Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
José Carlos de Oliveira Moura Professor Aracaju – SE, Brasil 25K

Gostaria de saber se essa frase está certa ou que está faltando:

«Nem um nem outro político demagogo votaram a emenda grato por tudo.»

Li na gramática do professor Nelson Maia Schocair o seguinte:

«Um e outro – Nem um Nem outro – Um ou Outro pedem substantivo no singular e adjetivo no plural [...] Nem um nem outro policial honestos cuidará do caso // Um e outro candidato preparados passarão no Concurso...»

[Sobre] «Nem um nem outro político demagogo votou a emenda», segundo a regra o adjetivo demagogo- deveria ficar no plural, portanto a frase deveria/deverá ser escrita assim:

«Nem um nem outro político demagogos votou ou votaram a emenda.»

Grato por tudo.

Maria Cristina Perry Tradutora técnica Lisboa, Portugal 4K

Em bioquímica, é muito comum a expressão em inglês «Y expressing cells» (sendo Y um exemplo), que em português é traduzida para «células que expressam Y». Esta tradução é muito limitada, pois transmite a ideia de uma condição transitória e não de uma característica das células.

Por exemplo, no tempo passado teríamos de usar «as células que expressavam Y foram lavadas com…», dando ideia que era uma consequência do teste. Por outro lado, «células expressando …» também não soa natural.

O mais fácil seria usar «células expressoras», estando o termo expressor em dicionários brasileiros. Porque não podemos adotar o mesmo termo?

Obrigada.

Aurora Monteiro professora Castelo de Paiva, Portugal 3K

Na frase «O sujeito lírico dirige-se à natureza.», quais as funções sintáticas de:

a) «lírico»? (modificador do nome restritivo ou complemento do nome?)

b) «à natureza»? (complemento indireto ou complemento oblíquo?)

Obrigada.

Douglas Cameschi Advogado Campo Grande, Brasil 8K

Qual é a transitividade do verbo pugnar? Na elaboração de uma frase é correto dizer: «Pugnou pelo indeferimento» ou «Pugnou o indeferimento»?

Cláudia Maria Vieira Cruz Varela Professora Arcos de Valdevez, Portugal 7K

Gostaria de saber qual a função sintática desempenhada pelo pronome relativo que no verso «Gato que brincas na rua». Penso que tu será o sujeito nulo subentendido de «brincas».

Obrigada.

Nuno Santos professor Lisboa, Portugal 5K

Qual a regência verbal de observar-se? É correto dizer-se «ele observa-se no espelho», ou só poderemos dizer «observa-se ao espelho»?

Obrigado!

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 4K

«A disposição dos móveis, os enfeites de cristal, as estatuetas de bronze, tudo isso e o mais que não me ficou na memória, cumpria bem a finalidade de dar requinte à peça.»[1]

No período acima, poderia o verbo cumprir fazer a concordância canônica no plural (já que há claramente dois núcleos de sujeito: «tudo isso e o mais...»)?

Qual regra que se aplica no caso de concordância no singular?

Obrigado.

 

[1 N.E. – A pedido do consulente, a pontuação da frase foi ligeiramente alterada. Na versão inicial, apresentava-se uma vírgula antes de «cumpria». A resposta tem em conta a versão sem vírgula, mas segue-se-lhe uma nota de comentário à nova frase.]

Cristina Martins Professora Lisboa, Portugal 3K

Na seguinte frase retirada de um texto «O ambiente deprime, porque está o que está em jogo é demasiado alto para perdermos a batalha de transição», gostaria de saber se o vocábulo para introduz uma oração subordinada adverbial final.

Obrigada.

Sofia Silva Técnica de Educação Braga, Portugal 2K

Muitas dúvidas me coloca a palavra “donde”. Usada como sinónimo de “daí”, “do que se conclui”, deve ou não ter vírgula a seguir? E o verbo, como fica?

Podem esclarecer-me através dos exemplos seguintes, por favor?

1. Os fenómenos deterministas ou causais caraterizam-se pelo facto de os efeitos serem consequências de causas, donde, conhecidas as causas, conhecem-seconhecerem-se também os efeitos.

2. Os fenómenos aleatórios caracterizam-se pela incerteza que envolvem, donde não é / ser possível determinar antecipadamente os resultados das experiências individuais. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)

3. A classificação dos acontecimentos (…) é um tanto subjetiva na medida em que depende da avaliação de cada pessoa, donde esta categorização dos acontecimentos deve / dever ser vista como uma aproximação. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)

4. Temos que 18÷6=3 e 24÷6=4. Donde, os números 3 e 4 são / serem primos entre si. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)

5. Os ângulos A e B não têm apenas um lado em comum, pois o ângulo A está contido no ângulo B, donde não são / serem adjacentes. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)

6. Donde, adicionando as frequências absolutas correspondentes às idades de 13 e 14 anos, tem-se / ter-se: 10 + 5 = 15 alunos.

7. Quando giramos a roleta, o ponteiro pode parar em cada um dos seus números, mas não sabemos antecipadamente qual desses números assinalará. Donde, trata-se/ tratar-se de uma experiência aleatória. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)

8. São pequenas as chances de se ver um elefante, donde trata-se / tratar-se de um acontecimento improvável. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)

Agradeço muito o esclarecimento. Bem hajam.

Maria João Andrade Professora Caldas da Rainha, Portugal 7K

Na frase «Elas prestam atenção a tudo», o constituinte «a tudo» é um complemento oblíquo, um complemento indireto ou um complemento do nome?