Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Joana Coelho Reformada Góis, Portugal 13K

Agradecia que me informassem, se possível, qual a origem e o significado correcto da expressão «para mal dos meus pecados».

Filipa Pinto Estudante Porto, Portugal 8K

Gostaria de saber qual a figura de estilo relativa à expressão «onda de alegria».

Obrigada!

Lele do Carmo Weiler Professora Campo Grande, Brasil 15K

«Andar (na esteira) sem sair do lugar» é um paradoxo, ou uma antítese?

Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor público Garanhuns, Brasil 3K

O mestre lusitano Cândido de Figueiredo doutrinava que o verbo tem de anteceder o sujeito quando se trata de orações interrogativas. Segundo o ensinamento que ele abraçava e defendia, a construção legítima é «Poderão as mulheres ser sempre honestas?» e não «As mulheres poderão ser sempre honestas?». Percebe-se hoje a predominância da construção errada (sujeito antes do verbo), ao arrepio do que preconizava o doutíssimo Cândido de Figueiredo. Qual é a vossa opinião?

Muito grato.

Deo Mendes Ex-professora Lisboa, Portugal 55K

O verbo ensinar não se usa com a preposição a («a alguém»)? Estão correctas as inúmeras frases agora colocadas nas ruas de Lisboa, a propósito da visita do Papa? Exs.: «Confiar foi o Pai que me ensinou», «Rezar foi o Pai que me ensinou», «Partilhar foi o pai que me ensinou». E sem qualquer tipo de pontuação.

Agradeço o esclarecimento.

Paulo Jorge Gomes Jurista Angra do Heroísmo, Portugal 6K

Após pesquisar no Ciberdúvidas, não consegui o desejado efeito cibernético.

Se se pretender atribuir um nome a uma entidade pública administrativa nos Açores, com responsabilidades ao nível da execução de uma matéria nacional (isto é, não regionalizada), pergunto: deve ser utilizada a preposição de, ou em?

Exemplifico:

1) Instituto de Gestão da Reinserção Social «dos» Açores;

ou

2) Instituto de Gestão da Reinserção Social «nos» Açores.

Sei que a prática é o caso 1). Mas não será que o contexto requer o tão necessário quanto espinhoso «distinguo»?

O nome do exemplo é imaginado, mas o caso concreto é real. Trata-se de uma entidade com o mesmo nome da entidade ao nível nacional. O que as distinguirá no futuro será precisamente o complemento «Açores».

Se se seguir o que aqui foi escrito, o complemento «Açores», sendo um substantivo, parece que deveria ser qualificado como «determinante». Neste caso, porém, determinante é o facto de o «Instituto» ser da «Reinserção Social». O facto de estar «nos» Açores é meramente circunstancial.

Isto tem mais importância ao nível semântico: se a Reinserção Social não foi regionalizada, a preposição do caso 1) induz o leitor em erro pela sua ambiguidade, pois tem como significação a Reinserção Social pertencer aos Açores, o que do ponto de vista referencial está errado. Já o caso 2) significa que se trata do organismo que gere a Reinserção Social referente aos Açores, isto é, uma mera circunstância acessória ao nome (quem? o Instituto de Gestão; o quê? da Reinserção social; onde? nos Açores).

Do ponto de vista semântico, trata-se de um acto ilocutório com uma declaração assertiva, pois o legislador estará a dar um nome a uma entidade, incluindo o lugar da sua actuação («nos» Açores)

Em suma: no caso que descrevi, não será mais correcto o uso da preposição em?

Carla Martins Professora Braga, Portugal 8K

Na expressão «esse vento que sopra e ateia os incêndios», sendo que a referência a vento significará «amor», o recurso presente é a metáfora, ou a personificação?

Jorge Candeias Tradutor Portimão, Portugal 9K

Pergunto a mim próprio se serão capazes de me responder a uma curiosidade que me assaltou há dias: qual a origem da expressão idiomática «meter a viola no saco»? E, já agora, se conhecem alguma fonte boa e razoavelmente acessível para este tipo de questão.

Leonor Matos Silva Arquite{#c|}ta Lisboa, Portugal 9K

Tenho uma dúvida relacionada com a divisão de frases, se assim se pode chamar. Como não consigo explicar a minha dúvida teoricamente, fica uma pergunta prática. Posso escrever isto?

«Cheguei a casa cedo. E no entanto cheguei cansada. Ou mais cansada que ontem, pelo menos. Já amanhã espero chegar mais tarde. Mas menos cansada.»

Obrigada desde já.

Fernando Vieira Jurista Entroncamento, Portugal 7K

É muito frequente o uso das seguintes expressões:

a) «Eu já te disse isso, não já

b) «Eu já não te disse isso?»

Embora não possa consistentemente dizer que esteja errada a construção das frases, algo me soa mal nas mesmas, pelo que sou levado a concluir que não estarão inteiramente correctas.

Haverá alguma coisa de verdade nisto?

Grato pela atenção.