Os nomes de marcas comerciais, normalmente, não têm uma especificação intrínseca de género, ou seja, não são naturalmente associados ao género masculino ou ao feminino. Por esta razão, adotam normalmente o género do nome que descreve a categoria ontológica a que pertencem1.
Assim, na frase (1), o nome Cerelac é usado com artigo definido feminino porque se subentende a palavra farinha (ou papa):
(1) «A Cerelac está quente.»
Já em (2), Renault surge com artigo definido masculino porque se subentende a palavra carro:
(2) «O meu Renault é muito confortável.»
No caso em apreço, Google, palavra formada supostamente a partir de googol, termo usado para designar um número um seguido por cem zeros (cf. Infopédia), pode subentender a palavra empresa/marca, determinando a concordância no feminino:
(3) «A Google cresceu.»
Também poderá subentender a expressão «motor de busca» e, neste caso, determinar uma concordância no masculino:
(4) «O Google não encontra o que eu pretendo.»
Assim, no caso em apreço, atendendo a que a frase parece estar associada ao termo empresa/marca, a concordância mais natural parece ser a feminina:
(5) «A Google é parceira oficial do Facebook.»
Disponha sempre!
1. Cf. Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, pp. 1009-1010.