Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias
Polémicas em torno de questões linguísticas.
Sem exames a calibrar notas finais, equidade no acesso ao superior não está garantida
O desalinhamento entre notas internas e notas em exame nacional

«No contexto actual de pandemia, as medidas do Ministério da Educação (ME) relativamente aos exames nacionais implicam que estes não tenham impacto na nota final interna da disciplina nem na aprovação ou reprovação à mesma» – dá conta a professora universitária Conceição Andrade Silva (Católica Porto Business School) num trabalho disponível na edição de 27  de junho de 2020 do jornal Público.

Não há educação à distância
Exigências da atividade educativa

«Seria um erro partir desta experiência, ensaiada numa emergência, para a defesa de um novo modelo de educação, baseado no ensino a distância. A comunicação e a difusão de informação a distância, hoje muito facilitadas pela tecnologia, não chegam para compor, nem de longe nem de perto, o quadro de exigências da atividade educativa e, por isso, não podem deixar de continuar a ser considerados como meros recursos de apoio educativo, sobremaneira úteis numa emergência como a que vivemos, mas sem condições para se afirmarem como alternativa à escola que conhecemos.» Afirmação de J. Jorge Carvalhal num artigo de opinião disponível no jornal Público do dia 27 de junho de 2020, e adiante transcrito. 

 

 
Os <i>rankings</i> do nosso descontentamento
A pior forma de terminar o ano letivo

«Muitos falaram da mudança irreversível na escola. E qual podia ser a pior forma de terminar este ano, travando mudança e descentrando do que interessa? Com os rankings

Considerações de João Costa, secretário de Estado Adjunto e da Educação, feitas num artigo incluído em 27 de junho de 2020 no jornal Público, numa crítica aos rankings escolares e, em particular, à (falta de) oportunidade da sua divulgação em Portugal, no contexto pandémico.

<i>Rankings</i> (desconfinados)
Para quando estudar o que funciona?

«O discurso público sobre equidade educativa em Portugal está focado na justificação do insucesso e pouco curioso com o que se passa onde há sucesso» – sustenta Rodrigo Queiroz e Melo, diretor-executivo da Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AAEEP), tecendo críticas à divulgação do ranking escolar definido pelos resultados dos exames finais de 2019. Texto incluído na edição de 27 de junho de 2020 do jornal Público.

Em defesa dos <i>rankings</i> das escolas
Para subtrair as escolas a uma espécie de condenação natural

Editorial da edição de 27 de junho de 2020 do Público e da autoria do diretor deste jornal, Manuel Carvalho, a propósito (e em apoio) da divulgação em Portugal das listas ordenadas (rankings)  das escolas pelos resultados dos exames (provas realizadas em 2019).

Mantém-se a ortografia de 1945 do original.

<i>Uber Schools</i>
Os modelos de negócio das universidades no contexto da covid-19

 «A possibilidade de ocorrer uma espécie de uberização do ensino, por via da flexibilidade e comodidade digital para docentes e alunos, é algo que pode constituir um risco ou uma oportunidade consoante as entidades de ensino, e as universidades em particular, se posicionem nesse novo espaço físico-digital.»

* Artigo de opinião publicado no jornal Público no dia 18 de junho de 2020.

Ensino à distância por mais um ano?
A catástrofe anunciada pós-covid-19

Sobre o ensino à distância, realidade que se tem vivido em Portugal em tempo de pandemia, e que se prevê que se viva no ano letivo de 2020/2021, a  historiadora Raquel Varela  enumera neste apontamento transcrito do seu blogue*  enumera o que que classifica de «graves malefícios desta catástrofe anunciada» – para os alunos em particular, mas, também, para os dias futuros pós- covid-19. 

*texto escrito segundo a.norma ortográfica de 1945

Uma decisão medrosa e indesculpável
O final do ano letivo em Portugal e a pandemia de covid-19

Em Portugal, a pandemia de covid-19 leva o final do ano letivo de 2019-2020 a decorrer sobretudo em regime não presencial, conforme um conjunto de medidas governamentais para evitar a propagação do novo coronavírus. No ensino básico, as aulas são à distância, com recurso a plataformas em linha e reforçadas a partir de 20 de abril de 2020 pelas emissões televisivas do  #EstudoEmCasa (RTP Memória), em apoio também dos alunos sem equipamento informático adequado nem acesso à Internet. Mas estará garantida a igualdade educativa? Em artigo de opinião publicado no Expresso de 18 de abril de 2020 e aqui transcrito com a devida vénia, o economista Luís Aguiar-Conraria critica a solução encontrada, para ele, «a pior possível».

Bem vivo o EPE? Nem um pisco de verdade!
A situação do ensino do Português no estrangeiro

Texto da autoria da professora Teresa Duarte Soares, secretária-geral do Sindicato Geral das Comunidades Lusíadas,  e publicado em 4 de fevereiro no jornal Público. A autora contesta e desmente as afirmações  de Paulo Prisco, deputado do Partido Socialista pelo círculo da Europa, o qual, em artigo de opinião saído em 27 de janeiro de 2020 também no Público, considerou que o ensino de Português no estrangeiro (EPE) está «bem integrado numa lógica coerente que percorre vários graus de ensino, do pré-escolar ao superior, precisamente sob a tutela do Instituto Camões, que é quem tem a experiência mais sólida e competências reconhecidas neste domínio». Recorde-se que a controvérsia foi desencadeada por Santana Castilho, professor do ensino politécnico e especialista em política de educação, quando, em 30 de dezembro de 2019, no jornal Público, dirigiu duras críticas à política seguida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e, designadamente, pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua para o ensino de Português no estrangeiro.

Se desprezarmos a Memória, bastará uma acendalha e o fogo será devastador
O imperativo de não esquecer a 2.ª Guerra Mundial e o Holocausto

Um texto da professora Maria do Carmo Vieira, que tece críticas às alterações curriculares do sistema de ensino em Portugal que têm, na sua opinião, levado a afastar os jovens do contacto com as memórias e as lições da 2.ª Guerra Mundial e do Holocausto.

Na imagem, aspeto atual da entrada do antigo campo de concentração (campo I) de Auschwitz, na qual se pode ler em alemão o lema Arbeit macht frei, ou seja, «o trabalho liberta» (fonte: Unsplash).