Quando se passou a tratar por vós a pessoa respeitável que conheçamos, em vez de usá-lo, esse pronome, a referir a várias pessoas?
E quando surgiram os demais pronomes de tratamento, como Senhor, Vossa Mercê (você/"cê") e tantos outros.?
Os latinos os usavam, tinham os seus próprios ou não possuíam esse tipo de pronome, preferindo apenas os velhos e bons tu e vós àqueles?
A figura de linguagem zeugma refere-se apenas à omissão de termo já mencionado dentro da mesma oração ou também à omissão de termo mencionado em oração anterior?
Exemplo: «Pedro foi ao mercado ontem. Depois passou na oficina. Quando estava indo (*), encontrou Carlos.»
Na terceira oração se omite o termo «ao mercado», mencionado na primeira oração. Nesse caso, trata-se de zeugma ou de elipse, por o termo omitido não estar na mesma oração?
Obrigado.
No período «O transporte é público, já o corpo da mulher não», a palavra já pode ser considerada uma conjunção?
Observo que ela acrescenta, de alguma forma, uma ideia de oposição, como se fosse uma conjunção coordenativa adversativa. No entanto, não consegui encontrar nenhuma gramática que a classificasse dessa maneira.
Existe uma lacuna nos manuais ou essa classificação de fato não é possível? Já"seria, então, um advérbio? Que circunstância indicaria? E que diferença de sentido existiria entre o uso dessa palavra e de mas, por exemplo?
Pergunto ainda se a pontuação da frase em análise está adequada.
Obrigado.
Gostaria de saber se está correta a substituição de portanto por pois nesse caso:
«João não tirou a nota mínima na prova. Não pode ser aprovado, pois.»
Obrigado.
Na região do Minho, é comum dizer-se «falar à taxi» (penso ser assim que se escreve) como sinónimo de «falar à toa».
Gostaria de saber qual a origem desta expressão e se se trata, efetivamente, de um regionalismo.
Gostava de saber a diferença, mesmo que fosse muito subtil ou ligeira, entre os termos «história de encantar» e «conto de fadas».
Contexto: «Os contos de fadas/As histórias de encantar nunca se caracterizaram pela sua credibilidade, já que o seu público-alvo são as crianças.»
Mais um: «Eu não tenho nada mais p'ra te dar/ Esta vida são dois dias e um é para acordar/ Das histórias de encantar/ Das histórias de encantar (Viagens, Pedro Abrunhosa – 1994)
Com os meus agradecimentos, queria desejar-lhes um ótimo início do verão.
Posso dizer «Eu e os meus amigos», ou «Os meus amigos e eu»?
Uma falante da língua francesa disse-me que em francês não pode existir a segunda possibilidade[1], mas na língua portuguesa não me soam mal ambas as hipóteses supracitadas. Estarei errada?
Grata pela vossa atenção.
[N.E. (1/07/2019) – Trata-se de um equívoco, porque em francês, por uma questão de delicadeza, o recomendado é «mes amis et moi» (= «os meus amigos e eu»), ou seja, o pronome de 1.ª pessoa vem depois da referência a outras pessoas – «ma femme et moi» (= «a minha mulher e eu»), e não «moi et ma femme»). Cf. moi na versão em linha do Dictionnaire Larousse)].
Tenho uma dúvida sobre esta frase, a qual julgo que está mal construída. Não sei o que quer dizer: «É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»
Aparece na canção "No dia seguinte", interpretada por Paulo Brissos (Festival RTP da Canção 1993), com letra de Nuno Gomes dos Santos e música de Jan Van Dijck.
Contexto: «Era tão certo o amor que eu inventei/Estava tão perto e, mesmo assim, não sei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»
Obrigado.
Procurando em vários locais, encontrei definições bastante confusas sobre antonomásia e perífrase. Gostaria de saber:
1. A diferença entre antonomásia e perífrase.
2. Antonomásia é considerada um caso particular de metonímia?
3. Por que perífrase não é considerada um caso de metonímia?
Obrigado!
Quando queremos referir que uma marca é parceira de outra, como por exemplo «A Google é parceira oficial do Facebook», utilizamos «é parceira oficial» ou «é parceiro oficial» ?
O adjetivo parceiro deve estar sempre em concordância com o artigo/género do sujeito, neste caso, a marca/empresa?
Obrigada.
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