1) O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL) [em português do Brasil (PB)] contém a palavra ahn, descrita como interjeição.
Julgo saber que o h se usa no início de certas palavras por razões etimológicas. Nos dígrafos nh, lh e ch. E no final de certos vocábulos, como ah, convencionalmente. Nenhum dos casos aqui se aplica.
Está ahn corretamente grafado? Muito agradecia resposta e comentário.
2) O Acordo Ortográfico de 1990 indica explicitamente que se grafa Cernache (e logo não Sernache). O VOLP da ABL contém tanto os vocábulos cernachense como sernanchense. Este último termo está corretamente grafado?
3) O VOLP contém o encadeamento vocabular palha de itália (com minúscula). Se fosse com hífen, eu perceberia (palha-de-itália); mas prescindindo-se do hífen não seria antes "palha de Itália" (com maiúscula)?
(Este VOLP da ABL começa a enervar-me.)
No âmbito da metodologia da Economia fui confrontado com a palavra isolation, que significa separar um dado conjunto de variáveis/fenómenos em dois grupos, em que as variáveis de cada grupo não impactam sobre as variáveis do outro grupo. Como traduzo isolation? Isolamento dá uma ideia negativa de excluído e incomunicável, o que não é o caso. Daí preferir isolação a isolamento, mas não sei se a primeira existe. Qual a vossa opinião?
Os dicionários de português portugueses também poderão ser usados no ensino público do Brasil, em substituição dos brasileiros, pelos alunos que assim o desejarem?
Em Portugal, os alunos que optarem pelos dicionários de português brasileiros poderão, na escrita e nos exames escritos, usar os vocábulos conformes às ortografias e acentuações dos ditos dicionários? Isto é: patrimônio e não património, moleque e não rapaz, dilatar e não eliminar, etc.; ou alternar no decurso do texto ora uns ora outros, por exemplo: «Eu vi dois moleques. Mas o meu irmão afirma que viu três rapazes.» «Este fato ultrapassa-me, porque de facto não tenho a certeza», etc.
É o fim dos brasileirismos?
Os meus sinceros agradecimentos.
Não concordo muito que se dê primazia à fonética em detrimento da etimologia, embora assuma naturais evoluções linguísticas e esteja disposto a compreender melhor o polémico "N.A.O." [Novo Acordo Ortográfico]... Ora, mais até do que todas as outras alterações inerentes à entrada em vigor do dito acordo, as que mais "confusão"/relutância/"receio" me causam e para as quais gostaria de obter, se possível, justificação (ou, pelo menos, reflexão conjunta) são:
— Supressão do acento circunflexo nas formas verbais crêem, dêem, lêem e vêem, etc.;
— Supressão do acento agudo na forma verbal pára, tornando-a indistinta da preposição para (!);
— Supressão do acento circunflexo em pêra e pêlo, por ex., tornando ambos os termos indiferenciados das preposições pera (ainda que arcaica) e pelo.
E qual a lógica de manter o acento circunflexo em pôde (do verbo poder) e pôr, distinguindo ambas as palavras da forma verbal pode e da preposição por e, ao mesmo tempo, avançar com a supressão do acento agudo de pára!?
E não será demasiado radical/precipitado alterar completamente a grafia (e consequente imagem mental) das palavras assumpção para assunção e peremptório para perentório!?
E porquê, por ex., a estranha grafia windsurfe, que mais parece um "cruzamento" forçado de português com inglês...? Sou apologista do anglicismo windsurf ou então tenta-se aportuguesar completamente o termo (ou, pelo menos, arranjar-lhe um equivalente), não?
Obrigado a todos e espero não ferir susceptibilidades e/ou ser mal interpretado, mas, acima de tudo, defendo a minha língua!...
Como fica a questão das palavras com dupla ortografia aceitas hoje e que não estão previstas no acordo ortográfico?
Por exemplo: próton/prótão, aluguer/aluguel, louro/loiro, cabina/cabine, camioneta/caminhoneta, etc.
Seguindo o "espírito" do novo acordo, entendo que posso utilizá-las em qualquer de suas grafias. Estou enganado?
Como se pronuncia Wikipédia? "Viquipédia", ou "Uiquipédia"?
Obrigada.
Os meus cumprimentos pelo vosso excelente trabalho, cujos resultados aprecio diariamente e diariamente me são úteis.
A dúvida que gostava de ver esclarecida relaciona-se com a utilização frequente, e a meu ver errada, do termo continuidade em vez de continuação: «F. é a favor da continuidade do treinador»; «Não há condições para a continuidade de S. em funções». Em ambos os casos parece-me que o termo certo é continuação, devendo continuidade ser utilizado quando se pretenda falar da capacidade/qualidade de continuar: «Vai ser um trabalho na continuidade do anterior».
Será assim?
Os meus agradecimentos.
Eu gostava de saber o que é o asteísmo, na gramática portuguesa.
Obrigado.
Estou a fazer uma acção de formação baseada na semântica e na pragmática, e surgiu a questão de qual seria a origem da palavra confusão. Gostava, se possível, de saber a origem da palavra e da sua formação.
Desde já o meu muito obrigado!
Gostaria de saber se a palavra desilusivo existe. Um filme pode ser desilusivo?
Obrigado.
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