Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.

Em mais de uma resposta, alguns membros do Ciberdúvidas defenderam que se deve dizer «o Opus Dei», ou seja, que se deve considerar masculino o nome desta instituição. Ora, e com a devida vénia, esse juízo é manifestamente incorrecto, pelo que peço ao Ciberdúvidas que volte a pronunciar-se sobre o assunto.

Deverá dizer-se a Opus Dei ou o Opus Dei?

Vou referir-me em primeiro lugar à instituição Opus Dei e de seguida ao termo latino.

Quando se fala da obra, da prelatura, da instituição, da organização católica intitulada Opus Dei, deverá utilizar-se o artigo no feminino: a Opus Dei.

Isto porque está a ser referida uma instituição (género feminino), uma organização católica (género feminino), que, por acaso, tem como nome uma expressão latina neutra.

O Opus Dei, os CTT, o Montepio e os clubes com o nome no feminino

O termo opus é masculino pelas razões aduzidas anteriormente (cf. O Opus Dei), confirmadas em qualquer dicionário de Português (por exemplo, no Houaiss ou no da Academia das Ciências de Lisboa) e reconhecidas em qualquer dos outros dois textos desta controvérsia.

«De repente, (...), rebentou nos jornais [portugueses] uma borrasca que, ao que parece, se vinha gerando desde há tempos na Academia das Ciências de Lisboa» – escreve o autor, sobre o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, vindo a público em 2001, «após doze anos de duros e silenciosos trabalhos.»

[artigo publicado na revista Visão do dia 4/05/2006, de que se transcreve a seguir, na íntegra com a devida vénia. Cf. nos Textos Relacionados outras opiniões sobre o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea.]

«Vai para cinco anos – escreve neste artigo o autor, publicado no Diário de Notícias de 10/05/ 2006 –, tive ensejo de tecer críticas de vária ordem ao infelicíssimo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa. Diga-se desde já que, na verdade, o dicionário não resulta do trabalho aturado dos académicos em comissões ou sessões que funcionassem com esse objectivo e muito menos resulta da sedimentação desse trabalho ao longo da existência da instituição. (...)»

[Sobre esta obra, e com opinião diferente, vejam-se ainda os artigos assinalados nos Textos Relacionados, nomeadamente Os méritos do dicionário da Academia das Ciências de Lisboa + Reflexões acerca do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa + Reflexões acerca do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa]

Vai para cinco anos, tive ensejo de tecer críticas de vária ordem ao infelicíssimo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa. Diga-se desde já que, na verdade, o dicionário não resulta do trabalho aturado dos académicos em comissões ou sessões que funcionassem com esse objectivo e muito menos resulta da sedimentação desse trabalho ao longo da existê...

O positivo e o negativo <br> do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa

«A edição do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa  – escreve neste artigo Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca – deve saudar-se, primeiro porque finalmente saiu como obra completa, isto é de A a Z, ao contrário das duas anteriores tentativas (fins dos séculos XVIII e XX), que se ficaram pela letra AO facto de ser constituído por dois volumes é secundário, poderia tê-lo sido só por um, como o da Academia Espanhola.  (...)»

Saramago, o Ibérico

«Os romances mais recentes de José Saramago contêm centenas de espanholismos. Não estranhamos. O castelhano foi sempre uma fonte onde [nós, os portugueses] saciámos a sede. Mas o atenuar das fronteiras económicas pode acelerar o processo. É isso o que desejamos?»

Artigo do crítico literário e professor universitário português Fernando Venâncio, publicado originariamente no semanário "Expresso"  de 1 de de Abril de 2006.

Pela dignificação do ensino do Português
A respeito dos exames nacionais de Português em 2005

Os exames de Português do 9.º do 3.º ciclo e do 12.º ano do ensino secundário, em 2005, em Portugal, nesta controvérsia* assinada pela professora Maria do Carmo Vieira, em artigo publicado no jornal Público do dia 26 de janeiro de 2006, a seguir transcrito, na íntegra e conforme a norma ortográfica original.

* CfA propósito de uma petição

A propósito de uma petição
Esclarecimento sobre exames nacionais

«Tem circulado e sido objecto de alguns comentários nos meios de comunicação social a petição intitulada "Pela Dignidade do Ensino", cuja primeira signatária é Maria do Carmo Vieira. Porque o conteúdo dessa petição refere os exames nacionais de Língua Portuguesa do 3.º ciclo de 2005 e informações relativas a exames nacionais de Português do 12.º ano, divulgadas pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave), entendemos ser necessário o esclarecimento de algumas das afirmações produzidas.»