eurorregião» –, tal como ocorre em «eurodeputado», «eurodólar» ou «euromíssil», ainda que estes compostos não sejam exemplificativos da duplicação do 'r' ou do 's' intervocálico.
À guisa de conclusão, o argumento aduzido para o uso do hífen em «euro-siberiano» não pode ser aplicado, pelo que se acaba de mostrar, à unidade morfológica em apreço.
Com os meus respeitosos cumprimentos,
Para além de se conjugar com outros verbos («ter agido» na altura certa, por ex.) será que é incorrecto referir-me ao «modo como certas ideias são pensadas e agidas»? Tratando-se de um texto de natureza sociológica, a expressão é muito mais esclarecedora e teoricamente apelativa do que qualquer outra alternativa. Qual a regra que, eventualmente, me poderá impedir este uso da palavra?
Obrigado.
Como devo dizer?
«A professora não queria que os alunos se ferissem a si mesmos»
ou
«A professora não queria que os alunos ferissem a si mesmos»?
Fico muito grata pela vossa atenção.
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