Quiasmo e anástrofe, novamente
Peço desculpa pelo exemplo que vou dar (retirado de uma quadra escatológica tradicional que se podia antigamente encontrar rabiscada nas paredes de qualquer quarto de banho de café da cidade do Porto), mas, de momento, não me ocorre nenhum exemplo retirado de escritas literárias mais elevadas. Reza assim a tal quadra:
«A cagar puxei um cigarro,
A cagar o acendi,
A cagar o fumei todo,
A fumar caguei para ti.»
Agora, a minha dúvida: como se chama a figura de estilo presente nos últimos dois versos da quadra, com a inversão dos verbos cagar e fumar: «a cagar fumei», «a fumar caguei»?
Muito obrigado e, mais uma vez, o meu pedido de desculpas pelo exemplo escatológico que dou. Se bem me lembro, este era um recurso estilístico comum no Padre António Vieira, mas não dispunha à mão de nenhuma colectânea das suas obras.
Interpretação da frase «fingir é conhecer-me» (Fernando Pessoa)
Porque é que Fernando Pessoa (ortónimo) afirma que «fingir é conhecer-me»?
O sentido da expressão «vaza autorizada» (Memorial do Convento, José Saramago)
A minha dúvida é a seguinte: gostaria de saber o sentido da expressão «vaza autorizada» presente no excerto «Correu o entrudo essas ruas, (...), deu umbigadas pelas esquinas quem não perde vaza autorizada, puseram-se (...)», que por sua vez se encontra no 3.º capítulo da obra Memorial do Convento, de José Saramago.
Obrigado pelo vosso tempo.
Sobre tempo histórico (em estudos literários)
Eu queria saber o que era o tempo histórico em contexto da língua portuguesa.
Hipálage, personificação, pleonasmo, metáfora
Qual a figura de estilo predominante no seguinte parágrafo?
«Os casinholos de madeira, assolapados ao longo da rua, seguiam-se, indiscretos, com os olhos baços das janelas, enquanto as chaminés, de fasquias rotas e empenadas, golfavam de alto a baixo roscas pardas de fumo.»
Luís Cajão, «Emboscadas», in Os Melhores Contos e Novelas Portugueses.
Estou na dúvida entre metáfora e personificação.
Recursos estilísticos num excerto: adjectivação, sinestesia, hipálage, sinédoque, personificação
«... Era uma manhã muito fresca, toda azul e branca, sem uma nuvem, com um lindo sol que não aquecia, e punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres de claridade dourada. Lisboa acordava lentamente: as saloias ainda andavam pelas portas com os seirões das hortaliças; varria-se devagar a testada das lojas; no ar macio morria à distância um toque fino de missa.»
Pretendia saber quais os recursos estilísticos, a sua expressividade e os respectivos exemplos existentes neste excerto.
Obrigada.
As lengalengas
Poderemos enquadrar as lengalengas dentro do género poético? A que tipo de texto pertencem?
Obrigado pela vossa atenção!
A 1.ª pessoa e o discurso directo
Estou com uma dúvida sobre textos narrativos. Quando narramos em 1.ª pessoa, usamos sempre o discurso direto? E o que são rubricas que servem de orientação para atores e diretor?
Obrigada!
Figuras de estilo numa frase de A Cidade e as Serras (Eça de Queirós)
Na obra de Eça de Queirós A Cidade e as Serras, encontra-se a seguinte frase: «No dia, entre todos bendito, em que a Pérola apareceu à barra com o Messias (...).»
Quais as figuras de estilo presentes?
Estou em dúvida se serão sinédoque e metonímia.
Os Lusíadas: aposto, sinestesia, hipérbole, anástrofe
Estou a dar Os Lusíadas e não consigo perceber o seguinte:
O porquê do aposto na expressão: «mas já a Amorosa estrela cintilava/Diante do Sol claro, no Horizonte! Mensageira do dia (...)» (estância 85)
E qual a figura de estilo usada e o seu significado na expressão «Em pedaços a fazem cum ruído/que o Mundo parece ser destruído!»?
Obrigada.
