Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
João Pedro Matos Santos Estudante Anagé, Brasil 3K

É possível misturar os pronomes vós e você/vocês em frases como estas?

I. Preparem-vos.

II. Não vos subestime.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 3K

Examine-se a seguinte frase:

«O sucesso financeiro envolve não só uma inteligência prática, senão uma alta capacidade de controle emocional.»

Pode-se dizer que a conjunção senão tem um valor aditivo? Poderia ser substituída por como?

Obrigado.

Rodrigo Muñoz Rojas Estudante Santiago do Chile, Chile 3K

Sempre grato pelo vosso trabalho, venho por este meio novamente pedir esclarecimento a uma dúvida gramatical que me surgiu.

Estou a fazer um exercício sobre o uso da estrutura estar + a + infinitivo, para ações em processo.

Há um caso particular em que devo utilizar o verbo pronominal vestir-se. A minha primeira resposta foi «nós estamos a nos vestir», pois, segundo o que estudei antes, a presença da preposição a exige que o pronome esteja antes do verbo. Contudo, a correção do livro mostra «nós estamos a vestir-nos».

Assim sendo, qual é a posição correta do elemento pronominal em dita estrutura?

Desde já, obrigadíssimo pela ajuda.

Daniel Santos Revisor Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber se, em frases como as a seguir exemplificadas, o verbo deve ser conjugado no plural ou no singular:

À medida que cidade após cidade iam caindo... / À medida que cidade após cidade ia caindo...

Geração após geração de professores acreditavam que... / Geração após geração de professores acreditava que...

Estudo após estudo demonstrou que... / Estudo após estudo demonstraram que...

Vieram geração após geração de... / Veio geração após geração de...

Obrigado.

Nayane Gonçalves Professora de Redação e Gramática Campinas, Brasil 5K

Nos versos de Adélia Prado, há a seguinte construção: «Amor feinho não olha um pro outro

«Um pro outro» [ou «um para o outro»], sintaticamente, é classificado como?

Obrigada desde já!

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 3K

Examinem-se as seguintes frases:

«Carlota disse ao filho para não voltar à cidade.»

«Ela lhe pediu para não chamá-la de Doquinha.»

«No auge da aflição, seu companheiro gritava-lhe para não sair do lugar.»

Gostaria de saber sobre a legitimidade das orações iniciadas por para. São um caso de contaminação sintática? De coloquialidade? Como analisar esse tipo de orações?

Obrigado.

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Pedro Leopoldo, Brasil 7K

Vi  [no Ciberdúvidas] que o verbo perguntar pede objeto indireto.

Porém. o Google apresenta um dicionário exibindo o mesmo verbo como transitivo direto na primeira entrada com o sentido de "fazer pergunta(s) a; interrogar", e cita como exemplo a frase "o detetive perguntou todos os suspeitos". (Para abrir a página, procurar por "dicionário perguntar".)

Gostaria que pudessem explicar o por quê da diferença.

Obrigado!

Carolina Gil Rostra Professora Valladolid, Espanha 1K

Sou professora de Português em Espanha e, com frequência, observo que os meus alunos elaboram frases como:

– Gostaste do filme? Sim, gostei dele.

– Pratico natação e como gosto muito dela, vou à piscina duas vezes por semana.

Produz-me muita estranheza este uso do pronome pessoal para substituir realidades que não são pessoas.

Nas minhas aulas, eu nunca uso o pronome pessoal nestas estruturas. Simplesmente respondo:

– Gostaste do filme? Sim, gostei. / Gostei, gostei muito.

– Pratico natação e como gosto muito, vou à piscina duas vezes por semana.

Porém os meus alunos fazem estas pronominalizações de forma natural. Duvido que seja por influência do espanhol, dado que a construção deste verbo é completamente diferente.

Penso que não é correto, mas, às vezes, já me fazem duvidar. Gostava de poder explicar bem o porquê e como não encontrei informação sobre o assunto, pensei que era uma boa questão para este espaço.

Antes de acabar, queria deixar constância do meu mais sincero agradecimento pela extraordinária ajuda que este site me oferece na preparação das minhas aulas.

Muito obrigada!'

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 2K

Conforme resposta dada a consulta datada de 22 de janeiro de 2018, aliás feita por mim, a forma canônica da frase apresentada naquela ocasião é a seguinte:

«Ele era de opinião que céu cinzento e gotas de chuva nas janelas tiram o ânimo e causam melancolia.»

Em sendo assim, posso considerar que a oração subordinada («que céu cinzento...») se classifica como apositiva em relação ao termo «opinião»?

Obrigado.

Pedro Campos Professor de Português (língua não materna) Malmö, Suécia 2K

Pode a preposição de ser considerada uma conjunção completiva nos seguintes exemplos?

(1) Está na hora de ir para a cama.

(2) Gosto de passear no parque.

(3) Preciso de me deitar mais cedo.

Obrigado.