Por estes dias, uma amiga chegou com a seguinte frase para mim:
«Quando olhei pela janela, aquele garoto estava ao portão.»
No mesmo momento achei estranho o uso do «ao», pois eu usaria «no». Perguntei para a minha família, e todos acharam que «ao» estava errado.
Mas quando falei o que achava para minha amiga, ela se defendeu dizendo que usa o «ao» em outras frases como «está ao telefone» e «ele está à porta».
Mais uma vez, eu e minha família achamos que as frases também estão erradas, mantendo nossa opinião quanto o «ao».
Mas por o verbo estar ser um verbo um pouco difícil de se lidar, pois pode ser VT, VI ou VL, eu não soube explicar porque achei errado e nem pesquisar como seria certo. Por isso gostaria de saber, o verbo estar, nesse caso, aceita preposição? E por quê?
Obrigada.
Gostava de saber o significado das seguintes palavras/expressões populares:
— Cabo dos trabalhos;
— Ter contas a ajustar;
— Pespegar;
— Pôr água à fervura;
— Estupor.
Uma carrinha estava atulhada de gente. Posso dizer em termos coloquiais: «Na carrinha ia toda a gente ao monte», ou «Na carrinha ia toda a gente a monte»?
No verso «Barco indelével pelo espaço da alma» está presente uma metáfora, ou uma hipálage?
«Percebem é de porrada/percebem de porrada», num comentário dum polícia vulgar para um colega:
«Estes polícias do Corpo de Intervenção só percebem é de porrada», ou «Estes polícias do Corpo de Intervenção só percebem de porrada»?
A primeira frase está bem?
Diz-se «mais quantidade», ou «maior quantidade»?
A conjunção enquanto apresenta valor semântico de tempo e de proporção, mas em alguns contextos, mesmo que façamos a substituição por outra conjunção ou locução conjuntiva correspondente a esses valores, não é possível desfazer a ambiguidade. Ex.: «Enquanto o professor escrevia, os alunos conversavam.» Como resolver então essa questão? Há um meio de desfazer a ambiguidade, ou devemos considerar as duas respostas como possíveis e corretas?
Será que é correcto dizer «carne de peixe»?
«Perdi o bonde e a esperança, voltei pálido para casa.»
«Comprei um apartamento e, com ele, uma briga.»
Há nome para a figura acima, em que o mesmo verbo, regendo diferentes termos, assume caráter semântico diverso?
Será que a expressão Caro/a que hoje é frequentemente usada em e-mails formais entre serviços/lojas e os respectivos clientes é adequada e correcta?
Aprendi que essa expressão era usada apenas entre pessoas que se conhecem e em que há algum grau de proximidade.
Gostaria de ser esclarecida sobre este tema.
Desde já o meu muito obrigada.
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