Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
<i>Rankings</i> (desconfinados)
Para quando estudar o que funciona?

«O discurso público sobre equidade educativa em Portugal está focado na justificação do insucesso e pouco curioso com o que se passa onde há sucesso» – sustenta Rodrigo Queiroz e Melo, diretor-executivo da Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AAEEP), tecendo críticas à divulgação do ranking escolar definido pelos resultados dos exames finais de 2019. Texto incluído na edição de 27 de junho de 2020 do jornal Público.

Em defesa dos <i>rankings</i> das escolas
Para subtrair as escolas a uma espécie de condenação natural

Editorial da edição de 27 de junho de 2020 do Público e da autoria do diretor deste jornal, Manuel Carvalho, a propósito (e em apoio) da divulgação em Portugal das listas ordenadas (rankings)  das escolas pelos resultados dos exames (provas realizadas em 2019).

Mantém-se a ortografia de 1945 do original.

<i>Uber Schools</i>
Os modelos de negócio das universidades no contexto da covid-19

 «A possibilidade de ocorrer uma espécie de uberização do ensino, por via da flexibilidade e comodidade digital para docentes e alunos, é algo que pode constituir um risco ou uma oportunidade consoante as entidades de ensino, e as universidades em particular, se posicionem nesse novo espaço físico-digital.»

* Artigo de opinião publicado no jornal Público no dia 18 de junho de 2020.

Ensino à distância por mais um ano?
A catástrofe anunciada pós-covid-19

Sobre o ensino à distância, realidade que se tem vivido em Portugal em tempo de pandemia, e que se prevê que se viva no ano letivo de 2020/2021, a  historiadora Raquel Varela  enumera neste apontamento transcrito do seu blogue*  enumera o que que classifica de «graves malefícios desta catástrofe anunciada» – para os alunos em particular, mas, também, para os dias futuros pós- covid-19. 

*texto escrito segundo a.norma ortográfica de 1945

Uma decisão medrosa e indesculpável
O final do ano letivo em Portugal e a pandemia de covid-19

Em Portugal, a pandemia de covid-19 leva o final do ano letivo de 2019-2020 a decorrer sobretudo em regime não presencial, conforme um conjunto de medidas governamentais para evitar a propagação do novo coronavírus. No ensino básico, as aulas são à distância, com recurso a plataformas em linha e reforçadas a partir de 20 de abril de 2020 pelas emissões televisivas do  #EstudoEmCasa (RTP Memória), em apoio também dos alunos sem equipamento informático adequado nem acesso à Internet. Mas estará garantida a igualdade educativa? Em artigo de opinião publicado no Expresso de 18 de abril de 2020 e aqui transcrito com a devida vénia, o economista Luís Aguiar-Conraria critica a solução encontrada, para ele, «a pior possível».

Bem vivo o EPE? Nem um pisco de verdade!
A situação do ensino do Português no estrangeiro

Texto da autoria da professora Teresa Duarte Soares, secretária-geral do Sindicato Geral das Comunidades Lusíadas,  e publicado em 4 de fevereiro no jornal Público. A autora contesta e desmente as afirmações  de Paulo Prisco, deputado do Partido Socialista pelo círculo da Europa, o qual, em artigo de opinião saído em 27 de janeiro de 2020 também no Público, considerou que o ensino de Português no estrangeiro (EPE) está «bem integrado numa lógica coerente que percorre vários graus de ensino, do pré-escolar ao superior, precisamente sob a tutela do Instituto Camões, que é quem tem a experiência mais sólida e competências reconhecidas neste domínio». Recorde-se que a controvérsia foi desencadeada por Santana Castilho, professor do ensino politécnico e especialista em política de educação, quando, em 30 de dezembro de 2019, no jornal Público, dirigiu duras críticas à política seguida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e, designadamente, pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua para o ensino de Português no estrangeiro.

Se desprezarmos a Memória, bastará uma acendalha e o fogo será devastador
O imperativo de não esquecer a 2.ª Guerra Mundial e o Holocausto

Um texto da professora Maria do Carmo Vieira, que tece críticas às alterações curriculares do sistema de ensino em Portugal que têm, na sua opinião, levado a afastar os jovens do contacto com as memórias e as lições da 2.ª Guerra Mundial e do Holocausto.

Na imagem, aspeto atual da entrada do antigo campo de concentração (campo I) de Auschwitz, na qual se pode ler em alemão o lema Arbeit macht frei, ou seja, «o trabalho liberta» (fonte: Unsplash).

 

Com 2020, termina ou começa uma década? (II)
Um critério para que toda a gente se entenda

Como aqui assinalámos, o ano 2020 gerou algumas interrogações acerca de se tratar ou não do começo de uma nova década. Sobre esta questão,  depois da opinião de D'Silvas Filho, segue-se o parecer de Guilherme de Almeida, autor*  de Sistema Internacional de Medidas – Grandezas e Unidades Físicas.

 

* O autor segue a ortografia anterior à norma oficialmente em vigor, em Portugal

Está bem vivo o Ensino de Português no Estrangeiro
A relação desta estrutura com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal

Em 30 de dezembro de 2019, no jornal Público, Santana Castilho, professor do ensino politécnico e especialista em política de educação, dirigiu duras críticas à política seguida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e, designadamente, pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua para o ensino de Português no estrangeiro (EPE). Rebatendo esta posição em artigo de opinião saído em 27 de janeiro de 2020 também no Público, o jornalista Paulo Prisco, deputado do Partido Socialista pelo círculo da Europa, considera que o EPE está «bem integrado numa lógica coerente que percorre vários graus de ensino, do pré-escolar ao superior, precisamente sob a tutela do Instituto Camões, que é quem tem a experiência mais sólida e competências reconhecidas neste domínio».

Cf. Bem vivo o EPE? Nem um pisco de verdade!

Com 2020, termina ou começa uma década?
Um debate que se reacende

À semelhança da discussão em volta do primeiro ano do presente milénio, a entrada de 2020 levanta uma questão semelhante: a nova década começa em 2020, ou em 2021? Várias respostas têm sido difundidas pela comunicação social, como é o caso da nota que o jornalista João Miguel Tavares juntou ao texto de uma das crónicas que assina regularmente no jornal Público (edição de 28 de dezembro de 2019), na qual defendeu o seguinte ponto de vista: «Em bom rigor, se uma década tem dez anos, a actual só termina em 2020, de facto. Mas a linguagem comum nem sempre combina com a matemática, e convém não promover o absurdo de os anos 20 começaram a 1 de Janeiro de 2020, enquanto a década de 20 só começaria a 1 de Janeiro de 2021. Proponho aos mais devotos das contas certas que estabeleçam como premissa que a primeira década do calendário gregoriano teve nove anos, e a partir daí já bate tudo certo. »

O Ciberdúvidas escutou o consultor D'Silvas Filho para saber se é mesmo assim.