Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Carlos Martínez Sánchez Tradutor e intérprete Múrcia, Espanha 3K

Tenho uma dúvida sobre esta frase, a qual julgo que está mal construída. Não sei o que quer dizer: «É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»

Aparece na canção "No dia seguinte", interpretada por Paulo Brissos (Festival RTP da Canção 1993), com letra de Nuno Gomes dos Santos e música de Jan Van Dijck.

Contexto: «Era tão certo o amor que eu inventei/Estava tão perto e, mesmo assim, não sei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»

Obrigado.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 16K

Gostaria de saber quando usar de e mais, por exemplo, «já não tenho ganas de o fazer», «não tenho mais ganas de o fazer».

Júlio Moreira refere que é erro usar de mais em lugar de . Mas a que situações é que esse uso se aplica? Em que casos é que se emprega «já não» e «não mais»? Lendo José Luís Peixoto, tenho vindo a observar a presença de já não, embora noutras passagens ele se valha de não mais. Quando é que se deve usar «não mais» e quando «já não» de acordo com a norma culta portuguesa?

Reconhecido imensamente ao vosso trabalho.

António Antão Professor (aposentado) Braga, Portugal 7K

Esta questão já foi aqui apresentada por outro consulente e a vossa resposta foi «Penso que deve dar preferência ao uso da expressão "tudo o resto"».

Eu mantenho as minhas dúvidas, até porque quem respondeu não o fez com convicção ao usar o «penso que». Pois eu penso que deve ser «todo o resto», entendido como a totalidade da parte restante. Por exemplo, hoje, na capa de A Bola, lê-se que Fernando Santos fala «sobre a Liga das Nações e sobre tudo o resto».

No meu ver, estes dois conceitos são contraditórios: se fala sobre tudo, não sobra resto para acrescentar ao que fala. Ela fala, com certeza sobre a Liga das Nações e sobre a totalidade da parte restante (de matérias de futebol, certamente) que vão além do assunto principal.

Agradeço a vossa atenção.

Luís Ali Muangil Professor Lichinga, Moçambique 2K

Será que é certo o uso da construção «roubaram-me meus sapatos».

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 2K

Agradecia que me esclarecessem se esta frase está correta:

«A Rita fala com o Pedro referindo como se apaixonou pela pintura.»

A minha dúvida prende-se com a utilização do verbo referir seguido da palavra como.

Muito obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 3K

Agradecia que me esclarecessem se as expressões «trabalho duro» e «trabalho árduo» são compostos morfossintáticos.

Muito obrigado.

Lucas Pereira Lopes Auxiliar de Biblioteca Campo Grande, Brasil 4K

Gostaria de saber se a regência do verbo pedir na seguinte sentença está adequada:

«Professora é demitida por pedir que Trump retire 'alunos ilegais' de escola.»

O correto seria «...pedir a Trump que retire...»?

Grato pelo caprichoso serviço prestado.

Júnior Lima Dias Estudante de Direito Brumado - BA, Brasil 10K

«Os mais recentes ataques miraram o Censo Nacional.»

O verbo mirar é transitivo direto ou indireto?

Grato.

Handlay Pinho Estudante Tianguá, CE, Brasil 15K

Qual a regência do verbo transferir quando ele é transitivo indireto? Eu posso usar as preposições a e para?

Isabel Nogueira Professora Estarreja, Portugal 4K

Como classificar a oração «que não se arme e se indigne o céu sereno», na estância 106, vv. 5-8 de Os Lusíadas?

«Onde pode acolher-se um fraco humano,/ Onde terá segura a curta vida,/ Que não se arme e se indigne o céu sereno/ contra um bicho da terra tão pequeno?»