Escrita de símbolos químicos
Em revisões de texto de cariz científico – tenho dúvidas em relação à escrita de alguns símbolos.
Foi-me indicado que os aniões como "Mg2+" ou outros devem ter a carga indicada e formatada de um modo superior à linha. A minha dúvida é se os números também se elevam.
Especificamente "NaHCO3" – como deve ser formatado o algarismo 3? em frente às letras – na mesma linha, descido ou subido? É que já vi formatado das três formas, mesmo em documentos científicos.
Muito obrigada.
Pontuação do marcador discursivo «não é?»
Tenho muitas dúvidas sobre como transcrever do discurso oral certas expressões que aparentemente são perguntas sem o serem na realidade.
Por exemplo:
«Eu só escolhia aquilo que mais me agradava, não é, e deixava de lado o resto.»
Deve-se escrever como acabei de fazer, ou assim?:
«Eu só escolhia aquilo que mais me agradava, não é?, e deixava de lado o resto.»
Eu julgo que se pode colocar o ponto de interrogação antes da vírgula, mas fica estranho, do mesmo modo que me parece estranho colocar, como coloquei, o ponto de interrogação antes dos dois-pontos. Será que o posso fazer?
Continuação do vosso inestimável trabalho!
O significado de alguns provérbios alusivos à água
Gostava de saber o significado de:
— Água corrente não mata gente.
— Água detida, má para bebida.
— Água fervida tem mão na vida.
— Com malvas e água fria, faz-se um boticário num dia.
— Quem se lava e não enxuga, toda a pele se lhe enruga.
— Água mole em pedra dura tanto dá até que fura.
O significado da expressão «por mal dos meus pecados»
Agradecia que me informassem, se possível, qual a origem e o significado correcto da expressão «para mal dos meus pecados».
Metáfora e sinestesia na expressão «onda de alegria»
Gostaria de saber qual a figura de estilo relativa à expressão «onda de alegria».
Obrigada!
«Andar sem sair do lugar»: oxímoro, paradoxo e antítese
«Andar (na esteira) sem sair do lugar» é um paradoxo, ou uma antítese?
Sujeito depois do verbo nas orações interrogativas
O mestre lusitano Cândido de Figueiredo doutrinava que o verbo tem de anteceder o sujeito quando se trata de orações interrogativas. Segundo o ensinamento que ele abraçava e defendia, a construção legítima é «Poderão as mulheres ser sempre honestas?» e não «As mulheres poderão ser sempre honestas?». Percebe-se hoje a predominância da construção errada (sujeito antes do verbo), ao arrepio do que preconizava o doutíssimo Cândido de Figueiredo. Qual é a vossa opinião?
Muito grato.
Ainda o verbo ensinar
O verbo ensinar não se usa com a preposição a («a alguém»)? Estão correctas as inúmeras frases agora colocadas nas ruas de Lisboa, a propósito da visita do Papa? Exs.: «Confiar foi o Pai que me ensinou», «Rezar foi o Pai que me ensinou», «Partilhar foi o pai que me ensinou». E sem qualquer tipo de pontuação.
Agradeço o esclarecimento.
De vs. em numa designação («...dos/nos Açores»)
Após pesquisar no Ciberdúvidas, não consegui o desejado efeito cibernético.
Se se pretender atribuir um nome a uma entidade pública administrativa nos Açores, com responsabilidades ao nível da execução de uma matéria nacional (isto é, não regionalizada), pergunto: deve ser utilizada a preposição de, ou em?
Exemplifico:
1) Instituto de Gestão da Reinserção Social «dos» Açores;
ou
2) Instituto de Gestão da Reinserção Social «nos» Açores.
Sei que a prática é o caso 1). Mas não será que o contexto requer o tão necessário quanto espinhoso «distinguo»?
O nome do exemplo é imaginado, mas o caso concreto é real. Trata-se de uma entidade com o mesmo nome da entidade ao nível nacional. O que as distinguirá no futuro será precisamente o complemento «Açores».
Se se seguir o que aqui foi escrito, o complemento «Açores», sendo um substantivo, parece que deveria ser qualificado como «determinante». Neste caso, porém, determinante é o facto de o «Instituto» ser da «Reinserção Social». O facto de estar «nos» Açores é meramente circunstancial.
Isto tem mais importância ao nível semântico: se a Reinserção Social não foi regionalizada, a preposição do caso 1) induz o leitor em erro pela sua ambiguidade, pois tem como significação a Reinserção Social pertencer aos Açores, o que do ponto de vista referencial está errado. Já o caso 2) significa que se trata do organismo que gere a Reinserção Social referente aos Açores, isto é, uma mera circunstância acessória ao nome (quem? o Instituto de Gestão; o quê? da Reinserção social; onde? nos Açores).
Do ponto de vista semântico, trata-se de um acto ilocutório com uma declaração assertiva, pois o legislador estará a dar um nome a uma entidade, incluindo o lugar da sua actuação («nos» Açores)
Em suma: no caso que descrevi, não será mais correcto o uso da preposição em?
Metáfora, personificação e catacrese na expressão «esse vento que sopra e ateia os incêndios»
Na expressão «esse vento que sopra e ateia os incêndios», sendo que a referência a vento significará «amor», o recurso presente é a metáfora, ou a personificação?
