Ficheiro 2
Estamos certos de que estes ficheiros serão de grande utilidade para os nossos consulentes, que mais não seja para compreenderem as razões do aparecimento da TLEBS.
E ficamos à espera de mais perguntas.
Ficheiro 2
Estamos certos de que estes ficheiros serão de grande utilidade para os nossos consulentes, que mais não seja para compreenderem as razões do aparecimento da TLEBS.
E ficamos à espera de mais perguntas.
Para os que pensam que chegou a Portugal uma nova gramática do português, apresso-me a informar que não! A gramática da língua portuguesa está cá há vários séculos e veio para ficar. O GramáTICª.pt é que é novo. Vive na Internet, onde se instalou para fazer o acompanhamento em linha da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, vulgo TLEBS, nome feio, é certo, mas dita a gramática que isto de siglas é assim.
Em mais de uma resposta, alguns membros do Ciberdúvidas defenderam que se deve dizer «o Opus Dei», ou seja, que se deve considerar masculino o nome desta instituição. Ora, e com a devida vénia, esse juízo é manifestamente incorrecto, pelo que peço ao Ciberdúvidas que volte a pronunciar-se sobre o assunto.
Deverá dizer-se a Opus Dei ou o Opus Dei?
Vou referir-me em primeiro lugar à instituição Opus Dei e de seguida ao termo latino.
Quando se fala da obra, da prelatura, da instituição, da organização católica intitulada Opus Dei, deverá utilizar-se o artigo no feminino: a Opus Dei.
Isto porque está a ser referida uma instituição (género feminino), uma organização católica (género feminino), que, por acaso, tem como nome uma expressão latina neutra.
O termo opus é masculino pelas razões aduzidas anteriormente (cf. O Opus Dei), confirmadas em qualquer dicionário de Português (por exemplo, no Houaiss ou no da Academia das Ciências de Lisboa) e reconhecidas em qualquer dos outros dois textos desta controvérsia.
«De repente, (...), rebentou nos jornais [portugueses] uma borrasca que, ao que parece, se vinha gerando desde há tempos na Academia das Ciências de Lisboa» – escreve o autor, sobre o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, vindo a público em 2001, «após doze anos de duros e silenciosos trabalhos.»
[artigo publicado na revista Visão do dia 4/05/2006, de que se transcreve a seguir, na íntegra com a devida vénia. Cf. nos Textos Relacionados outras opiniões sobre o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea.]
«Vai para cinco anos – escreve neste artigo o autor, publicado no Diário de Notícias de 10/05/ 2006 –, tive ensejo de tecer críticas de vária ordem ao infelicíssimo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa. Diga-se desde já que, na verdade, o dicionário não resulta do trabalho aturado dos académicos em comissões ou sessões que funcionassem com esse objectivo e muito menos resulta da sedimentação desse trabalho ao longo da existência da instituição. (...)»
[Sobre esta obra, e com opinião diferente, vejam-se ainda os artigos assinalados nos Textos Relacionados, nomeadamente Os méritos do dicionário da Academia das Ciências de Lisboa + Reflexões acerca do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa + Reflexões acerca do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa]
Vai para cinco anos, tive ensejo de tecer críticas de vária ordem ao infelicíssimo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa. Diga-se desde já que, na verdade, o dicionário não resulta do trabalho aturado dos académicos em comissões ou sessões que funcionassem com esse objectivo e muito menos resulta da sedimentação desse trabalho ao longo da existê...
«A edição do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa – escreve neste artigo Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca – deve saudar-se, primeiro porque finalmente saiu como obra completa, isto é de A a Z, ao contrário das duas anteriores tentativas (fins dos séculos XVIII e XX), que se ficaram pela letra AO facto de ser constituído por dois volumes é secundário, poderia tê-lo sido só por um, como o da Academia Espanhola. (...)»
«Os romances mais recentes de José Saramago contêm centenas de espanholismos. Não estranhamos. O castelhano foi sempre uma fonte onde [nós, os portugueses] saciámos a sede. Mas o atenuar das fronteiras económicas pode acelerar o processo. É isso o que desejamos?»
Artigo do crítico literário e professor universitário português Fernando Venâncio, publicado originariamente no semanário "Expresso" de 1 de de Abril de 2006.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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