Devemos escrever «faz de conta» (como assinala o dicionário de Inglês-Português da Porto Editora) ou «faz-de-conta» (como assinala o dicionário de Português da mesma editora...)? Devemos escrever «fazer de conta» ou «fazer-de-conta»?
Muito obrigado.
Ao que julgo saber:
adoptante – (adj. ou subst.) = que ou a pessoa que adopta
adoptivo – (adj.) = que foi adoptado, escolhido
Ouvi recentemente nos noticiários da TV «...mãe adoptiva». Como é?
(Escrevo segundo a antiga ortografia)
Obrigada.
Certa vez andei a traduzir páginas de ajuda dum navegador da Web, e recentemente a página que tinha traduzido foi revista, e uma das alterações foi a seguinte:
«Os cookies são armazenados no seu computador por websites que visita e contêm informação tal como as preferências do site ou o estado de início de sessão.»
[Esta frase foi] [a]lterada para:
«Os cookies são guardados no seu computador pelos websites que visita e contêm informação, tais como as preferências do site ou o estado da sessão.»
Reconheço perfeitamente que «estado de início de sessão» foi bem corrigido para «estado da sessão» e também que «pelos websites» soa melhor do que «por websites».
No entanto, a minha dúvida (na verdade mais uma, mas menor) é a seguinte: a expressão «tal como» foi corrigida para «tais como» e antecedida de vírgula. Ora, a minha intuição linguística diz-me que deve ser «tal como» (no singular), pois «tal» deve concordar com «informação», e não com «preferências». Qual é a concordância que está correcta?
Além disso, a vírgula antes é necessária ou dispensável? Altera o sentido como na diferença entre orações relativas restritivas e explicativas?
Desde já vos agradeço a atenção e a resposta.
Recentemente, li num site linguístico brasileiro, sobre o tema «ar condicionado com ou sem hífen», que o termo «ar condicionado», sem hífen, se refere ao sistema de refrigeração do ar, ou ao ar por ele "condicionado". No entanto, com hífen, "ar-condicionado", refere-se ao aparelho em si.
Exemplos: «O meu escritório tem ar condicionado», mas, por outro lado, «Tive de mandar o meu ar-condicionado para arranjar». Ou seja, "ar-condicionado" é o mesmo que «aparelho de ar condicionado».
Penso que isto faz sentido, mas não encontro esta distinção em nenhum dicionário, nem nas entradas anteriores do Ciberdúvidas. Pergunto se concordam.
Seria correto escrever «podes beber Coca-Cola, Pepsi, Sprite, chá ou café»? (só pode escolher um) ou temos que colocar ou entre todas as palavras, ou seja «podes beber Coca-Cola ou Pepsi ou Sprite ou ou chá ou café»?
Muito obrigado.
«O João foi ao cinema, e o Manuel, ao teatro.» Nesta frase, cada uma das vírgulas é considerada obrigatória, recomendável ou opcional?
Obrigado.
[Sobre] «tá quente pra c...»
«Tem estado "um calor e ananases", como diria Fradique Mendes, pela pena de Eça de Queirós. Por estes dias, podem usar-se outras frases castiças caídas em desuso como “está de rachar” ou “derrete os untos!” Denise e Raimundo, brasileiros de Santa Catarina, chegaram esta semana a Lisboa. Pouco dados à leitura de Eça, escolheram tiradas como “tá quente pra caracá” e “tá quente pra dedéu!”, para terminarem com um estrondoso “tá quente pra c…!” […]
Victor Bandarra, "Calores Luso-brasileiros", Correio da Manhã / Revista Domingo, 26.8.2018, p. 25
Todos sabemos de antemão com o que «c...» está conotado. Que nome se dá a esta arte de abreviar palavras com reticências?
Obrigado.
Apareceu nas redes sociais um livro,"A Cosinheira das Cosinheiras", de Rosa Maria; procurei na BN, e vejo que uma 5.ª ed. é de 1900. Um amigo meu teima em como está mal escrito. Eu digo que está correto, em relação à época. Não me recordo é com que Acordo Ortográfico este s passou a z.
Muito obrigada.
Gostaria de saber como pontuar frases do tipo: «Gosto de português/ não de matemática». Estou em dúvida se neste caso se aplica a regra pela qual utilizamos vírgula para marcar um termo elíptico (gosto) ficando a frase desta forma: «Gosto de português; não, de matemática». Ou se apenas é necessário o uso de uma vírgula separando as orações: «Gosto de português, não de matemática». Nesse segundo caso, se for correto, gostaria de saber a regra que se aplica. Outra dúvida é: se eu separar orações coordenadas com pontos, a união delas ainda continua sendo um período? Por exemplo: «Será uma vida nova. Começará hoje. Não haverá nada para trás.» Continua sendo um único período como em «Será uma vida nova, começará hoje, não haverá nada para trás.»?
Muito obrigado.
Existem já várias publicações sobre isto, mas continuo na dúvida... Uma das «regras» que permite colocar vírgula após a conjunção «e» é haver uma numeração e a seguir mudar de assunto, correto? Neste exemplos concretos, estaria bem colocada ou seria melhor não colocar? É uma regra obrigatória ou opcional? «Ela sentou-se, ajeitou a cadeira, pegou no lápis e nos marcadores, e começou a escrever.» «Ele era autor de esculturas lindas e maravilhosas, e, como tal, respeitado por todos.»
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